Ano novo, seção nova. Ou algo mais ou menos assim.
Com a DICA5, o Audiograma pretende colocar disponibilizar, de forma quinzenal, listas com 5 dicas do que ouvir (ou ver) no cenário musical. Coisa nova, velha, super conhecida ou completamente underground… de onde vem não importa, mas queremos estar ainda mais no seu dia a dia sonoro e, por isso (e por sermos muito egocêntricos), queremos agora te dar boas dicas (hehe) do que ouvir durante a semana no trabalho, no trânsito ou no descanso do lar.
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Para começar, cinco coisas que (talvez) você não conheça mas que já passou da hora de você ouvir:
01) Canções para Embalar Marujos, de Renato Godá
Em 2010, Renato Godá soltou o seu primeiro álbum de estúdio, Canções Para Embalar Marujos. O disco te coloca dentro de uma atmosfera dominada por homens em busca de diversão nos bares a beira do cais. Sabe aquelas coisas que você vê em filmes? Então, Godá retrata bem ao longo dos 43 minutos do disco. Por lá estão canções como “Eu Sei”, “Nasci Pra Chorar”, “Canção De Um Velho Marujo” e “Cigarros e Cafés”, grandes destaques do álbum.
Depois de um tempo sem ouvir, o disco voltou a minha cabeça graças a amiga Nina Rocha e a sensação de (re)ouvir o álbum foi a mesma da primeira vez. Vale (e muito) e play.
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02) Arrive All Over You, de Danielle Brisebois
Uma coisa leva a outra que leva a outra e, quando você vê, está ouvindo algo que sequer lembrava. Durante os devaneios de fim de ano, fui apresentado a uma entrevista com o Gregg Alexander (a primeira desde sei lá quando) falando sobre o fim do New Radicals, o tempo escondido dos holofotes e a trilha do filme Begin Again, da qual ele é responsável. Como uma coisa leva a outra, me veio a cabeça a Danielle Brisebois que, além de braço direito de Gregg nas composições, era a voz feminina do New Radicals.
Pois bem, fui impactado com a informação de que a moça acabou de dar a luz a gêmeas (que são as coisas mais lindas do mundo, como você pode ver aqui) e, assim como Gregg, tem se dedicado apenas as composições para outros músicos. Mas a Brisebois canta… e canta muito bem… o que acaba nos levando a segunda dica: O álbum Arrive All Over You. Lançado por ela em 1994 e com os singles “What If God Fell From The Sky”, “Gimme Little Sign” e “I Don’t Wanna Talk About Love”, o disco ainda tem um dueto com o Gregg em “Promise Tomorrow Tonight”. Ouça, por favor.
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03) Who Killed The Zutons?, do The Zutons
Poucas vezes eu falei do The Zutons por aqui e, segundo o meu perfil no last.fm, é uma das bandas que eu mais ouvi desde 2009. Lançado em 2004, Who Killed The Zutons? é o debut da banda que conta com a linda da saxofonista Abi Harding, aquela que é considerada por mim como uma das mulheres mais belas do cenário musical (e que provavelmente você nem faz ideia de quem seja). O disco foi o responsável por colocar a banda formada em 2001 no mainstream graças a sucessos como “Pressure Point”, “You Will You Won’t”, “Don’t Ever Think (Too Much)” e “Confusion”.
Caso goste, no segundo álbum da banda, Tired of Hanging Around, está nada mais nada menos do que “Valerie”, música que depois foi regravada por Amy Winehouse e Mark Ronson e virou um sucesso mundial. Mas ouça esse primeiro… vai por mim.
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04) L’Air De Rien, de Tété
De 2001, L’Air De Rien é um disco do cantor pop/folk francês (de origem senegalesa) Tété. Até hoje, Tété já lançou muita coisa por aí mas nada supera (para mim, claro), esse álbum. São 50 minutos de um som gostoso de ouvir, tranquilo e que, por muito tempo, serviu como trilha sonora para “momentos de tranquilidade”. Músicas como “Passage Brady”, “Love Love Love”, “Dodeline” e “Les Envies” são alguns dos destaques.
Ah, e ainda tem um cover sensacional de “Eleanor Rigby” que, possivelmente, é uma das melhores já feitas até hoje. E falo muito sério.
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05) Bruja, de Mala Rodríguez
Bruja é o quinto álbum de estúdio da rapper espanhola Mala Rodríguez e, para ser bem sincero, não sei como esse disco foi parar na minha playlist.
Lançado em junho de 2013, o disco é resultado de três anos de trabalho em torno de composição e elaboração de cada uma de suas 12 faixas. Mesclando temas pessoais com abordagens políticas e sociais, Mala foi responsável por um dos socos na cara do meio musical que eu levei durante o ano que recém acabou e, por isso, músicas como “Esclavos”, “Caliente”, “Lluvia” e “Miedo A Volar” viraram plano de fundo para muitos dos dias de expediente puxado. Talvez possa te fazer companhia também.