O Festival Planeta Brasil aconteceu na cidade maravilhosa de Belo Horizonte, no último sábado (28). Com o dia ensolarado e a noite agradável, o evento se estendeu em 12 horas de muita música, divididas em quatro palcos. Mas, se você pensa que o evento contou apenas com shows, está bem enganado! O espaço foi ocupado também por áreas de descanso com sombras – que foi bem útil no para dar um break do sol -, foodtrucks variados e interatividades esportivas e artísticas.
Aqui vou contar um pouco do como e porque esse festival me surpreendeu mais a cada minuto que passava:
Andando pela Esplanada, era visível perceber a beleza em cada detalhe, desde o ambiente ao público (e que público!). Foi um festival da diversidade. Pessoas de várias idades e estilos caminhavam pelo local. Grupos de amigos, casais, famílias, nova geração, velha geração… todos ali com o mesmo proposito: Curtir um dia maravilhoso de muita música e diversão!
A localização dos palcos foi definida de uma forma onde não havia interferência sonora entre eles, mas também as pessoas não tinham que andar quilômetros para chegar ao próximo palco. Banheiros, bares e caixas existiam em toda extensão da esplanada, facilitando sempre o acesso.
Alguns pontos negativos, como em todo evento, também ocorreram. Podíamos observar uma quantidade muito reduzida de lixeiras espalhadas pelo ambiente, assim como placas informativas de direção de palcos e atrações, diminuindo a funcionalidade. Preços e tempo de espera, principalmente para alimentação, aborreceram e atrapalharam um pouco a experiência de alguns.
As 14hrs, o festival começou a realmente se movimentar, enchendo cada vez mais.
Com a lineup cheia, muitos shows aconteceram simultaneamente, o que tornaram algumas decisões bem difíceis, mas consegui ver todos meus preferidos no horário certo. Ah, e que pontualidade! Uma das maiores surpresas nesse grande festival foi a falta de atraso nos shows.
Depois de dar uma passeada boa pelo espaço, fui acompanhar o show no palco norte de Donavon Frankenreiter e, para ser bem sincera, não esperava curtir tanto. A energia que Don tocou suas músicas e as transmitiu para o público animou até os mais acanhados. Outro ponto a ressaltar: a banda que o acompanhava era incrível, teve espaço até para solos extensos de gaita! Isso mesmo, gaita.
Mais tarde, segui até o lado oposto da Esplanada, em direção ao palco sul, onde as meninas do Anavitória já estavam se apresentando. O público, em sua grande maioria feminino, respondia aos encantos das duas tocantinenses. Todos claramente imersos no clima dessa nova dupla, acompanhavam das músicas calmas até as mais animadas. No meio de um discurso das duas, que interagiam bem com o público, abriram espaço no palco até para um pedido de casamento! Com a plateia claramente emocionada, continuaram num show bem legal com aquele ~climinha~ único da dupla.
Como quem está na chuva está para se molhar, quem está em um festival está para andar, então lá voltei eu para o palco norte para ver um pouco do Slightly Stoopid, seguido do Natiruts, numa vibe mais reggae impossível, com o público totalmente em sintonia. Não satisfeita com as caminhadas sob o sol, ainda dei uma rápida conferida no Tropkillaz, no palco How Deep, localizado um nível abaixo do principal. Como só tinha acesso por uma escada, a lotação para saída e entrada estava densa, fazendo muitas pessoas (inclusive eu) desistirem de chegar até o palco.
De lá, pulei para o palco sul, onde o bom Tiago Iorc se apresentaria. Nessa hora, como em Belo Horizonte não poderia ser diferente, o pôr-do-sol MARAVILHOSO parecia até ter sido encomendado especialmente para o festival. Iorc entrou no palco cantando um de seus maiores sucessos, com o céu dividido em múltiplas cores. Não tinha como o cenário combinar mais, não é mesmo? Ah, e como de costume, os fãs foram a loucura!
Acaba Tiago Iorc, começa Jason Mraz. Em palcos completamente opostos. Eu vou ter que correr produção? Sim Júlia, mais que as kids with pumped up kicks. E. QUE. SHOW. Chegou de fininho, voz e violão, já tocando a clássica “Lucky” e arrancando um coro do público logo de cara. Após algumas acústicas, uma banda de apoio INCRÍVEL chegou para acompanhar o praiano. O público sentia a conexão e interação de todos no palco. A energia emanada lá de cima, passava com extrema emoção cada palavra, verso e melodia tocada. O show claramente bem estruturado, se dividida em discursos sobre amor e positividade – onde o fundo sonoro não deixava de existir -, solos instrumentais e vocais, e hits de toda sua carreira.
Jason transmitia leveza e tranquilidade, puxou até um feliz aniversário para o baterista da banda e se arriscou em palavras e frases em português para interagir diretamente com o público. “Feliz aniversario”, “beleza?”, “gente como a gente”, frases supostamente aprendidas através do baixista carioca que o acompanha. Como não amar? Com duração de 1h30, o show conseguiu segurar o público até o fim, que acompanhou cantando e curtindo cada momento.
Naquele ponto, 10 horas de festival já tinham rolado, e 7 delas na companhia de um sol escaldante. Você pode pensar que todo mundo já estava destruído e indo embora. Mas não.
O Skank entrou no palco às 22h30, e o público, que ocupava o espaço todos sentados (e até deitados), levantou-se numa energia divina, já pulando e cantando as músicas do fundo de seus pulmões. Todo mundo parecia estar se divertindo, os de 16 anos, de 23, 34, 40…. não importava a idade, era o Skank ali no palco, todo mundo só queria curtir ao máximo e se divertir com as companhias. Samuel claramente orgulhoso do show e daquele público muito interativo, não deixava de conversar e expor sua felicidade com seus fãs.
Depois desse dia divertido, cansativo e emocionante, fui para casa com a sensação de ter aproveitado ao máximo, criado novas memórias e histórias para toda a vida. Não adianta tentar desviar meus caminhos, I live for live music, e quero continuar sempre aproveitando essas oportunidades de viver dias maravilhosos, com pessoas maravilhosas e músicas maravilhosas.
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