” Eu não ouvia nana. Mas um amigo veio cheio de frufrus comentando, falando de Expressionismo Alemão, cinema tcheco e Serge Gainsbourg, pensei: é mais uma hipsterzinha chata – no pior estilo Mallu Magalhães – com aquelas musiquinhas mamãe-quero-ser-cult. Tudo bem no diminutivo porque era muito o meu desprezo. Então resolvi ouvir uma música pra poder falar mal com mais propriedade, já que a suposta grande compositora havia tomado pra si o nome de um dos estilos literários que mais gosto, sem falar também no cinema, como titulo de sua demo, mas falhei miseravelmente no item “parar de ouvir”, escutei a mesma música 20 vezes, fui ao Melody Box e conheci as outras. Bem, senhoras e senhores, sabem o que eu estou fazendo agora? Estou Ouvindo Nana.”
A baiana nana, grafada assim mesmo em caixa baixa. Que atende pelo nome de Amanda Lima, em uma dupla com João Vinicius fez um mix de influências e lançou a demo “Expressionismo Alemão” ano passado. Estudante de Regência e Composição gravou sua demo, no período em que fazia intercambio em São Petersburgo com ajuda de alguns músicos locais .
A demo possui quatro faixas, uma em inglês “I Can`t Fall In Love”, “Expressionismo alemão” que dá nome ao Ep, mais “O céu de Estocolmo” e “Benjamin” Nana viaja em contra mão a influencia regionalista baiana, não que ignore a música brasileira, é mais que evidente a bossa nova nas músicas, mas o primeiro contato com a música da moça de olhos claros e cabelo ruivo me lembrou Georges Brassens , e pouco a pouco a música popular francesa da década 30, mas no final de tudo , nana e seu expressionismo alemão , é o reflexo de uma sua música doce , globalizada e de qualidade .
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