Um mês atrás, Konai lançou seu novo single, “Bêbados Apaixonados”. Desde então, o clipe da música já acumulou mais de um milhão de views no YouTube.
Números tão altos não são estranhos para ele. Sua música mais famosa, “Te vi na rua ontem”, lançada há 3 anos, tem cerca de 44 milhões de visualizações no YouTube. Desde então, Konai faz sucesso na plataforma cantando letras sobre corações partidos em cima de batidas com claras influencias do rap e do R&B.
Batemos um papo com Konai sobre o novo single, inspirações e futuras parcerias. Você pode conferir essa conversa agora.
Primeiro de tudo: recentemente, você lançou seu novo single “Bêbados Apaixonados”. Como foi o processo de composição dessa música?
Eu escrevi quando passei um tempo na minha cidade para espairecer, estava precisando colocar as ideias no lugar. Eu quis criar uma atmosfera que representasse nosso despreparo com a realidade, comparar as cidades com bares e dentro dele bêbados apaixonados, pode vir a significar muitas coisas, principalmente todo tipo de sentimento ou momento que a gente se encontra em estado de ilusão, por sejam lá quais forem os motivos, amores, mentiras, felicidades e até mesmo, entorpecentes mesmo.
Suas músicas falam sobre relacionamentos e corações partidos. Onde você busca inspiração para elas?
Minhas músicas sempre vêm como epifanias. Acontece algo e algum tempo depois, improvisando em algum beat, as coisas se desenrolam, de um jeito quase inconsciente. É uma pira mesmo.
Konai, você começou sua carreira muito jovem. Como foi esse processo de descobrir qual era o tipo de som que você queria ter numa idade que todo mundo geralmente tem muitas dúvidas?
Dúvidas acho que todos temos e por toda a vida, inclusive se não fosse pela minha sede de sanar essas dúvidas eu nem estaria aqui agora. Passei muitas e muitas madrugadas produzindo e na época já era algo que me movia, assim, porque ouvia uns beats no YouTube prontos, mas não eram como queria. Tocar as produções das minhas músicas foi algo essencial na minha carreira.
Penso que um dos fatores determinantes para as pessoas se identificarem com as minhas músicas é essa cobrança que tenho comigo e com quem vem a produzir comigo de imprimir com fidelidade e sinceridade o que está acontecendo nas nossas cabeças, porque no fim é sobre isso, sobre o que me torna mais humano tocar nos lados mais sensíveis dos humanos que nos ouvem, e se não for de verdade, pelo menos em algum nível, não vai surtir efeito.
Algum tempo atrás, você se assumiu bissexual. Para você, qual foi a importância de fazer isso?
Foi um processo importante pra mim, não é como se eu pretendesse falar sobre agora mas, como acabou acontecendo, foi bom sentir o acolhimento das pessoas quanto a isso e não a repulsa, até mesmo a atitude simples de não mudarem comigo já significou muito.
Como você vê a representação dos artistas LGBTQI+ no rap?
O movimento hip hop como um todo foi iniciado por uma minoria que conhece bem as consequências da opressão, veio do protesto para que a voz deles passasse a ser ouvida.
Como se fosse um discurso que não cabe o preconceito, penso eu que toda representação dos que não são ouvidos, que são mortos por serem quem são como um todo, vem a ser válida em uma arte que tem como intuito a libertação.
A ignorância vem em consequência da desinformação, então, que de toda forma a gente consiga ter mais e mais discernimento para não ser injusto com ninguém, busque mais e mais conhecimento pra saber lidar com a realidade a qual o arte responde.
Você tem fãs muito devotos. Uma delas inclusive, a Kizzy, comentou sobre sua parceria com a DAY e me pediu para te perguntar sobre ela. Fiquei curiosa, pois tanto você quanto ela são novos representantes da música alternativa brasileira. E aí? Alguma novidade sobre essa parceria?
Meus fãs são tudo, gosto muito de trocar essa ideia com eles! (risos). Então, nós temos sim uma parceria já encaminhada, mas faltam alguns detalhes. Garanto que esse som com a DAY vai sair e valer o tempo de espera.
Quais são seus planos para depois do fim desse período de pandemia pelo qual estamos passando?
Temos alguns projetos caminhando, não posso revelar muita coisa, mas estamos trabalhando bastante. Vem bastante coisa boa por aí. Lancei recentemente “Bêbados Apaixonados” e “Libriana”, uma parceria maravilhosa com meus amores Tati Zaqui, Pele Milflows, OIK, MC Marks e MC Lele, estou feliz demais com as produções desse final de ano.
Quer deixar algum recado para seus fãs?
Gostaria de agradecer todo amor que recebo sempre! Sou muito feliz por ter vocês, se soubessem como me salvam todos os dias. Amo muito, se cuidem!