2015 foi um ano que nos brindou com os mais diversos tipos de shows nacionais e internacionais. Vários foram os artistas que desembarcaram no país ou entraram em turnê para apresentar os seus trabalhos pelas cidades brasileiras e nós resolvemos falar disso.
Cada um dos participantes do #Listão2015 do Audiograma separou uma lista com 05 shows que tenha assistido ao vivo durante o ano de 2015. Em ordem de preferência, cada um enviou a sua lista e cada colocação rendeu uma pontuação que, somada, determinou a sua colocação em nosso ranking final.
Abaixo, você confere a nossa lista com os 20 melhores shows de 2015 no Brasil.
Vamos lá?
20 – Skrillex @ Lollapalooza Brasil
Meu primeiro Lollapalooza foi repleto de boas histórias e dentre uma delas, ter visto Skrillex. Sou fã de Dubstep e meu primeiro contato e influência foi com o Sonny. Após um dia de longas caminhadas desesperadoras de um palco para o outro, eu já estava exausta quando o show começou. A empolgação tanto do Sonny, quanto do público, me deu o gás que precisava para curtir intensamente as 66 músicas que fizeram parte de uma noite sem explicações. O grave vindo do palco batia na alma e meu corpo seguia, involuntariamente, a melodia, juntamente com o jogo de luzes que contribuía para me fazer sentir em um espaço único. O show do Skrillex me marcou muito, tanto na interação com os fãs, quanto na preocupação de nos proporcionar uma apresentação onde, sentir a “vibe” era o principal. [MS]
19 – Muse @ HSBC Arena
O Muse passou pelo Brasil em outubro com a turnê de seu mais recente álbum, Drones. Em sua apresentação no Rio de Janeiro, o trio empolgou o público com grandes sucessos como “Plug in Baby”, “Supermassive Black Hole”, “Madness” e a recente “Mercy”, além de entregarem um show repleto de luzes e tecnologia, ainda que sem muita interação com os fãs. Leia mais aqui. [YC]
18 – Jack White @ Lollapalooza Brasil
A cor azul tomou conta do Palco Skol no Lollapalooza enquanto Jack e sua banda começaram os trabalhos ao som de “Icky Thump”, do The White Stripes. A prioridade eram os discos solo (algo natural, né?) e lá estavam “Lazaretto”, “Temporary Ground”, “Just One Drink” e “That Black Bat Licorice” para deixar os fãs felizes. Obviamente, o trabalho com o White Stripes e o The Raconteurs também foi lembrado e músicas como “Hotel Yorba”, “Ball and Biscuit”, “Seven Nation Army”, “Steady, As She Goes” e “Top Yourself” fizeram parte do setlist de um dos melhores shows do festival neste ano. [JP]
17 – Deftones @ Rock In Rio
O consenso entre os fãs que viram a banda em oportunidade anteriores era de que a apresentação do Rock In Rio não foi a melhor do Deftones em terras brasileiras. Eu até poderia me importar com isso, mas aquele foi o meu primeiro e nada vai apagar da memória o momento de transe emocional que foi ver o Chino Moreno apenas a alguns passos de distância. Em um ano de boas experiências em shows, a do Deftones deixou uma marca bem bonita. [JP]
16 – Kasabian @ Lollapalooza Brasil
A tarde do primeiro dia de Lollapalooza caminhava para o seu fim quando a banda capitaneada pelo guitarrista Sergio Pizzorno e pelo vocalista Tom Meighan subiu ao Palco Onix mesclando sucessos da carreira com faixas de seu mais recente (e belo) álbum, 48:13. Foi difícil não se contagiar com músicas como “Shoot the Runner”, “Days Are Forgotten”, “Vlad the Impaler” ou com o cover de “Praise You”, do Fatboy Slim. Esse foi mais um dos bons momentos do festival. [JP]
15 – Sam Smith @ Rock In Rio
“Ah, vou dormir no show dele. No mesmo dia que a Rihanna? Coitado! Vai passar despercebido…”. Esses foram os comentários arrependidos do show de Sam Smith. Embalando trilha sonora de novela, o excelente vocal de Sam fez toda a diferença no dia do show morno de Lulu Santos e irrelevante da banda Sheppard. Mesmo como se fosse um show de abertura, todos cantaram suas músicas, se emocionaram e viram lágrimas caírem do rosto. O artista provou que não é só de coreografias e cantoras pop que se pode surpreender em um grande evento. [YC]
14 – Molotov @ Lollapalooza Brasil
O segundo dia de Lollapalooza não poderia ter começado melhor e, após conseguir uma localização estratégica bem próximo ao palco, deu-se início a uma sequência de eventos que transformaram o show dos mexicanos na coisa mais insana e divertida pela qual já passei em um festival. O que aconteceu enquanto ouvíamos “Chinga tu madre”, “Amateur (Rock Me Amadeus)”, “Changüich a la chichona”, “Gimme tha Power”, “Dance and Dense Denso” e “Puto” foi algo simplesmente surreal. SURREAL! E olha que faltou “Frijolero”, hein? [JP]
13 – Kiss @ Mineirinho
23 de abril de 2015. Data para nenhum fã de hard rock botar defeito. Afinal, foi na noite chuvosa que boa parte dos fãs mineiros da banda Kiss puderam rever e, para alguns, ver pela primeira vez, aqueles que já tiveram diversas canções consideradas como satânicas. Era só para ser um show de rock, dada a mudança de local do Estádio Independência para o Mineirinho, muito headbanger por aí evitou frequentar o espaço. Mas aqueles mais assíduos marcaram presença e não ligaram para a péssima, porém já conhecida, acústica do Mineirinho. “Detroit Rock City” abriu a noite botando muito marmanjo para cantar. Clássicos como “Do you love me?”, “Love Gun” e “Black Diamond” mostraram o porquê das músicas dos garotos de Detroit fazerem, ainda, a cabeça de muita gente por aí – até “Rock and Roll All Night” eclodir durante a apresentação sendo cantada como um hino, aliás, não deixa de ser né? Fato é que, o Kiss mais uma vez mostrou a que veio, provando que a música e o estilo da banda, nunca saem de moda. [AFM]
12 – System Of A Down @ Rock In Rio
Minha alegria em 2014, foi quando anunciaram o SOAD no Rock in Rio 2015. Como não tive chances de ir aos shows passados, minha esperança de vê-los após algum tempo em hiato, estava renovada. O System não mudou o seu jeito maluco de tocar e a energia e interação da galera, transbordava em cada canção. O repertório contou com 28 músicas e naquele momento, em meio a tanta felicidade, nostalgia e a companhia dos meus grandes amigos, lembrei da minha infância/adolescência e o quão importante a banda foi para minha formação musical e a escolha pela vertente do New Metal. Com tantas emoções e sentimentos a flor da pele, a grande surpresa da noite foi a participação de Chino Moreno, vocalista do Deftones, na canção “Toxicity” e com o incentivo do guitarrista, Daron Malakian, o maior mosh do festival estava formado (e eu estava lá). [MS]
11 – Rihanna @ Rock In Rio
Muitos presentes aguardavam um show com as músicas do álbum Anti, que nem sequer ainda foi lançado. O fato é que Rihanna, mesmo sem divulgar novas faixas, é uma estrela que chama a atenção só de marcar presença no palco. Apesar dos diversos cortes no tamanho das faixas da extensa setlist, Riri mais uma vez fez o melhor show do ramo pop e levantou o público que chegava perto de 90 mil pessoas. [YC]
10 – Forfun @ Chevrolet Hall
Com um média de 35 musicas em um setlist diversificado entre os quatro produzidos, a banda FORFUN despediu-se de seus fãs em grande estilo relembrando um pouco de cada trabalho que desenvolveram em sua trajetória. Fazendo o que sabem de melhor, os cariocas, independentes, carregando um discurso de “até logo, amigos!” fizeram um show de aproximadamente 2h30min embalados por hits e outras não tão comuns em seus repertórios. Muito bem recepcionado por mineiros, com suas inúmeras apresentações em Belo Horizonte durante a carreira, a banda se despediu no palco onde fez seu primeiro show na cidade, e mostrou que merecem ser lembrados enquanto música nacional. [VP]
09 – Foo Fighters @ Esplanada do Mineirão
Com cerca de 70% de sua lotação atingida, o Foo Fighters resolveu entregar ao público mineiro uma apresentação memorável, capaz de ficar guardada no coração de cada fã que deu as caras na Esplanada do Mineirão, encarou chuva e se divertiu com as 23 músicas tocadas por Dave Grohl e companhia. Leia mais aqui. [TD]
08 – Slipknot @ Rock In Rio
O Slipknot veio para o Rock in Rio 2015 a todo vapor. No palco, a caracterização do espaço estava ligada com a proposta do álbum .5: The Gray Chapter, lançado em 2014. Com um repertório de 18 músicas, a banda percorreu desde os grandes clássicos dos anos 90, até os atuais. A presença de palco da banda e claro, do vocalista Corey Taylor, é inquestionável. A energia, carinho e interação com os fãs, nos faz sentir que realmente somos uma família. É impagável a sensação de estar em um show do Slipknot e a cada espetáculo que tenho a honra de ver, a admiração aumenta ainda mais. Uma banda completa que, além de fazer uma grande trabalho, sempre demonstra respeito e admiração pelos seus seguidores. [MS]
07 – Sandy @ Niterói (Gravação DVD Meu Canto)
Para a gravação do novo DVD, Meu canto, vemos Sandy em seu melhor estado de felicidade e conforto na posição que se encontra como artista. O show minimalista e com uma grande produção vai fazer todos voltarem as atenções para o lançamento previsto para o primeiro semestre de 2016 e da turnê para promovê-lo. As participações de Tiago Iorc e Gilberto Gil mostram que a antiga e nova geração de fãs de música brasileira devem prestar atenção no trabalho da cantora, compositora e ARTISTA. Não contarei as novidades, mas vale a pena conferir o DVD. [YC]
06 – Los Hermanos @ Esplanada do Mineirão
“Todo Carnaval Tem Seu Fim” e a gente até chegou a pensar que de fato teria, até Los Hermanos anunciar mais uma vez uma série de shows em algumas cidades brasileira. Aos toques de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarantes, Bruno Medina e Rodrigo Barba, o grupo subiu ao palco e mostrou mais uma vez que sabem arrastar público onde quer que seja, mesmo depois de alguns anos. Explorando por vez poucas musicas conhecidas entre uma nota e outra, os mineiros mostraram através do canto alto e presente o quanto ainda admiram o trabalho pausado por eles em 2007. Com chuva ameaçando cair, e um público que parecia não se importar, musicas como “Anna Julia”, “O Velho e o Moço” e “Sentimental” fizeram abafar a voz dos donos da noite. A impressão é que se tem é que Los Hermanos continuará fazendo música por um longo tempo, mesmo que em turnês disfarçadas para mostrar o qual influente possa ser suas composições. [VP]
05 – Damien Rice @ Cine Joia
Em sua segunda passagem pelo Brasil, o cantor e compositor irlandês Damien Rice apresentou boa parte do seu belo repertório para um público devotado e completamente entregue que lotou o Cine Jóia, em São Paulo. Foram pouco mais de 120 minutos mágicos, daqueles que ficarão marcados na memória de cada apaixonado que se entregou e cantou todas as músicas com lágrimas nos olhos por simplesmente ter tido a sorte de estar ali e fazer parte dessa coisa única e especial que é a obra de Damien Rice. Leia mais aqui. [TD]
04 – Royal Blood @ Rock In Rio
Um baixo, uma bateria e muita pressão. Isso é o Royal Blood e, em sua primeira visita ao Brasil, tocar no Rock In Rio não causou nenhum tipo de pressão ou desconforto. A dupla encarou o palco e o público – que esperava pelo Metallica – com a mesma naturalidade que apresentou ao longo de sua primeira turnê mundial e não fez feio. Pelo contrário. Como foi bom ouvir “Out Of The Black” e “Loose Change” ao vivo e, se você não viu, perdeu um grande show. [JP]
03 – Queens of the Stone Age @ Rock in Rio
O show mais vibrante dos que eu pude ver no Rock In Rio foi o do Queens Of The Stone Age. E a banda não poupou esforços para entregar um show excelente e de muita pressão. Nem o volume ficou recolhido e as caixas explodiram em músicas como “My God Is The Sun”, “No One Knows”, “Sick, Sick, Sick” e “Go With The Flow”. Se teve algo além do Deftones naquela quinta-feira que fez valer ter encarado a estrada BH-RIO, certamente foi ver Josh Homme e companhia. [JP]
02 – City and Colour @ Sacadura
Dallas Green me proporcionou uma das experiências mais legais que passei em 2015 quando o assunto é show. Por mais que eu gostei do seu trabalho com o City and Colour, eu jamais esperava por tudo aquilo que vi no Rio de Janeiro. Foi algo de causar arrepios. E causou, por vários momentos. [JP]
01 – Pearl Jam @ Mineirão
O que torna o show do Pearl Jam especial é a disposição que os artistas têm para tornar aquela experiência única para seus fãs. Foi isso o que aconteceu na primeira visita da banda a cidade de Belo Horizonte, no mês de novembro, com direito a discurso de Eddie Vedder contra a ganância das mineradoras, lamentando o maior desastre ambiental do país. As 42 mil pessoas que estavam no Mineirão certamente saíram satisfeitas… e a gente também. Leia mais aqui. [TD]
Menção honrosa: David Gilmour
Quantas vezes você teve a chance de crescer ouvindo uma banda ou artista e poder realizar o sonho de assistir a um show ao vivo? Poucas, não é mesmo? Fica ainda mais especial quando se trata da primeira (e até então única) visita do vocalista e líder do Pink Floyd, o lendário David Gilmour, que desembarcou para uma turnê brasileira em dezembro para fechar a lista de shows com chave de ouro. Nada se compara à história da música acontecendo bem diante dos seus olhos. [TD]