Que tal uma seleção com novos clipes nacionais para você dar uma olhadinha?
Abrindo a nossa listinha, temos o clipe de “Ocê, Oceano”, novidade do cantor e compositor mineiro Anderson Primo. Radicado no Rio de Janeiro, o músico promove uma brincadeira com múltiplos sentidos na faixa ao pegar as influências e trejeitos do povo mineiro e mesclar com a sua vivência na capital fluminense.
“O EP é uma ligação de Minas com Rio, mas nadando em águas mais profundas, é a relação de você com você mesmo, o oceano dentro de você a ser explorado, descoberto, o encontro de você com seus medos, defeitos, luzes e sombras. É a sua imagem refletida numa poça d’água”, resume Anderson.
O projeto nasceu da ideia de montar um show autoral a partir de composições que Primo mantinha guardadas em gavetas físicas e digitais. Dessa experiência ficou a habilidade e a versatilidade que podem ser percebidas na canção-título e no clipe, gravado na praia de Boa Viagem e no Caminho Niemeyer, em Niterói.
As locações foram escolhidas para trazer o clima etéreo e de outro planeta que a canção remete e a direção ficou nas mãos de Thiago Rosestolato e Raul Paiva Mello.
O espetáculo Bernardo Santos canta as Canções Praieiras (e outras histórias do Mar), no qual o rapper BNegão interpreta canções de Dorival Caymmi, ganhou um desdobramento importante.
Na última sexta-feira (31), o músico lançou oficialmente a sua versão de “Morena do Mar”. A escolha se deu tanto por sua representatividade a respeito da beleza e dos mistérios do mar, como também pelo fato do arranjo ser diferente da versão original. A música é apresentada em um formato voz e violão, algo inédito na carreira de BNegão.
Para ilustrar a novidade, “Morena do Mar” ganhou um clipe gravado em Itapuã e Salvador, na Bahia. A direção é de Carolina Rolim.
Também no fim de janeiro, o músico Marcelo Perdido lançou o seu mais novo single.
O cantora e compositor carioca liberou nas plataformas digitais a faixa “Santa Clara de Troia”, que chegou acompanhada de um clipe. “A música se passa num Rio de Janeiro atemporal, com memórias afetivas da minha infância misturadas à cidade que hoje eu não mais vivo, só visito”, revelou o músico.
Todo em stopmotion, o clipe da canção foi produzido pelo cantor de maneira artesanal e levou quatro meses para ficar pronto. “A história de amor é pano de fundo para uma representação do desconhecido como entidade de fé (usei discos voadores) e o questionamento do trabalho do artista, num paralelo com aplicativos de serviço. Imprimi tudo o que vemos na tela, recortei, animei foto a foto, e depois imprimia novamente. Tudo isso para conseguir usar as características do papel, um objeto tridimensional que amassa, molha, rasga. Busquei resgatar no vídeo uma linguagem que no computador não daria para fazer”, afirmou Marcelo.
“Santa Clara de Troia” é uma amostra do quinto álbum de Perdido, que será lançado ainda no primeiro semestre de 2020.
Para fechar a nossa lista, a Smashing Dreams mescla ao vivo e cenas de protestos em seu novo clipe.
A faixa escolhida para a produção foi “Guillotine”, primeiro single da banda de rock paulistana. A faixa fala sobre o caos político brasileiro ao apontar o avanço de um comportamento extremista e foi composta após o céu de São Paulo escurecer devido às queimadas da Amazônia.
“Eu quis que o clipe se parecesse com uma fita VHS antiga, em que havia um clipe de banda e alguém gravou algumas outras coisas em cima sem querer. Nisso a gente vê cenas de florestas pegando fogo e multidões enfrentando a polícia/governo. Pensei na estética de fita antiga pois a História se repete e a cadela do fascismo está sempre no cio, como é dito no refrão da música”, conta Daniel.
A novidade é a primeira de uma série de singles que a Smashing Dreams planeja lançar ao longo de 2020 e já está disponível em todas as plataformas de streaming.