Agosto é conhecido por muitos como o “mês do desgosto” mas, em um ano completamente maluco como 2020, fica difícil não lidar com esse sentimento de abatimento e tristeza.
Isso se refletiu aqui no Audiograma com um (leve) atraso na publicação desta lista que chega quando setembro já se encerra e a gente já pensa na seleção do que foi lançado no nono mês do ano. Antes tarde do que nunca, a nossa lista com os álbuns lançados em agosto está no ar com aquelas novidades que nos chamaram a atenção.
Em meio as questões de saúde pública, problemas sociais, políticos e ambientais, o mundo da música segue oferecendo alguns “refrescos” independente do seu estilo favorito. Para resumir o oitavo mês de 2020, separamos vinte e cinco registros que nos mostram como o ano ainda tem coisas positivas, ainda que pareçam poucas. Entre os escolhidos, temos Fantastic Negrito, Katy Perry e Angel Olsen, bem como outras coisas bem legais. De forma curta, cada um dos escolhidos recebeu uma mini-resenha que explica os motivos que os credenciam para essa lista.
Abaixo você encontra a nossa seleção com os 25 álbuns lançados em agosto que você deveria ouvir. É só dar play no Spotify e, quem sabe, descobrir algo novo para ser feliz.
Sound Wheel, da Alison Mosshart
Talvez inspirada por sua veterana Patti Smith, Alison Mosshart lançou um disco que tem várias faixas faladas, apenas declamando textos – arte que os americanos chamam de “spoken word”. O álbum acompanha o lançamento de seu livro Car Ma, que reúne pinturas, fotografias, poemas e contos. A cantora, guitarrista e compositora ficou famosa com a dupla The Kills e depois com o super grupo Dead Weather e, apesar de essa característica de incluir trechos falados já ter sido usada em alguns discos do Kills anteriormente, em Sound Wheel o spoken word vira a predominância do trabalho, com pouquíssimos elementos musicais permeando as falas em quase uma hora de álbum dividida em 47 faixas curtinhas (poucas passam de um minuto). Pode parecer estranho para muitos, mas vale conferir. Alison é mesmo uma artista completa, autêntica e criativa até o último fio de cabelo. Em “Interlude/Oh Say”, ela canta um trecho do hino nacional americano e termina gritando e tossindo – e essa é apenas uma das muitas referências críticas ao seu país de origem. Já em “Admit It”, ela impressiona falando espanhol. “O livro e o disco são sobre carros, rock’n’roll e amor. São sobre os Estados Unidos e a vida na estrada”, disse ela. E os dois foram lançados pela Third Man Records, a gravadora/empresa do amigo Jack White. Se quiser ouvir apenas as músicas, pule para as faixas “High Performance”, “Returning the Screw” e “Vroom Chicka Vroom”. [BM]
Renaissance, da Aluna
Aluna Francis resolveu embarcar em uma jornada solo na qual explora diversos estilos dentro da dance music. Conhecida por ser 50% do duo AlunaGeorge, a britânica consegue mesclar dancehall, pop, house e elementos africanos em um álbum marcado pela boa produção. “Sneak” é bem anos 2000, enquanto “Get Paid” – parceria com Princess Nokia e Jada Kingdom – é daquelas para sair bailando por aí. É um álbum divertido e que vale o play! [JP]
Whole New Mess, da Angel Olsen
Leia a resenha completa do álbum!
Quando analisamos a sonoridade de Whole New Mess, o disco fica longe de ser uma novidade em relação ao que já vimos de Angel em seus primeiros trabalhos; por outro lado, ele é muito mais do que um suposto álbum de demos: ele nos mostra um outro lado da mesma moeda. Isso significa que, assim como em All Mirrors, WNM nos fala sobre a superação dos problemas e dos nossos traumas sentimentais, que aqui são narrados com muito mais amargura. Em Whole New Mess, Angel Olsen continua mostrando sua perspectiva pessoal em relação às dores originadas por suas relações mais íntimas; mais do que isso, traça como essas dores podem acontecer na vida de todos nós, fazendo dela uma inteira bagunça. [RS]
A Celebration of Endings, do Biffy Clyro
O power trio escocês chegou ao seu nono disco de estúdio e aos 25 anos de carreira chegando ao topo da parada britânica e desbancando ninguém menos que Taylor Swift do primeiro lugar, apesar de não abrirem mão de fazer música do seu jeito, sem parecerem muito apegados a boas práticas comerciais. Afinal, o disco novo já abre com uma música que tem introdução instrumental de quase um minuto misturando jazz e rock. Outro feito notável foi o fato de o disco ter atingido mais de 8 mil cópias vendidas em vinil só na primeira semana após seu lançamento. Biffy Clyro é ousadia e alegria, meus amigos! Apesar de o álbum ter alguns elementos de música eletrônica e de pop, ainda prevalece o rock de guitarra e baixo marcado, em meio a alguns berros e refrões explosivos e grudentos que devem ser cantados a plenos pulmões pela plateia quando a pandemia der trégua e a gente puder voltar a frequentar shows. [BM]
Manchaca, Vol. 1, do Boogarins
Os Boogarins conseguiram viver o sonho de muitos, tão difícil de se realizar: uma banda autoral alternativa, do interior do Brasil, ganhou reconhecimento nacional e internacional, tocou no mundo inteiro, participou de grandes festivais e chegou a morar nos EUA bancada por uma gravadora, em uma casa com estúdio. E, dessa experiência vivendo em Austin, no Texas (uma das cidades mais hipsters e cheias de arte do mundo, sede do festival South by Southwest), os Boogarins tiraram dois discos (Lá Vem a Morte, gravado lá nos EUA mesmo; e seu sucessor Sombrou Dúvida) e mais um monte de material que acabou “sobrando”. Foi com ele que organizaram uma compilação dividida em dois volumes, Manchaca. O nome, aliás, vem de Manchaca Road, rua onde ficava a casa em que moraram por 6 semanas em Austin e onde compuseram tantas músicas. O disco chega acompanhado por um documentário e mostra o processo criativo da banda com material inédito, entre demos, jams, gravações que ficaram de fora dos discos, ideias salvas no celular e trechos do que seriam as canções que acabaram sendo gravadas pelas cantoras Céu (“Make Sure Your Head is Above”) e Ava Rocha (“João Três Filhos”). Neste primeiro volume, as 13 faixas passam rápido, em uma experiência deliciosa de se ouvir. As faixas podem ser cruas, mas são excelentes e trazem a característica já tão forte do Boogarins de acalmar, relaxar, fazer você parar para descansar e realmente apreciar aquele momento. Os Boogarins valorizam a arte, a criação e a música antes de tudo. São uma joia brasileira que merecia mais reconhecimento dentro da própria casa. [BM]
Down in the Weeds Where the World Once Was, do Bright Eyes
Em um daqueles retornos pouco comentados mas bem marcantes, o Bright Eyes colocou ponto final em quase uma década de pausa com o seu novo álbum. Down in the Weeds Where the World Once Was é resultado de um processo de evolução musical e amadurecimento pessoal. É um álbum construído em diversas camadas e cheio de nuances capazes de te prender pela estranheza, criatividade e, claro, pelas boas músicas. “To Death’s Heart” é um dos tesouros de 2020 e merece ser ouvida com atenção. [JP]
ENERGY, do Disclosure
Batidas envolventes, um passeio por gêneros e estilos e a assinatura já conhecida dos irmãos Lawrence. ENERGY é, provavelmente, o trabalho mais interessante da dupla britânica em sua carreira e funciona ao mesclar influências, sonoridades e elementos ainda não explorados pelo Disclosure. Acompanhados de um time sensacional de convidados, o resultado é um house radiofônico, pronto para as pistas e repleto de hits em potencial. Com toda a certeza, é para se ouvir do começo ao fim. [JP]
Club Future Nostalgia, da Dua Lipa
Entrando ainda mais na vibe disco que Dua Lipa vem estabelecendo em sua carreira desde o lançamento de “Electricity”, com o Silk City, o remix non stop feito em parceria e com a curadoria da DJ The Blessed Madonna do elogiado Future Nostalgia, é um disco divertido e perfeito para baladas. Apesar de pecar por às vezes se mostrar cheio de elementos que podem tornar algumas músicas desconfortáveis de se ouvir – ainda mais quando já estamos acostumados às suas versões iniciais, o álbum traz samples e snippets de clássicos do pop, do rock e do funk, além de algumas músicas que não faziam parte da tracklist original do Future Nostalgia. Os remixes de “Good in Bed”, “Boys Will Be Boys”, cujo novo ritmo pode lembrar brasileiros de alguns estilos populares por aqui; “Levitating”, parceria com Madonna e Missy Elliott que havia sido lançada antes do álbum completo; e o refrão grudento da inédita “Love is Religion” são os destaques. [GC]
Have You Lost Your Mind Yet?, do Fantastic Negrito
Não é exagero dizer que Fantastic Negrito é um dos nomes que mais sabe misturar hip-hop, R&B, funk, gospel, soul e rock em suas criações na atualidade. Isso fica ainda mais claro em Have You Lost Your Mind Yet?, álbum que tem uma sonoridade divertida, cativante e que tenta criar um contraste com as letras sobre o nosso mundo caótico. É pra dançar, cantar e admirar. Tudo junto e ao mesmo tempo. [JP]
All Rise, do Gregory Porter
Alô você que gosta de um bom vinho ou cerveja acompanhado de uma noite com os amigos na sala de casa: esse álbum precisa da sua atenção. Desde 2016 – quando fui apresentado ao incrível Take Me To The Alley – que gosto dessa mistura de jazz, soul, gospel e pop feita por Gregory Porter e é bom vê-lo voltar as composições originais após o Nat King Cole & Me (2017). All Rise é tudo aquilo que eu poderia esperar: uma seleção de boas composições acompanhadas de uma sonoridade refinada e contemplativa. Portanto, na cena descrita acima ou em qualquer outro momento do dia, o All Rise é uma boa pedida se a sua praia sonora é o jazz contemporâneo. [JP]
The Fine Line between Loneliness and Solitude, do Gustavo Bertoni
Em nove faixas, o novo registro solo de Gustavo Bertoni é um mergulho do integrante da Scalene na solidão e em tudo o que ela pode nos oferecer enquanto criatividade e reflexão. Combinando elementos e paletas sonoras ao folk, o terceiro álbum de Gustavo é introspectivo na medida certa e navega por um caminho interessante. “Sit Down, Lets Talk” e a bela “White Roses”, que tem a participação da YMA, são bons exemplos disso. [JP]
Smile, da Katy Perry
Katy decidiu trazer todas as suas angústias para o álbum mais irônico de sua carreira. Não é à toa que a capa do disco traz uma artista nada sorridente e um sorriso forçado somente na fonte do título do trabalho. A sonoridade não é diferente do que a cantora sempre trouxe na sua discografia, exceto nas letras que encaixariam melhor em diversas baladas mas ganharam um match perfeito em sons dançantes. As faixas são viciantes e tenho certeza que “Cry About It Later” e “Tucked” vão garantir ao menos um repeat durante sua experiência ouvindo o disco. “Never Really Over” e “Harley’s in Hawaii” dispensam comentários. Estes são os melhores singles que Katy lançou desde a era Prism e só digo isso porque “Dark Horse” segue icônica e imbatível. [YC]
Inner Song, da Kelly Lee Owens
A produtora galesa Kelly Lee Owens está de volta com mais um álbum que serve de trilha sonora para uma viagem. Mesclando techno, dream pop e art pop, Inner Song entrega uma sonoridade rica e cativante logo na sua faixa de abertura, a instrumental “Arpeggi”. Ao longo de seus 50 minutos, o álbum é um deleite para aqueles que gostam de música eletrônica bem arquitetada e cheia de surpresas. Ouça com atenção as faixas “L.I.N.E.” e “Wake Up”. [JP]
Blush, da Maya Hawke
Maya Hawke assumiu o desafio de mostrar que é mais do que a “atriz da Netflix que é filha de atores famosos” e, dessa forma, trilhar o seu próprio caminho desde cedo. Multitalentosa, a estadunidense mergulhou em outra de suas paixões e o resultado é o seu álbum de estreia, Blush. Com doze faixas, o registro é uma mescla bem segura de indie-folk com boas composições intimistas e bem pessoais. Assim sendo, o resultado não poderia ser outro além de canções bem interessantes como “By Myself”, “Coverage” e a bela “Cricket”. [JP]
S&M2, do Metallica
As nossas listas mensais geralmente não contam com registros ao vivo, mas o Metallica conseguiu quebrar essa linha editorial com o S&M2. O registro comemora os dez anos do primeiro encontro da banda com a Orquestra de San Francisco e mostra como foi a nova reunião, realizada no ano passado. Muito mais do que um “recordar é viver”, o novo álbum é mais um capítulo importante na história do quarteto californiano, seja pelos novos arranjos para músicas mais recentes ou por passar a impressão de que estava – aparentemente – mais confortável com a ideia de ter uma orquestra ao lado. Talvez pela surpresa, a bela versão de “All Within My Hands” – faixa do renegado St. Anger – seja o ponto alto de um álbum que, certamente, não deixa a desejar quando comparado ao seu irmão mais velho de 1999. [JP]
King’s Disease, do Nas
King’s Disease deve ser encarado como uma volta às origens ou, se preferir, uma aposta de Nas em sua zona de conforto. Até por isso, o seu novo trabalho parece bem mais palatável que o NASIR (2018), embora goste do – curto – registro produzido por Kanye West. Em King’s Disease temos aquilo que Nas sabe fazer de melhor: rimas marcantes, uma produção interessante de Hit-Boy e a capacidade de dialogar com várias gerações. Questões pessoais a parte, Nas ainda é um dos grandes nomes do hip hop e King’s Disease é capaz de revitalizar a sua carreira. [JP]
Use Me, do PVRIS
Sempre flertando com o sobrenatural, a banda retorna reforçando ainda mais seu conceito em Use Me. Com elementos eletrônicos, um ar sombrio e alguns sintetizadores que parecem terem sidos resgatados de algum álbum do New Order lá dos anos 80, as duas primeiras músicas do álbum me pareceram um pouco exageradas: muito eletrônico, pouca letra e, em muitos momentos, ainda soavam bem repetitivas. Não sei o que houve nesse começo, mas definitivamente não era o PVRIS. Pensei que tudo tinha se perdido, até chegar as canções seguintes. Lá estava o velho PVRIS fiel ao seu conceito, com músicas envolventes e letras que prendem o ouvinte. Não deixe de observar com atenção a voz suave de Lynn Gvnn que te conduz durante todo o álbum e te leva em uma viagem para os lugares mais loucos que você possa imaginar. Já sobre os pontos fortes, sem dúvida, as músicas que foram lançadas como single – em especial “Death Of Me” e “Hallucionations” – foram escolhas muito bem acertadas, pois são as mais fortes desse trabalho e representam muito bem a essência da banda. Além dessas, vale prestar atenção em “Stay Gold”, “Old Wounds” e “Good To Be Alive” que também são ótimas representantes deste álbum. [JS]
The Baby, da Samia
Após alguns singles lançados nos últimos anos, Samia Finnerty entrega o seu primeiro álbum de estúdio. The Baby é uma coleção de canções que falam sobre as vivências da cantora e compositora estadunidense, abordando questões amorosas, conflitos internos e todo o existencialismo que existe dentro de um jovem adulto. De uma forma sensível, as onze faixas entregam um indie com pitadas de pop/rock e o resultado é bem gostoso de se ouvir. Ouça com atenção as faixas “Fit N Full” e “Is There Something in the Movies?”. [JP]
Si Vis Pacem, Para Bellum, do Seether
Ao longo do tempo, o Seether pra mim não era mais do que “Remedy”, aquela música com a Amy Lee ou a versão de “Careless Whisper”. Si Vis Pacem, Para Bellum é o oitavo álbum da banda sul-africana e surpreende por emular o Deftones em alguns (bons) momentos, como no single “Beg” e seu clipe bem legal em animação. Entretanto, o álbum dá as suas escorregadas – “Dangerous”, “Liar” e a complicada “Written In Stone” – e elas acabam arranhando um trabalho que poderia ser bem recebido. “Drift Away”, “Let It Go” e “Dead And Done” são faixas que estão longe de serem ruins. Seja como for, é difícil amar um álbum cheio de altos e baixos, não é mesmo? [JP]
Shabrang, da Sevdaliza
Sevdaliza cria uma atmosfera interessante em Shabrang, seu segundo álbum de estúdio. Em mais de uma hora, a iraniana/holandesa te faz companhia em uma aventura que remete a uma reunião em estúdio envolvendo Grimes, FKA twigs, Arca e Chari XCX. Assim como em ISON (2017), o resultado é uma bela mistura de sonoridades e estilos que fazem de Sevdaliza um dos nomes interessantes quando se fala em art pop. Ouça com atenção “Joanna”, “All Rivers at Once” e “Habibi”. [JP]
Imploding the Mirage, do The Killers
Em seu sexto álbum de estúdio, o The Killers consegue entregar tudo aquilo que se esperava ao chegar no final do registro anterior, Wonderful Wonderful. É difícil ouvir o Imploding the Mirage e não imaginar uma bela turnê de estádios cheios. Mais do que isso, a impressão que fica é de que as dez faixas possuem esse pensamento como o seu ponto de partida. É pop, oitentista e, ao mesmo tempo, dialoga com tudo o que a banda entregou lá nos seus dois primeiros álbuns. Até por isso, é o melhor trabalho de Brandon Flowers e companhia desde o Sam’s Town. Se o disco de 2017 era um indício, o Imploding The Mirage confirma que o The Killers se reencontrou. Finalmente! [JP]
Last Year Was Weird, Vol. 2, da Tkay Maidza
O segundo volume em mixtape da Tkay Maidza é um daqueles trabalhos onde é impossível não se animar ao longo das faixas. É hip hop, é R&B, é pop. Tudo junto e muito bem misturado, principalmente quando a gente pensa no contexto de uma mixtape. “Awake” – que tem a participação de JPEGMafia – é um dos belos momentos do registro, assim como “My Flowers” e “24K”. É pra ouvir em volume alto! [JP]
In A Dream [EP], do Troye Sivan
Leia a resenha completa do EP!
O australiano Troye Sivan nos mostra novamente as dores do fim de um relacionamento e isso é bem nítido dentro do seu quarto compacto. In a Dream é perfeito para mostrar um artista em ascensão e evolução. Um “postcard” com melancolia e house. Um EP para se dançar sobre a solidão até ela não existir, na medida certa de tudo. [HF]
JAGUAR [EP]. da Victoria Monét
Conhecida por trabalhar na composição de alguns alguns hits recentes como “thank u, next” e “Ice Cream”, a estadunidense Victoria Monét dá mais um passo em sua carreira como cantora com o excelente EP JAGUAR. Com oito faixas e um R&B envolvente, Monét está pronta para repetir na sua caminhada com os microfones o mesmo sucesso obtido nas composições e, de fato, é difícil não imaginar isso acontecendo após ouvir a sua faixa de abertura, “Moment”. Bem produzido, canções como “Experience” e a faixa-título “Jaguar” são outros destaques. [JP]
Where Does The Devil Hide [EP], da Zella Day
O Kicker (2015) foi responsável por iniciar uma tradição na minha vida: a de amar álbuns lançados “no ano anterior” e lamentar por só descobri-los “no ano seguinte”. Entretanto, me afastei um pouco da Zella Day e, por acaso, cai em seu novo EP, Where Does The Devil Hide. Com cinco faixas, o indie-pop da estadunidense segue sendo cativante e bem retrô, sem que isso soe como algo datado. “Purple Haze” é tão gostosinha que tá difícil tirá-la do repeat. [JP]
Quer mais dicas além dos álbuns lançados em agosto?
Aproveite para dar uma olhada em nossas listas com os registros que saíram em janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho, além da nossa lista especial com os cinquenta melhores álbuns do primeiro semestre de 2020.
Fique ligado aqui no Audiograma para acompanhar as seleções dos próximos meses de 2020, cuja programação você encontra em nossa lista com os principais lançamentos previstos no mundo da música.
Por fim, não deixe também de dar uma olhadinha em nossa seleção com os 100 melhores álbuns do ano passado.
Textos: Bárbara Monteiro, Gabrielle Caroline, Henrique Ferreira, John Pereira Jullie Suarez, Rahif Souza e Yuri Carvalho.