Recentemente conheci essa garota. Tivemos um lance meio sério. E a culpa de não ter virado namoro foi de “You Give Love a Bad Name”, faixa do Slippery When Wet, do Bon Jovi.
Tem toda uma história, claro. Eu estava ficando com ela há uns dois meses e estava sério do tipo almoçar com os pais dela num domingo. E não havia motivo para a gente deixar de oficializar aquilo. Foi então que sugeri uma aposta: “Vamos nessa festa Alta Fidelidade e se tocar “You Give a Love a Bad Name”, “Feeling Good”, do Muse; e “Rock n’ Roll”, do Led Zeppelin; a gente sai de lá namorando e direto para um motel!”. Ela topou e deixou seu futuro nas mãos dos DJs da festa e eu sabia que no mínimo duas dessas músicas eram certas de entrar no repertório da festa, pois fui em várias e ouvi Muse e Led na maioria.
A gente estava lá se curtindo. Se pegando. Bebendo. Dançando. Rindo das pessoas bêbadas e estranhas que nos cercavam. E nada dos caras tocarem nenhuma das três bandas. O combinado era não trapacear pedindo, mas passei a achar que seria realmente uma boa maneira de começar a namorar com alguém. Fui até o DJ e ele afirmou que ninguém lá tinha material do Muse ou do Led, e claro, deu uma gargalhada quando comentei da terceira opção: “Ah, então toca a do Bon Jovi mesmo!”.
Contei para ela que quis trapacear e depois de dançarmos juntos por mais tempo, fomos para nossas respectivas casas descansar. Pouco tempo após essa balada, a gente terminou por minha culpa e apego ao passado. Preferi culpar o Bon Jovi do que eu mesmo. Típico. Se você pode culpar outros, não pense duas vezes! Mas preservamos a amizade e podemos dizer que os caminhos tomaram os rumos certos. E que pelo menos uma música do Bon Jovi entrou nos nosso corações.
(Claro que na festa seguinte a que fui, eles tocaram “Rock n’roll”)
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