Lembrado por muitos como um dos grandes nomes da música, Eric Clapton fez duras revelações durante uma entrevista para a BBC Radio 2.
Em conversa com o radialista Steve Wright, o músico de 72 anos falou sobre o seu atual estado de saúde e revelou que enfrenta um processo de perda de audição e que está difícil para fazer o que mais gosta: tocar guitarra.
“Ainda vou trabalhar. Tenho um show no Hyde Park (dentro do British Summer Time Festival), em julho. A única coisa que me preocupa é que estou ficando surdo. Ouço zumbidos, mas minhas mãos ainda funcionam um pouco. Espero que as pessoas ainda venham me ver, mais do que apenas por curiosidade”, afirmou Clapton.
Responsável por clássicos como “Layla”, “Wonderful Tonight” e “Tears In Heaven”, Eric falou sobre o diagnóstico de neuropatia periférica – que causa dores, fraqueza e dormência – e vem limitando as suas ações motoras nos últimos tempos. “Confesso que é incrível que eu ainda esteja aqui. No ano passado, tive muita dor: começou com dores nas costas e se transformou em neuropatia periférica. É difícil tocar guitarra e já aceitei que não tenho como melhorar”, explicou.
Ao longo da conversa, Clapton falou sobre as possíveis causas para o seu estado de saúde atual e apontou os excessos em álcool como predominantes. “Por, pelo menos, 20 anos, fui um caso perdido. Eu já bebi mais do que vocês podem imaginar”. Apesar disso, o músico afirma que a bebida também o colocou no caminho do blues e contribuiu bastante com as suas letras.
Sobre o futuro, o guitarrista revelou que pretende gravar pelo menos mais um álbum de estúdio enquanto a sua saúde permitir. “Não quero sair de cena até que eu seja capaz de me fazer passar vergonha”. No entanto, quando o assunto são os palcos, Clapton revelou o receio de fazer shows e “fazer feio” diante do público.
A entrevista fez parte do processo de divulgação do documentário Eric Clapton: Life in 12 Bars. O registro fala sobre a vida do músico desde sua infância, passando pelas fases em que fez parte do Yardbirds e do Cream, a carreira solo e os dramas pessoais, que vão da luta contra as drogas e álcool até a morte de seu filho de 4 anos, em 1991.