A banda carioca Baboon Ha consolida sua identidade, sonoridade e parcerias com o seu primeiro álbum de estúdio, Kill The Buzz.
Lançado nesta quarta-feira (17) com exclusividade pelo Audiograma, o trabalho já está disponível nas plataformas de streaming e chega após o EP de estreia da banda, Overlapping Days, onde o trio mostrou um pouco das suas influências de som e estética lo-fi, inspirada pelo rock alternativo dos anos 90.
Kill The Buzz começou a ser construído há cerca de três anos, quando o trio formado por Felipe Vianna (vocal e guitarra), Lucas Faria (baixo) e Rodrigo Naine (bateria) gravou as bases com o engenheiro de som Vinicius Junqueira (Mutantes) em seu home studio em Araras, Petrópolis (RJ).
Após a gravação em formato de power trio, a Baboon Ha registrou os vocais com o produtor musical Patrick Laplan em 2018 e, só no fim daquele ano, a banda começou a amadurecer o material com outros instrumentos, como sintetizadores e sopros. A partir daí veio a parte de mixagem e a busca pela atmosfera intencionada: referências dos anos 90 com espírito lo-fi e em um clima do it yourself. A sonoridade final é resultado de uma imersão ao longo de algumas semanas do baixista Lucas Faria ao lado do amigo Ian Sá. Completando essa lista de parcerias, a banda convidou a artista plástica Mariana Santiago para desenvolver a capa do álbum.
E qual é a do Kill The Buzz?
O álbum chega com a missão de fazer justamente o oposto do que o seu título sugere. O trabalho é a consolidação de uma identidade musical estabelecida ao longo da carreira, exemplificada por canções que traduzem questões pessoais e emocionais dos dias atuais. Faixas como “Brooklyn”, “Quarantine”, “Sidewalk Reflection”, “Nevermind” e a faixa que dá nome ao compacto serviram de base para que Baboon Ha introduzisse sua sonoridade.
“Acho até difícil definir o que é a Baboon Ha, porque são vários projetos que foram ficando ao longo dos anos e agora em 2020 começaram a sair. Mas é um passo importantíssimo de definição de que a Baboon Ha existe e que abre o caminho para que 2021 seja um ano de afirmação ainda maior e na esperança de que nossas músicas criem identidade com a banda e com pessoas que possam vir a nos ouvir”, revela Felipe Viana. “A bem da verdade é que a gente nunca foi de fazer músicas pensando num público específico, e acho que sempre fizemos o que a gente gosta e imaginando que pessoas com um gosto parecido podem se emocionar de alguma forma. Se forem 5 pessoas ou 50 mil, honestamente acho que não faz muita diferença. O importante é que a música mova e inspire as pessoas como tem que ser”, completa.
Além da já conhecida “Caramel”, Kill The Buzz conta ainda com as inéditas “Hyper Real”, “The Bug”, “The Apartment”, “My Own Private Hell” e “Vaccine”, que chega acompanhada de um clipe dirigido pelo videomaker Gabriel Rolim. A produção apresenta uma estética de distorções analógicas e digitais, trabalhando imagens relacionadas à pesquisa científica e dialogando com o atual cenário de pandemia.