Eu conheci Krewella muito por acaso. Assim que comecei a me interessar e curtir mais a música eletrônica, me envolvi em vários grupos de Facebook para entender mais sobre o assunto. Afinal, dentro do gênero eletrônico existem vários subgêneros e eu queria saber cada vez mais (além, claro, de conhecer novos DJs). E, lá pelos idos de 2013, em um desses grupos, tinha uma postagem assim: “Comente o nome de um DJ ainda não muito conhecido e que você acha que deveria ter mais visibilidade”. Foi quando eu vi alguns comentários dizendo “O EDM potente das meninas de Krewella”.
E foi assim que tudo começou…
“Que engraçado esse nome. Parece a vilã dos 101 Dálmatas. Vou pesquisar mais sobre esse DJ”, eu pensei.
E quando eu joguei o nome no Google eu me deparei com duas meninas e um rapaz, no auge dos seus vinte e poucos anos, que faziam um trio na EDM americana. “Alive” foi a primeira música de Krewella que eu tive contato e, de cara, eles já ganharam meu coração – e meus ouvidos.
O que é o Krewella?
As duas meninas são irmãs: Jahan e Yasmine e, além de compor, produzir e comandar as pick ups, elas também cantam as canções, algo inédito na cena eletrônica. Rain Man era responsável pela produção e pela ajuda também nas pick ups. Observação curiosa: Há exatos dez anos, no dia 08.06.2010, o trio decidiu largar tudo e se dedicar à música.
Mas voltando à minha experiência: na época em que os “conheci”, eles tinham lançado há pouco tempo o primeiro álbum de estúdio, o Get Wet, com letras que iam desde celebrar a vida (como em “Live For The Night”) passando por celebrar as amizades (como em “We Go Down”) até as letras mais profundas (como em “Human”) – sim, dá pra ter uma badzinha com eletrônica.
O tempo passou e o trio virou dupla com a saída de Rain Man, mas as meninas não pararam. Desde então, elas já lançaram outros EPs: Amunnition, New World Pt1, e o mais recente lançamento, zerO.
Com o passar do tempo, Jahan e Yasmine amadureceram e as letras foram pelo mesmo caminho. Ao longo dos anos, as irmãs vêm mostrando cada vez mais identificação com as suas descendências paquistanesas. O resultado fica claro no zerO, lançado em janeiro deste ano.
Isso, claro, sem falar do girl power intrínseco só pelo fato de serem duas mulheres que, sozinhas, conseguem cantar e tocar suas músicas durante o show inteiro em uma cena predominantemente masculina. Algo que só é possível com muito entrosamento – o que elas têm de sobra.
Assistir a um show completo delas é uma experiência. Na turnê de 2016, que passou, inclusive, pelo Brasil no Ultra Music Festival do Rio de Janeiro, elas inovaram mais uma vez e trouxeram bateria e guitarra para acompanhá-las no set. Uma mistura que pode soar estranha, mas deixou todo mundo arrepiado e batendo muito cabelo no show.
Para finalizar, o último lançamento delas foi com outra dupla de irmãs DJs, Nervo, em Goddess, um som místico, eletrônico e poderoso, assim como esse quarteto. Na música, o EDM potente das meninas de Krewella se misturou com outra potência da música eletrônica. Mas sobre as Nervo eu vou falar em outra publicação…