Recentemente, o rapper Rodrigo Zane lançou o clipe do single “Off- White”.
Se você ainda não conhece o trabalho do rapper, o indico de olhos fechados para ouvir e, como de costume, tem que ser daquele jeito que eu gosto e que faz bem: com o volume alto!
“Quero vestir OFF- White” é um refrão que gruda na mente de uma forma simples. Quem botou a mão na massa junto ao rapper foi o produtor musical Nansy Silvvz. Além disso, Zane se une ao diretor artístico de audiovisual Tavn, que é do Espírito Santo mas atualmente mora em São Paulo, para a criação do clipe.
Além do vídeo, veja abaixo a entrevista que fiz com o Rodrigo sobre o single.
É uma honra ter você aqui com a gente. Conta para galera como foi lidar com processo criativo musical nessa quarentena? O que te inspira atualmente?
Tem sido bastante bacana eu me dedicar a compor mais e passar mais tempo no estúdio quando possível. A quarentena só me possibilitou ter um processo criativo melhor e mais amplo, me utilizo do ócio para poder construir um conceito mais bem definido daquilo que quero passar na música.
Você lançou recentemente o clipe de “Off-White”. Como nasceu essa música? E o que ela representa para você?
Essa música nasceu no ano passado quando eu criei meu primeiro EP, esperança, e por mais que eu goste muito dela, essa não é a minha preferida, mas minha mãe me aconselhou a investir nela, porque ela viu um certo potencial. E para mim representa a busca pelo que se pode alcançar, nada é impossível ainda que possa vir a demorar. Significa, esforço, enfrentar as dificuldades, aborda um lado surrealista também, mas no geral é sair mais forte de cada obstáculo.
Conte sobre o clipe: como veio a ideia e o contexto?
A ideia do clipe foi trazer remissões ao EP, por isso gravei num lugar com bastante mato, folhas e verde. Fazendo uma analogia com esperança, figurino preto para dar um destaque nesse verde todo. Tavn, o diretor do clipe, me deu algumas referências de artistas que fogem do comum, onde só mostram carros mansões e mulheres. Não que isso seja errado, e faz parte da estética do trap, mas eu quis explorar o simples e trazer o olhar dos que me ouvem pro óbvio. Sem muita parafernália para não perder a ideia central da música. O clipe tem como referência Silvan Lacue, que também usa desses princípios audiovisuais. Que são bem interessantes por sinal.
Queremos saber mais sobre suas influências. Quais artistas você vem ouvindo bastante? E quem você indicaria para conhecermos o som e por quê?
Eu tenho escutado muito indie ultimamente, e isso tem mudado minha maneira de compor, os artistas que eu consumo muito são Zak Abel, Tame Impala, Marc Demarco, Terno Rei e Jungle. Esses são os que sempre eu estou ouvindo para aprender a melhorar minha voz e minha lírica também. Um artista que eu indicaria é o Blade, ele é de São Paulo, faz rap também e tem uma sede incrível de contar seus relatos pessoais. Valorizo isso nele, inclusive temos uma música que está para sair em breve.
Queremos saber o que ainda podemos esperar musicalmente dos seus trabalhos ainda esse ano?
Nesse ano tenho algumas músicas para lançar, acredito que a mais importante delas seja com Guilherme Coio, nome dessa track é “pele na pele”, com produção musical do LordBeats, e esse som foi onde iniciou minha amizade com Coio. Já estávamos um tempo para gravar, e até que enfim nos reunimos e gravamos. Os demais trabalhos são apenas mais 3 músicas, e um vídeo clipe de uma música nova minha, mas deixa o suspense no ar.
Para finalizar qual recado você deixar para galera que vem te acompanhando e admirando seu trabalho?
Eu agradeço a moral que eles estão me dando nesse início de carreira e quero que eles estejam ansiosos para os próximos trabalhos, pois, tenho me esforçado e estudado para entregar o meu melhor nas minhas canções. E fico feliz que as coisas estão andando de forma gradativa e aos poucos eu vou conseguindo meu espaço.
Aproveite, confira outras músicas do rapper Rodrigo Zane e aumente o som!