Você deve se lembrar daquele comercial que virou meme: “Menos a Luísa, que está no Canadá“. Mas, piadinhas e referências à parte, agora podemos ajudar a artista paulistana Luísa Manzin a viajar para lá e conquistar o sonho de gravar seu primeiro disco solo. E não é um disco qualquer – ela quer produzir um vídeo-álbum autoral com estética variada conversando com imagens orgânicas e de glitch art, um tipo de arte digital que estudou durante sua formação no curso de Comunicação e Multimeios na PUC-SP. LUMANZIN é artista-visual, cantora, compositora e produtora cultural e a obra irá misturar diversos tipos de linguagens visuais, textos e músicas feitos por ela em um período difícil de isolamento, retratando tudo o que sentiu e viveu.
Por enquanto, o vídeo-álbum deverá se chamar “Quarentena” justamente por se tratar de um momento de cura, superação, perdão, entendimento e aceitação. “O processo durou na verdade muito mais do que quarenta dias. Foram 117. Foi uma época de isolamento e documentação de diversas sensações e vivências e, no final, senti como se tivesse renascido. Minhas grandes mortes foram uma formatura, um aborto e um término de relacionamento”, conta ela. “Quarentena é lindo e triste. Traz assuntos e palavras pesadas de maneira doce, de maneira consciente. Não fala de amor. Fala de idealização, processos internos. Fala da alma, do ceticismo. Pede abrigo, mas é sobre independência”, explica.
O projeto foi escolhido para ser produzido na Banff Center, uma escola de arte e criatividade que existe há 85 anos e fica em uma pequena cidade próxima a Calgary, no Canadá. A escola promove um intensivo de um mês, entre novembro e dezembro, para a conclusão de projetos artísticos. No final, os alunos fazem um show para apresentar o trabalho. Para conseguir arcar com os custos da viagem, a cantora e compositora abriu um crowdfunding no Catarse, que vai até o dia 22 de agosto. “Em Banff terei acesso a todo tipo de equipamento necessário, com a melhor infraestrutura tanto de vídeo quanto de som, além de ajuda de diversas pessoas de outras áreas, por se tratar de uma residência para artistas do mundo todo”, afirma. “Os caminhos da arte e da música independente são hora sombrios, hora iluminados. A oportunidade de levar a arte autoral e feminina para fora do Brasil, espalhar a palavra, mostrar o que temos, não pode ser desperdiçada”. Você pode apoiar o projeto clicando aqui. As doações são a partir de R$ 10,00.
Mas não pense que LUMANZIN é novata na música. Filha de maestro, cresceu frequentando espetáculos e, com sua banda Luzia, que continua na ativa e mistura pop, jazz e MPB, ela já tinha feito muitos shows e lançado o EP “ABUSOS”. Ela já acumula milhares de views no Youtube e agora quer partir para a carreira solo e montar uma banda formada apenas por mulheres quando voltar do Canadá para o Brasil. A artista tem um jeito inovador e provocante, usando a tecnologia para se expressar. Suas músicas já trazem uma postura bastante feminista e contestadora, falando de sexo abertamente e com vocais fortes, firmes, decididos e poderosos que conseguem interpretar muitas personagens e vozes diferentes, fazendo bonito mesmo em uma performance à capela:
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