Foi com o single “Andorinhas” que Juliana Cortes anunciou o seu novo trabalho de estúdio. Intitulado Álbum 3, o trabalho teve os seus planos suspensos devido a pandemia da Covid-19.
Com os shows cancelados, a cantora e compositora paranaense se recolheu para repensar esses tempos antes de vir com o disco, cuja previsão de lançamento é para este segundo semestre. Agora, Juliana retoma os planos e lança o segundo single vinculado a obra, “Cores do Fogo”, em parceria com o compositor carioca Pedro Luís.
Já disponível nas plataformas digitais, a faixa foi escrita por Pedro e fala das memórias de Juliana sobre o incêndio do Edifício Wilton Paes, no Largo Paissandu, em São Paulo, entrelaçadas com as de Pedro sobre o fogo que assolou o Museu de História Natural no Rio, cidade onde o compositor vive. “Convidei o Pedro Luís para compor uma canção e nossas memórias se cruzaram nos incêndios do Ed. Wilson Paes e do Museu Nacional. Foi a primeira canção que escolhi para o disco e foi ela que deu o tom crítico para a maioria das canções do repertório”, conta Juliana.
A música foi gravada ao vivo, em Porto Alegre, na clássica formação power trio: baixo elétrico, bateria e guitarra. A sonoridade transita entre as harmonias do jazz e a rítmica latina dos compassos 6/8, misturadas às texturas mais experimentais da guitarra do músico Lorenzo Flach, uma das marcas do disco.
Sucessor dos discos Invento (2013) e Gris (2016), o terceiro álbum de Juliana Cortes é resultado de um processo de imersão artística que reuniu compositores e poetas de duas capitais sulistas brasileiras: Curitiba e Porto Alegre. Mas, mesmo assim, as canções do Álbum 3 são diferentes dos discos anteriores, trazendo agora um olhar mais crítico e urbano. Um rompimento de linguagem em direção ao pop experimental.
O músico e produtor Ian Ramil assina a produção do álbum e, com esse trabalho, dá início a parceria com Juliana, que, nos dois discos anteriores, trabalhou em algumas composições com o pai de Ian, o compositor gaúcho Vitor Ramil.