2015 foi um ano cercado de muita expectativa. Eram retornos esperados, festivais que criaram expectativas, turnês aguardadas e, no fim das contas, nem tudo são flores ou outras coisas bonitas.
A nossa equipe pensou, discutiu e chegou a uma lista de fatos que nos decepcionaram neste ano que se encerra. É sempre bom lembrar que estar aqui não quer dizer que é “a pior coisa do mundo”, apenas que a (nossa) expectativa não foi correspondida, ok?
Eis a lista de 15 decepções da música em 2015:
15 – Get Weird, de Little Mix
Apesar de todo o sucesso alcançado com o álbum, esperamos do Little Mix aquilo que também esperamos do One Direction: algo novo. O grupo parece que está preso em um padrão de músicas e assim repete a mesma fórmula em basicamente todas as faixas do álbum, ficando quase impossível chegar até o final. Talento e liberdade artística elas já conquistaram, por que não aproveitar as oportunidades? [YC]
14 – A carreira musical da modelo/design de moda Rihanna
Uma ótima música com nomes de peso (Paul McCartney e Kanye West) e um dos melhores clipes do ano não servem pra enganar o que foi 2015 pra Rihanna. Foi considerada um dos maiores ícones da moda, ganhou várias capas de revista ao redor do mundo, várias coleções com designers, parcerias, lançamento de meias (!!!), tênis, perfume… Fez um show no Rock In Rio nesse meio tempo. Ótima forma de comemorar 10 anos de carreira da maior hitmaker da década: praticamente ignorando sua carreira musical e focando em moda. [EZ]
13 – Artistas x Streaming
No início dos anos 2000, o Metallica protagonizou uma briga com o Napster por causa dos direitos de uso de suas músicas, que eram encontradas de forma gratuita no serviço. Muitos anos depois, vemos artistas se rebelarem contra plataformas de streaming por acreditarem (e isso não se discute) que os valores recebidos pelos streamings de suas canções são praticamente irrisórios. A briga pode até ser válida, mas acho que o vilão pintado por nomes como Taylor Swift nessa história não é tão vilão assim. Até porque, existem outras arestas nessa equação que não são levadas em conta pelos artistas… talvez porque elas lançam os seus trabalhos, né? [JP]
12 – Better Nature, do Silversun Pickups
Uma das descobertas mais legais nos últimos anos, a expectativa era alta para o novo álbum do Silversun Pickups. Better Nature era um disco que eu queria muito ouvir e, quando ele ficou disponível, eu poderia apostar que o resultado seria bom. Ainda bem que ninguém resolveu me confrontar, pois a decepção nunca foi tão grande. Vou usar uma frase que li nesta resenha e que traduz bem o que senti ao ouvir o disco: “Se decepção tivesse uma foto no dicionário, certamente seria a foto da capa desse disco”. Justo! [JP]
11 – Rock In Rio 2015
O maior festival de música da América Latina sofre por se tornar um verdadeiro shopping musical e colorido para pessoas interessadas em tirar selfies, beber cerveja (lá é Heineken, pelo menos), andar na montanha-russa e qualquer outra coisa que não seja prestar atenção nos shows. A música do artista que está no palco é apenas um detalhe diante a quantidade de anunciantes, dificuldade de locomoção e gente assentada no meio do caminho. Para quem ama a música, o Rock in Rio continua um festival obrigatório, mas para quem está apaixonado e naquele tesão louco, pode ser meio broxante. [TD]
10 – Falta de Lançamentos (ou lançamentos não tão impactantes)
Quando dá pra contar nos dedos de uma mão os “donos do ano” – The Weeknd, Taylor Swift e Adele, que chegou no finalzinho e sentou na janelinha com propriedade porque sim- e ainda sobra dedo pra contar quem teve um hit aqui ou ali, é porque foi um ano bem morno para lançamentos. Exceto a briga Justin Bieber Vs One Direction que chamou atenção apenas o mundo teen, não houve disputa de divas ou desafetos. Boring. [EZ]
09 – Premiações
O motivo anterior reflete nas premiações. Se não fosse por poucos gifs e o anuncio da candidatura de Kanye West a presidência dos EUA, as premiações seriam apenas algo para ‘tapar buraco’ na programação de TV americana. [EZ]
08 – Metallica no Rock In Rio
Rock in Rio 30 anos e tudo que “possivelmente” poderia dar errado, aconteceu com o Metallica no palco. Meu primeiro show da banda e a decepção começou pelo atraso de 45 minutos e após um início aguardado de forma exaustiva, tivemos a situação mais inesperada de todo festival. Durante a apresentação de “Ride the Lightning”, uma interrupção na luz e som, causou um apagão no palco por quase 5 minutos, levando o público a vaiar o ocorrido. Uma situação constrangedora, que me fez ir embora alguns minutos depois, frustrada com um show tão esperado. [MS]
07 – Confident, de Demi Lovato
Demi trouxe um single incrível e irreverente para começar os trabalhos de seu mais novo álbum, Confident. Porém, as demais faixas não seguem a linha do lead-single. Prometeu bastante e correu atrás de uma possível indicação ao Grammy através da música “Stone Cold”. Acontece que ninguém duvida dos alcances vocais de Demi e ~nobody cares~ para as letras profundas que venham dela. O problema é que ela não precisa exagerar para chamar a atenção das pessoas, exatamente o que ela tenta em seu trabalho até então mais confidente. É preciso crescer e ela consegue isso a cada dia, mas acredito que se tentasse parar de provar que seu espaço na música está ali iria se divertir mais em estúdio e produzir muitas músicas que imprimam sua identidade, assim como fez em “Skyscraper” e “Give Your Heart A Break”. [YC]
06 – Cadê o Frank Ocean?
O CD do mocinho estava previsto para sair em 2015 e era um dos mais aguardados. O cantor até anunciou previsão de lançamento e postou no tumblr uma foto. Isso é tudo o que sabemos do álbum até agora. [EZ]
05 – “Adventure Of A Lifetime”, música do Coldplay
Já faz algum tempo que o Coldplay vem se caracterizando pop, deixando de lado a parte do “rock alternativo” e com isso conquistando fãs de outras vertentes. O lançamento de “Adventure of a Lifetime” mistura elementos da música Dance/Pop e Eletrônica, fazendo lembrar, sem muito esforço, os arranjos da dupla Daft Punk. Como fã dos primeiros álbuns, onde se tinha o peso do rock e uma grande carga emocional nas composições, essa canção deixa claro que discos no estilo de Parachutes, estão longe de serem lançados. [MS]
04 – Turnê do Foo Fighters
Em novembro tivemos a sorte de descobrir como é que se faz um show de rock para fãs leais e devotos, mas sem deixar de lado o público comum. O Pearl Jam tocou quase 100 músicas em sete apresentações na América do Sul. Uma verdadeira aula para 90% dos artistas atuais que preparam preguiçosamente seus shows, como o Muse e o próprio Foo Fighters, que em janeiro fez questão de repetir não apenas o repertório, mas também as piadas e deixar espaço para raras modificações no roteiro, como a participação especial de um sósia do Dave Grohl em Belo Horizonte e um pedido de casamento em São Paulo. E ainda tem gente que diz que Grohl é Deus… Lemmy é Deus, caras! Lemmy. [TD]
03 – Turnê do Muse
Outrora conhecida como a banda que fazia o melhor show de rock do mundo, os britânicos do Muse fizeram sua segunda turnê solo no Brasil (e quinta visita ao país) e sofreram com a baixa venda de ingressos, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Os fãs culparam a produtora, que se justificou dizendo que a banda não aceitou diminuir o cachê. Pior mesmo para o público que viu uma apresentação mais do mesmo sem grandes novidades e com uma banda pouco inspirada em comparação com tudo que já fizeram antes. Aliás, o próprio disco Drones causou certa frustração no público, mas o nosso review é até bem positivo. [TD]
02 – American Oxygen, música e clipe de Rihanna
Lançamento de música exclusiva no Tidal (ainda) não é uma boa estratégia. Lançamento de clipe, menos ainda. O problema de “American Oxygen” é parecer uma b-side utilizada com o único objetivo de lançar um material exclusivo na plataforma. Como era de se esperar, a faixa não vingou e o lançamento passou despercebido, ainda mais após o lançamento de um dos melhores clipes de sua carreira “BBHMM”. [YC]
01 – Lineup do Lollapalooza Brasil 2016
Todo ano ficamos com aquela ansiedade por uma edição do mega festival Lollapalooza que supere o line-up de 2013. Parece que o sonho se torna cada vez mais distante de ser realizado, afinal, a próxima edição do evento terá Eminem como seu nome mais popular. Muito pouco para um festival de rock que se tornou em grande referência logo na sua estreia, em 2012. E puta que pariu: Skol não rola. [TD]
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