O primeiro mês do ano se foi e chegou a hora de separar os álbuns lançados em janeiro que mais nos agradaram.
Ao longo do ano passado, publicamos listas mensais com lançamentos que valiam uma audição e isso não será diferente em 2020. Começando bem movimentado, o ano já nos rendeu uma seleção com trinta e cinco trabalhos nacionais e internacionais que resumem bem como foi interessante o mês de janeiro.
Entre os escolhidos, temos os novos registros de Halsey, Bombay Bicycle Club, Of Montreal, Pet Shop Boys e Wire, além de outras coisas bem legais lançadas ao longo do mês. Como de costume, cada álbum escolhido pelo nosso time recebe uma mini-resenha visando explicar os motivos que os credenciam para essa seleção.
Em seguida, você encontra a nossa lista com os 35 álbuns lançados em janeiro que você deveria ouvir. É só dar play e ser feliz, fechado?
Modus Vivendi, da 070 Shake
Se você é adepto das playlists no Spotify, você já deve ter cruzado com o trabalho da norte-americana Danielle Balbuena em alguma seleção dentro da plataforma. Lançando singles desde 2016, a rapper por trás da alcunha 070 Shake lança agora o seu primeiro álbum, Modus Vivendi. O trabalho mescla o hip-hop tradicional com o pop, emo e R&B em uma embalagem futurista e envolvente, com destaque para as faixas “Daydreamin”, “Don’t Break the Silence” e “Guilty Conscience”. [JP]
The Archer, da Alexandra Savior
Em seu segundo álbum, a norte-americana Alexandra Savior mostra todo o seu potencial vocal, embalado por um indie-pop psicodélico bem produzido. Com letras refinadas, The Archer acaba conquistando o ouvinte por conta de sua pegada mais delicada e vulnerável. O casamento da voz de Alexandra com um belo instrumental resulta em um dos trabalhos mais interessantes desta lista. Destaque para as faixas “Can’t Help Myself”, “Soft Currents” e “Bad Disease”. [JP]
Dream On, da Alice Boman
Após alguns EPs e singles, a sueca Alice Boman enfim lança o seu primeiro álbum de estúdio. Em dez faixas, Dream On é um registro íntimo e intenso, nos entregando mais um bom exemplo do que a música indie-pop sueca tem para nos oferecer. É fácil sair da audição com algumas músicas presas na cabeça e a vontade de realizar novas audições. Muito disso se deve a força do combo formado pela melodia suave e envolvente com a voz doce de Alice. Singles como “The More I Cry”, “Wish We Had More Time” e “Heart On Fire” podem provar isso. [JP]
The Neon Skyline, do Andy Shauf
Com pitadas de bom humor e auto-depreciação, o canadense Andy Shauf lança um álbum capaz de te atingir em cheio. The Neon Skyline aborda um findado romance de uma maneira que você consegue se identificar com as faixas já na sua primeira audição. Canções como “The Moon” e “Things I Do” são grandes momentos de um registro coeso, comovente e cativante, algo que certamente será lembrado ao longo do ano. [JP]
20/20 Vision, do Anti-Flag
Em seu 11º álbum de estúdio, o Anti-Flag segue com o seu posicionamento político forte e que já pode ser visto logo na capa. Mirando no governo Trump, 20/20 Vision convoca para uma reflexão e, principalmente, incita para uma reação ao relembrar que questões importantes para a democracia estão em risco. Faixas como “Hate Conquers All” e “Don’t Let the Bastards Get You Down” são bons destaques de uma obra que, ainda que não apresente nada de novo musicalmente, é importante por sua mensagem. [JP]
Sing in a World That’s Falling Apart, do Black Lips
Janeiro nos deu de presente o nono e mais recente trabalho de estúdio dos norte-americanos do Black Lips. Sing in a World That’s Falling Apart mostra a banda flertando com uma espécie de indie-country, mesclando o tradicional gênero americano com blues e riffs que funcionam em alguns momentos e escorregam em outros. “Hooker Jon” e “Gentleman” são dois pontos altos de um trabalho que vale a pena ser ouvido. [JP].
Foolish Loving Spaces, do Blossoms
O indie-pop bem feito do Blossoms ataca novamente em seu terceiro álbum de estúdio. Foolish Loving Spaces é a síntese de uma banda em constante evolução, principalmente quando comparado com o seu auto-intitulado álbum de estreia de 2016. O álbum já abre divertido com “If You Think This Is Real Life” e assim se segue ao longo de suas dez músicas, mostrando que o Blossoms pode ir longe. [JP]
Everything Else Has Gone Wrong, do Bombay Bicycle Club
Quase seis anos de espera e o novo álbum do Bombay Bicycle Club não decepcionou. Em Everything Else Has Gone Wrong, a banda capitaneada por Jack Steadman entrega mais um bom registro de sua discografia. Com um indie-pop cada vez mais refinado, o quarteto londrino entrega um trabalho extremamente qualificado e que aborda temas importantes como a sobrevivência em uma era de ansiedade ou o desenvolvimento da empatia, que chegam de forma direta e tornam o álbum algo de fácil audição. [JP]
The Burning, do British Lion
Lá em 2012, o baixista Steve Harris resolveu se aventurar longe do aclamado Iron Maiden e lançar um álbum solo, que levou o nome de British Lion. Após muitos anos, o que era algo solo se transformou em uma banda e o The Burning é a prova de que o projeto tem bons motivos para te chamar a atenção. Faixas como “City Of Fallen Angels” e “Legend” são boas amostras da qualidade presente no registro. Um bom disco de rock, simples e direto, como deve ser. [JP]
A Vida É Boa, do Bryan Behr
No apagar das luzes de janeiro, o catarinense Bryan Behr lançou o seu álbum de estreia. A Vida É Boa conta com onze faixas e produção de Juliano Cortuah e Fernando Lobo, que trabalham ao lado de Bryan em músicas que possuem o amor como tema central. É mais um bom nome do folk-pop brasileiro e faixas como “Minha Saudade Tem Um Nome”, “Girassol” e “A Vida É Boa Com Você” podem conquistar os amantes do gênero. [JP]
How To Be Human, da Chelsea Cutler
A norte-americana Chelsea Cutler tenta fincar o seu nome entre as novas opções do electropop com o seu álbum de estreia, How To Be Human. Após alguns anos lançando singles e a série Sleeping with Roses, a cantora solta um álbum longo (16 faixas) e bem produzido que, infelizmente, esbarra na sua falta de originalidade. É um bom trabalho, com algumas músicas bem interessantes, mas capaz de cansar o ouvinte em algum momento. [JP]
Music To Be Murdered By, do Eminem
De surpresa, Eminem aproveitou o primeiro mês do ano para colocar no mundo o Music to Be Murdered By. Em seu décimo primeiro álbum de estúdio, o rapper tem a companhia de nomes como Ed Sheeran, Q Tip, Anderson.Paak e o recém falecido Juice WRLD, mas isso nem é o ponto alto da obra. Apesar de algumas escolhas controversas – como a linha sobre a Ariana Grande, o álbum mostra o rapper em sua melhor fase como letrista, falando sobre temas atuais e, ao mesmo tempo, sem se esquecer de todo o formato que o transformou em um dos grandes nomes do gênero. É um trabalho que agrada a todos os públicos e superior aos seus mais recentes registros, Revival e Kamikaze. [JP]
Dear Happy, da Gabrielle Aplin
Gabrielle Aplin resolveu mergulhar no pop em seu terceiro álbum de estúdio. Ao contrário dos registros anteriores, Dear Happy deixa a pegada indie folk de lado e segue por um caminho mais pop radiofônico, que pode assustar num primeiro momento. Saindo de sua zona de conforto, a cantora britânica acaba perdendo um pouco da sua originalidade, mas faixas como “Miss You” e “Strange” mostram que ela pode ter êxito em sua nova caminhada. [JP]
Seeking Thrills, da Georgia
Cinco anos após o seu debut solo, Georgia está de volta com um trabalho divertido e pronto para te fazer dançar. Envolvido por uma bela produção, Seeking Thrills transita entre o synth-pop e o eletro-pop de uma maneira bem interessante e é capaz de agradar os amantes dos gêneros. Georgia acerta em cheio ao combinar um vocal sofisticado com batidas marcantes e faixas como “Started Out”, “Ray Guns” e “Never Let You Go” provam isso. [JP]
Manic, da Halsey
Com um dos álbuns mais esperados do ano, Halsey lança seu trabalho mais maduro, o terceiro disco de sua carreira. O álbum é profundo e tem um quê de conceitual, fugindo do lugar comum do pop ao mesclar ritmos de hip-hop, country e R&B. As melodias suaves e sua voz potente – que aparece ora limpa, ora através de autotune – contrastam com letras fortes que mostram um outro eu da cantora. A primeira faixa, “Ashley”, revela o verdadeiro nome de Halsey (um acrônimo) e chama atenção para o que está por vir: algo visceral, profundo e verdadeiro. Diagnosticada com transtorno bipolar, o título faz menção ao estado de mania típico do distúrbio, e as batidas e letras percorrem histórias particulares mas que, ao mesmo tempo, são temas de fácil identificação com o público. As 16 músicas do álbum são feitas para serem ouvidas em sequência, completando uma narrativa doce e emotiva. [JT]
Big Conspiracy, do J Hus
Se a ideia era colocar o seu nome de vez na música britânica – e mundial -, já podemos dizer que J Hus obteve êxito. Em seu segundo álbum, o rapper entrega um trabalho marcante e direto, se colocando de vez entre os destaques da emergente cena hip hop do Reino Unido. Big Conspiracy é bem pensado na sua produção, nas letras e em seus convidados e isso fica claro em músicas como “Reckless”, “Deeper Than Rap” ou em sua faixa-título. [JP]
High Road, da Kesha
É fato que depois de tudo que enfrentou para continuar na indústria da música, Kesha se tornou a artista pop de sua geração com a maior liberdade criativa. E isso é evidente em High Road, seu aguardado 4° álbum de estúdio e também seu melhor trabalho até o momento. O álbum conta com a produção de gigantes como Jeff Bhasker, STINT, John Hill, Dan Reynolds e Justin Tranter, trazendo momentos reminiscentes a todas as suas fases, partindo do EDM infecioso dos seus primeiros álbuns ao country/bluegrass do intimista Rainbow (2017). Os grandes momentos do disco ficam por conta de “Honey”, “Tonight”, “Raising Hell” e a estrondosa faixa-título do álbum. Outro momento de destaque é a viciante faixa de electropop “Kinky”, parceria de Kesha com Ke$ha (sua antiga persona). [MG]
Rastilho, do Kiko Dinucci
Em seu segundo álbum solo, Kiko Dinucci dá ao violão um grande destaque dentro da obra. Em meio a faixas autorais e releituras, o músico capricha na riqueza de detalhes em torno das onze canções escolhidas, resultando em um álbum conciso, bem produzido e que tem muito a nos dizer. Rastilho entra na lista de bons álbuns nacionais dos últimos anos e, desde já, pede espaço nas listas de melhores de 2020. [JP]
Circles, do Mac Miller
Leia a nossa resenha completa do Circles.
De um modo geral, Circles não é apenas uma “carta de despedida” de Mac Miller, mas muito mais do que isso, é um registro de quem foi Miller: um ser humano iluminado. Miller pode ser considerado o Elliott Smith do hip-hop: mesmo com todos os problemas pessoas e sua triste trajetória, sua música é uma mensagem construtiva sobre o porquê passamos por certas coisas, e porque a vida é muito mais do que nossas tragédias. Circles consegue materializar tudo isso. [RS]
R.Y.C, do Mura Masa
Em seu segundo álbum, o produtor britânico Mura Masa entrega um trabalho coeso e bem interessante. Recheado de participações especiais, R.Y.C carrega muitos elementos já conhecidos desse indie mais eletrônico, mas sem que isso soe datado ou desconectado da atualidade. Toda a versatilidade de Alex Crossan pode ser ouvida ao longo das onze faixas do álbum, que mostra como o produtor tem potencial. [JP]
Concrete And Glass, do Nicolas Godin
Dentro ou fora do AIR, não dá para negar que o Nicolas Godin sabe preencher o ambiente com as suas músicas. Em seu segundo álbum solo, o músico francês construiu (como um bom arquiteto que ele é) cada elemento, agregou referências e sonoridades que resultaram em um álbum marcante. Ainda que não tenha a pegada jazz – bem interessante – do Contrepoint (2015), Concrete And Glass é um belo esforço de um artista que não tem medo de sair da sua zona de conforto. [JP]
UR FUN, do Of Montreal
Se tem algo que marcou a carreira do Of Montreal até hoje é a forma prolífica com a qual trabalha. Lançando o seu décimo sexto álbum em 23 anos de carreira, o projeto capitaneado por Kevin Barnes entrega um álbum pronto para te fazer dançar. Com uma pegada oitentista, UR FUN cumpre aquilo que o seu nome diz: é um trabalho divertido, bem produzido e um dos melhores do Of Montreal nos últimos anos. [JP]
Watch This Liquid Pour Itself, da Okay Kaya
Em seu segundo álbum, a norueguesa Kaya Wilkins – mais conhecida como Okay Kaya – explora bem o dream-pop e entrega um registro capaz de te prender logo na primeira audição. Com letras interessantes e uma boa produção, Watch This Liquid Pour Itself tem alguns escorregões ao longo das suas quinze faixas mas, no geral, é um trabalho marcante e gostoso de se ouvir. Muito disso se deve ao vocal marcante de Kaya, que casa bem com as melodias escolhidas. Os destaques ficam por conta de “Baby Little Tween”, “Guttural Sounds”, “Asexual Wellbeing” e “Helsevesen”. [JP]
Hotspot, do Pet Shop Boys
Hotspot é o terceiro álbum do Pet Shop Boys em parceria com o renomado DJ e produtor Stuart Price. O disco reaproxima o duo a sua clássica sonoridade dance, presente no álbum Electric (2013), esquivando da vibração techno/Hi-NRG presente em Super (2016). Hotspot tem como destaque as faixas “Will-o-the-whisp”, “Monkey Business” e “Dreamland”, parceria com a banda Years & Years. O trabalho é o 14° de estúdio do duo que completará 40 anos de carreira no próximo ano. [MG]
Marigold, do Pinegrove
O quarto álbum de estúdio dos norte-americanos do Pinegrove é mais um belo registro do projeto capitaneado pelo vocalista e guitarrista Evan Hall. Quase dois anos após Skylight (2018), a banda volta com a sua mistura de indie-rock e country, resultando em um bom registro para se ouvir em momentos de tranquilidade ou em uma boa viagem. Faixas como “Dotted Line”, “The Alarmist”, “Phase” e “Alcove” são bons exemplos de como o Marigold pode ser interessante. [JP]
When We Stay Alive, do Poliça
Impossível não se sentir envolvido pela voz de Channy Leaneagh e, em seu quarto álbum de estúdio, a banda norte-americana de synth-pop POLIÇA promove mais uma experiência interessante para o ouvinte. Após um trabalho não tão comentado ao lado do s t a r g a z e, o grupo retorna com um registro que pode ser dividido em dois e embalado com efeitos, sintetizadores e melodias bem produzidas. O clima mais pesado do começo é reflexo dos últimos anos de sua vocalista, que sofreu um acidente enquanto retirava gelo do telhado de sua casa e chegou a esmagar algumas de suas vértebras. Já na segunda parte, o álbum parece se abrir e ganha vida. É quase uma tradução auditiva do processo de recuperação de Channy e o resultado é cativante. [JP]
I Disagree, da Poppy
Em sua escalada musical, Poppy entregou em seu terceiro álbum aquele que é o melhor encontro do Metal com o Pop nos últimos anos. I Desagree representa o renascimento da cantora, atriz e youtuber norte-americana, que passou por um período conturbado ao lado de seu antigo colaborador, Titanic Sinclair, a quem acusou de abuso psicológico e manipulação. Passando a limpo alguns assuntos, Poppy mergulha de cabeça em uma sonoridade que pode assustar quem a acompanha desde o Poppy.Computer (2017), mas que tem potencial para trazer novos fãs. Para entender tudo isso, basta pegar a melodia de “Fill The Crown” que você vai perceber aonde a Poppy quer chegar. [JP]
Sorry For The Late Reply, do Sløtface
Quer um bom álbum de pop-punk para começar o ano? Os noruegueses do Sløtface lançaram o seu segundo álbum de estúdio e Sorry For The Late Reply é mais um bom registro do gênero. Com treze faixas, a novidade da banda capitaneada pela vocalista Haley Shea é claramente uma evolução de seu trabalho de estreia, mais refinado, ousado e direto naquilo que se propõe. Destaque para as faixas “Telepathetic”, “Laughing At Funerals” e “S.U.C.C.E.S.S.”. [JP]
Walking Like We Do, do The Big Moon
Após o elogiado álbum de estreia, Love in the 4th Dimension (2017), o The Big Moon está de volta com um novo e interessante registro. O quarteto britânico lançou Walking Like We Do e o trabalho é mais uma boa amostra da versatilidade das suas integrantes, que apostam em uma sonoridade mais próxima dos teclados e elementos eletrônicos do que das guitarras. Ao sair de sua zona de conforto, o The Big Moon algumas das melhores criações de sua carreira, casos de “It’s Easy Then”, “Don’t Think” e “Waves”. [JP]
Bebey, do Theophilus London
Em seu terceiro álbum de estúdio, o rapper Theophilus London entrega uma seleção de hits em potencial mescladas com faixas que você não fará muita questão de ouvir novamente. Apesar disso, ao colocar todas as suas treze faixas na balança, Bebey se transforma em um álbum que vale a pena ser ouvido. “Marchin'” é um dos pontos altos com o seu reggae a lá Jimmy Cliff, enquanto “Cuba” e “Revenge” também merecem destaque. [JP]
Viva Lina [EP], da Trupe Chá de Boldo
A Trupe Chá de Boldo decidiu revisitar novamente a obra da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914 – 1992). Se lá no primeiro álbum, Lina virou uma música – “À Lina” -, agora chegou a vez do grupo lançar um EP com cinco faixas inspiradas na vida e obra de Bardi. Faixas como “Parque do Bixiga”, lançada no ano passado, e “Chama do Amor” são bons destaques do novo projeto do coletivo. [JP]
Ouro, do Vitão
Com várias participações e reunindo alguns singles lançados em 2019, Vitão começou o ano colocando no mundo o seu primeiro álbum de estúdio. Com dez faixas, Ouro é um registro bem produzido e que conta com algumas faixas que podem se tornar marcantes na carreira do músico. Talvez nada tenha o mesmo impacto que a parceria com Anitta em “Complicado”, mas o álbum tem um conjunto de faixas capaz de saciar a vontade dos fãs. [JP]
Laughing Gas [EP], do Wild Nothing
Primeiro trabalho desde o Indigo (2018), o novo EP do Wild Nothing não apresenta nada de novo com relação a sua sonoridade, mas mostra que a banda é capaz de evoluir em seu processo de composição e produção. Com cinco faixas, é um registro bem gostoso de se ouvir graças a sua pegada pop oitentista dançante e divertida. Se o Laughing Gas for uma amostra do que vem por aí, podemos esperar boas novidades do grupo norte-americano. [JP]
Mind Hive, do Wire
Três anos após o Silver/Lead (2017), os britânicos do Wire estão de volta com um novo álbum. Conhecidos pelo marcante álbum de estreia Pink Flag (1977) – um dos grandes lançamentos na história do punk – não é de hoje que o quarteto seguiu por outros caminhos e deixou a sonoridade do início da carreira um pouco de lado. Com uma pegada mais pop-rock, faixas como “Be Like Them” e “Primed and Ready” se sobressaem, enquanto o “experimentalismo” em torno de “Hung” deixe a faixa um pouco deslocada no Mind Hive, ainda que ela seja uma das melhores. É um álbum que vale a pena ser ouvido. [JP]
Thin Mind, do Wolf Parade
Mais de quinze anos de estrada e o Wolf Parade ainda tem gás para entregar um álbum interessante. Agora como um trio após a saída do baixista Dante DeCaro, a banda formada por Spencer Krug, Dan Boeckner e Arlen Thompson acaba revisitando o passado em sua sonoridade. Ainda que Thin Mind possa parecer “mais do mesmo”, é um registro de grande qualidade e que, certamente, agradará aos fãs com a sua aura nostálgica. Vale o play! [JP]
Quer saber como foram os outros meses do ano? Além dos álbuns lançados em janeiro, fique ligado aqui no Audiograma para acompanhar a nossa seleção mensal de lançamentos. Não deixe também de dar uma olhadinha em nossa lista especial com os 100 melhores álbuns do ano passado. Por fim, se você quer se programar para o que vem por aí em 2020, veja a nossa lista com os principais lançamentos previstos para o primeiro semestre no mundo da música.
Textos: John Pereira, Júlia Tetzlaff, Matheus Gouthier, Rahif Souza