Que tal uma seleção com novos clipes do rock nacional para a gente curtir?
Abrindo a lista, temos a banda 335 que entrega uma intensa crítica social em “Cabo Figueiredo”. A faixa faz parte do EP de estreia da banda, O Meu Sonho Eu Não Controlo, e aborda a crescente violência policial e da aparente normalidade com que as pessoas encaram a situação.
“O clipe foi uma tradução não só da letra, mas da energia que a música trazia para a gente. ‘Cabo Figueiredo’ traz uma força que, para uma explicação rápida, poderia ser traduzida em indignação, porém não se trata só de indignação. A música não busca um inimigo, um adversário, alguém a quem possamos estabelecer nosso ódio e nos indignarmos”, afirma Lucas Rangel. “Quando a música coloca o policial que mata, na verdade ela está colocando um representante de nós e não um inimigo malvado. Ela está dizendo que quem está matando somos nós, representados por um policial”, completa o vocalista.
Além de Rangel, a 335 é formada por Lucas Vale (guitarra), Davi Vale (baixo) e Daniel Vale (bateria). A direção de “Cabo Figueiredo” ficou nas mãos de Rodrigo Ocampo.
O cantor e compositor paulistano Johnny Monster está de clipe novo no ar!
A faixa é “Canção do Desapego”, que dá nome ao seu mais recente álbum de estúdio. Gravado nas ruas do centro de São Paulo e na região da Paulista, a produção busca retratar o universo do artista e a metrópole. A direção é de Eduardo S. Menin, com produção da Mídia Fina.
Johnny fala um pouco sobre a faixa e a sua importância para ele. “Tenho um carinho especial por ela, pois retrata com muito sentimento o sentido do desapego do álbum. A música diz ‘Fico atento, mesmo no escuro, a luz não será silenciada’, e em outra parte ‘Sinto um desejo, uma saudade, daquele tempo que a gente só brincava’. Ela retrata a dificuldade desse tempo em que vivemos, dessa escuridão que está o Brasil, mas de maneira poética, sem ser literal”, afirma.
O terceiro clipe da lista é “Shabby”, novidade da Sound Bullet.
A faixa é a primeira amostra do segundo álbum do quinteto carioca e dá uma amostra do que a banda pretende entregar em 2020 em sua sonoridade. O clima futurista da faixa também aparece em sua letra, inspirada nos questionamentos da vida. “‘Shabby’ fala de uma realização e um questionamento sobre a sua própria existência, o que significa ser e qual é o seu propósito. O que é ser alguém? Você se questiona sobre quem realmente é, ou você só vive? São algumas das perguntas que o eu lírico faz nessa canção, que foi muita inspirada por alguns filmes e séries futuristas”, explica o vocalista e guitarrista Guilherme Gonzalez.
Dirigido pelo cineasta Lucas Bellator, o clipe acompanha uma personagem que descobre uma mensagem e é levada a compartilhá-la com o maior número de pessoas possível. De um baú enterrado na areia, surge a provocação: “você já se perguntou quem é de verdade?”. A produção foi toda filmada em Cidreira, no litoral gaúcho.
Por fim, a banda The Melties lançou recentemente o clipe de “Satan’s Royal Dance”, faixa que faz parte de seu álbum de estreia, Hit Me.
Trabalhando a ideia de sufocamento emocional, a libertação graças à dança e o descolamento da realidade, o clipe ilustra bem a canção. “Satans Royal Dance é sobre o establishment, sobre uma classe dirigente controlando todo um conjunto de sociedades, para o mal com certeza. E, por muitas vezes, somos levados para um caminho obscuro sem perceber”, revela o baixista Macci.
O clipe segue uma tríade de lançamentos da The Melties, que começou lá em 2016 com “Hit Me”. No ano passado saiu o lyric video de “The Blame On Me”, feito inteiramente por Jana, vocalista da banda. “Satan’s Royal Dance” conta com direção e produção da Motiom Produções Visuais.
A The Melties é formada por Jana (voz), Thizzy (bateria), Jesus (guitarra) e Macci (baixo).