35) Flamboyant, de Dorian Electra
Abordando a fluidez de gênero em sua obra, Dorian Electra apresenta um Pop Eletrônico bem interessante em seu álbum de estreia. Flamboyant é direto, tem um pitada teatral e é quase que um manifesto contra a sociedade heteronormativa, apostando em uma estética capaz de chocar, entreter e, principalmente passar a sua mensagem. Tudo isso dentro de uma embalagem bem humorada e divertida, como um bom pop deve ser. [JP]
34) Violet Soda, do Violet Soda
Energético talvez seja a palavra que melhor descreve o debut dos paulistanos do Violet Soda. Auto-intitulado, o registro chegou em dezembro e merece destaque por seu garage rock 2019 com pitadas de punk e grunge. Produzido por Alexandre Capilé e João Lemos, o registro conta com nove faixas cantadas com maestria pela vocalista e guitarrista Karen Dió, com destaque para “Charlie”, “Girl!, I’m trying” e “You don’t know me”. [JP]
33) Rosa Neon, do Rosa Neon
Uma bela apresentação para um quarteto que promete fazer barulho. Pouco tempo após os primeiros encontros e singles, os mineiros da Rosa Neon soltaram o seu primeiro álbum e, com o seu indie pop bem produzido e carregado de referências à cultura nacional, fazem jus aos elogios recebidos. Indo muito além do álbum em si, o Rosa Neon é um registro divertido e que se completa com a estética visual dos integrantes e também com as suas produções visuais. Ao longo das faixas, a banda brinca com as referências e entrega um belo cartão de visitas, que vale a pena ser ouvido. [JP]
32) Kisses, da Anitta
Por mais que as críticas em relação ao Kisses, da Anitta, tenham sido mistas, o álbum está longe de ser ruim. Para muitos, pode soar genérico. Porém precisamos lembrar que a cantora está apostando suas fichas em sua carreira internacional e este não é o momento de se fazer um trabalho alternativo e intimista. Com múltiplas participações, que transitam entre diversos gêneros, a cantora mostra que veio para ficar e que é ela quem dita as regras da sua sonoridade, não os críticos. [YC]
31) Par De Olhos, da YMA
Um pop gostoso, com pitadas de experimentalismo e muita criatividade. Talvez essa seja a forma mais fácil de definir Par de Olhos, álbum lançado pela Yasmin Mamedio ou, simplesmente, YMA. Faixas como “Evaporar”, “Shake It” e “Colapso Invisível” mostram a diversidade presente no registro, que consegue ser poético, divertido e melancólico, prendendo o ouvinte desde os primeiros acordes. [JP]
30) Cheap Queen, da King Princess
Fazendo um indie-pop com elementos de soul e R&B, King Princess logo se tornou um nome a ser observado na música graças a singles como “1950” ou “Pussy Is God”. Bem produzido e com um casamento interessante entre melodias e os vocais de Mikaela Straus, Cheap Queen é um álbum que vale a pena ser ouvido, ainda que não cumpra toda a expectativa criada. Faixas como “Prophet”, “Ain’t Together” e “You Destroyed My Heart”deixam evidente o potencial de King Princess e como ela pode chegar longe. [JP]
29) sua alegria foi cancelada, da Fresno
A banda gaúcha completou 20 anos de atividade em 2019 e lançou um disco surpreendente, que vem sendo muito elogiado pelos fãs e também bem aceito por quem nunca curtiu emo e não é tão ligado na banda. Talvez isso se explique pelo fato de o disco ser tão diverso e plural, tornando a obra mais rica. Por exemplo: a primeira canção, “O Arrocha Mais Triste Do Mundo” (que nome genial, aliás) é bem moderna, calma e melancólica, criando um climão que parece trilha sonora de filme e um som que remete à “nova MPB”, mas logo em seguida vem uma porrada com o rock “We’ll Fight Together”, que, não se engane, é cantado quase todo em português. Bem enérgico, com uma parte instrumental que chega a lembrar Deftones e Bullet Bane, surpreende pelo peso e agressividade que não se costuma esperar da Fresno. Já “Natureza Caos” traz elementos eletrônicos e um vocal diferente. O disco ainda conta com participações especiais de Jade Baraldo e Tuyo, uma artista solo e um trio, respectivamente, que estão finalmente recebendo o reconhecimento que merecem, com excelentes vocais, identidade forte e um som inovador e original. Ponto pra Fresno, que escolheu muito bem as parcerias e ainda dá uma força para os colegas mais novatos. [BM]
28) Hyperspace, do Beck
Já é senso comum quando dizemos que o Beck é capaz de transitar entre vários estilos e sonoridades sem perder a qualidade, certo? Em seu décimo quarto registro de estúdio, o norte-americano abraça o pop bem produzido e, ao lado de Pharrell (responsável pela produção), entrega um trabalho que se destaca por mostrar um cara em constante evolução ou busca pelo novo em sua música. Hyperspace é um disco para se ouvir atentamente. [JP]
27) Fear Inoculum, do TOOL
Após treze anos de espera, o TOOL brindou os seus fãs com uma verdadeira obra-prima. Fear Inoculum é mais do que um álbum, é uma experiência sonora na qual a banda começa exatamente de onde parou lá em 2006. Com dez faixas, é um registro capaz de surpreender até mesmo o fã mais apaixonado da banda, fazendo jus a toda a expectativa criada em torno de seu aguardado lançamento. [JP]
26) Heard It a Past Life, da Maggie Rogers
Heard It in a Past Life é um álbum gostoso de ouvir e um bom registro de estreia para a norte-americana Maggie Rogers. Ainda que não apresente nada de novo em sua sonoridade, faixas como “Light On” e “Say It” são capazes de ficar na cabeça, mostrando que Maggie tem habilidade de sobra para produzir coisas interessantes dentro de um meio que, em certos momentos, já parece saturado. [JP]
25) amo, do Bring Me The Horizon
Os britânicos do Bring Me The Horizon lançaram neste ano o seu sexto registro de estúdio e amo é resultado de uma ruptura com o passado, com a banda se aventurando por outros estilos e tirando a guitarra do seu foco principal. Agora, o grupo navega por uma sonoridade mais pop e, em alguns momentos, flerta com o eletrônico. Para os mais preocupados, a guitarra ainda se faz presente, mas nada perto do que a banda já fez anteriormente. [JP]
24) Will You Be My Yellow?, do Bakar
Artista revelação de Londres, o cantor é impossível de classificar, e é justamente isso que faz sua arte tão especial. Cheio de personalidade, Bakar consegue misturar com muito bom gosto indie rock, punk rock, hip hop, rap, R&B e o que mais lhe der na telha. Ele ficou famoso com a música “Big Dreams” que, de acordo com o tribunal da internet, seria uma trilha sonora perfeita para o jogo FIFA. É verdade que ele tem muitas músicas canções de ouvir, mas passa longe do pop fofinho radiofônico mainstream, além de também apresentar umas pedradas de vez em quando (procure o vídeo dele no canal COLORS. Vale a pena!). Bakar foge de qualquer estereótipo e, mesmo sendo muito comparado ao Kele Okereke (Bloc Party), esse segundo disco veio justamente para provar que ele pode muito mais. Will You Be My Yellow? começa com Bakar declamando um poema, segue para um R&B tão delícia e de pegada vintage que também poderia estar na trilha sonora de qualquer produção audiovisual, e continua com canções bem cruas voz e violão ou com uma pegada mais black (sinto referências de Anderson .Paak e Daniel Caesar). É um disco nu e sincero. [BM]
23) Hollywood’s Bleeding, do Post Malone
Hollywood’s Bleeding é um álbum que causa surpresa para quem já tem uma opinião formada do Post Malone. A começar por sua sonoridade mais próxima do indie rock, o trabalho serve como uma resposta para algumas das críticas que eram feitas ao rapper, sobretudo ao fato de que muitos o consideravam monotemático. Transitando por outros temas, trazendo convidados do calibre de Ozzy Osbourne e emulando Julian Casablancas em alguns momentos, Hollywood’s Bleeding é diferente de qualquer coisa que Post Malone já fez e, ainda assim, tem o DNA do rapper impresso em cada uma das faixas. [JP]
22) MAGDALENE, da FKA Twigs
Impossível ouvir e não se lembrar do Homogenic, álbum que a Björk lançou nos anos 90. MAGDALENE é resultado de três anos e de diversas adversidades enfrentadas por FKA twigs em sua vida pessoal. Todas as frustrações, decepções, preocupações com a saúde se transformaram em um álbum lindo e libertador. Se você quer um álbum bem produzido e que explora o melhor do art pop nesta década, ouça o MAGDALENE agora mesmo! [JP]
21) Thanks For The Dance, do Leonard Cohen
Íntimo. Poético. Apaixonante. Cada uma das nove faixas presentes em Thanks For The Dance são fortes e cativantes, tornando a audição do álbum um verdadeiro deleite para os seus fãs. Faixas como “Happens To The Heart”, “The Night Of Santiago”, “Listen to the Hummingbird” e a que dá nome ao registro são canções que facilmente entrariam na lista das melhores já lançadas por Leonard Cohen. Thanks For The Dance é uma despedida de classe para um dos maiores nomes da música e da escrita que esse mundo já viu. Obrigado por tudo, Leonard. [JP]