Enquanto o mundo parece receoso com o futuro dos grandes festivais, o organizador do Reading & Leeds Festival tem uma visão bem otimista para o próximo ano.
Em entrevista para a NME, Melvin Benn se mostrou bem confiante no retorno dos tradicionais festivais que acontecem nas cidades inglesas em 2021. Para ele, atitudes precisam ser tomadas para que os eventos não se tornem um problema, mas isso não impedirá as suas realizações. Uma das medidas apontadas por Benn é o teste em massa da população e, principalmente, do público do festival. “A COVID nos deu uma pausa de um ano, então a inovação para o ano seguinte serão os testes – todo mundo será testado”, afirmou.
O organizador ainda falou sobre a espera por uma vacina e, para ele, os testes em massa podem ajudar no retorno mesmo que não exista vacina para todos. “Não precisamos de vacina, porque podemos resolver os problemas com um bom regime de testes. Seremos capazes de fazer isso no ano que vem. Se existir uma vacina, será o suficiente para idosos e vulneráveis. Os jovens conseguem resistir”, afirmou. “O governo sabe disso agora. Em março e abril, eles não sabiam. Todo mundo ficou apavorado e isso foi inevitável, mas conforme aprendemos mais, sabemos que os mais fortes e saudáveis são capazes de sobreviver a isso”, completou.
Vale lembrar que os ingressos para as próximas edições do Reading & Leeds Festival já estão disponíveis para compra. O evento está programado para os dias 27, 28 e 29 de abril de 2021 e contarão com nomes como Charli XCX, Stormzy, Post Malone, Disclosure, Liam Gallagher, Queens Of The Stone Age, Doja Cat, Fever 333 e Sofi Tukker, entre outros.
O futuro dos grandes festivais em tempos de Coronavírus
Vale lembrar que os grandes eventos passam por um processo de readequação em tempos de pandemia. Nos últimos meses, algumas opiniões importantes foram dadas acerca da retomada dos festivais e, para alguns envolvidos nessas operações, a situação não parece ser tão simples.
Em recente entrevista, o cofundador do Lollapalooza afirmou que, para ele, os festivais só voltarão a ser realizados com segurança em 2022. Segundo Marc Geiger, existem vários obstáculos que precisam ser superados antes de se fazer um festival de forma viável. “Com a COVID-19 existe uma responsabilidade infinita na hora de organizar um evento e será um desafio para os promotores encontrar uma seguradora disposta a cobrir seus shows e festivais”, afirmou.
Quem também falou sobre o tema foi Michael Eavis, fundador do Glastonbury. Para ele, eventos de pequeno porte são bem mais tranquilos para serem retomados, se mostrando receoso quanto a próxima edição de seu evento. “500 pessoas tudo bem, não é? Mas meu trabalho é juntar 250 mil pessoas, eu acho que é muito”, afirmou. “Ainda espero que aconteça no próximo ano. Vamos mover o céu e a Terra para garantir que sim. Mas isso não significa necessariamente que ele vai acontecer”, completou.
Aqui no Brasil, tivemos a recente confirmação de que o Lollapalooza Brasil, programado inicialmente para abril e adiado para dezembro, foi postergado para setembro de 2021. Com a nova data, o festival dividirá o mês com o Rock In Rio, também previsto para o próximo ano.
