Trinta anos de história fizeram dos acústicos da MTV algo que fez parte de uma geração.
Com grandes artistas, alguns marcos impressionantes e belas versões desplugadas de hits, o projeto ganhou o mundo e, se você já acompanhava música durante os anos 90 e a primeira metade dos anos 2000, deve ter pelo menos um registro da série que se tornou o seu favorito.
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Pensando nisso, parte da nossa equipe resolveu apontar quais são os seus acústicos favoritos feitos pela MTV. Ao todo, foram 12 selecionados pelo John Pereira, pelo Lucas Jacovini, pela Mari Duarte e pelo Yuri Carvalho.
Vamos dar uma olhada na lista?
Os acústicos favoritos do John Pereira
# Capital Inicial
Um acústico marcante para o Capital Inicial e, principalmente, para quem cresceu ouvindo esse registro. Lançado em 2000, é o trabalho que me apresentou a banda capitaneada por Dinho Ouro Preto e, de longe, o melhor registro que a banda já fez até hoje. Quase duas décadas após o seu lançamento, é um dos acústicos que eu mais escuto até hoje, sei todas as letras das músicas e sempre bate aquela nostalgia ao ouvir.
# Cássia Eller
Assim como no Capital, o Acústico MTV da Cássia Eller me fez acompanhar mais de perto a sua carreira. Conhecia pouco dela antes do seu lançamento e, provavelmente, foi amor a primeira ouvida. A produção em torno das músicas é simplesmente incrível e, até hoje, sou apaixonado pelas versões de “Vai Morar Com o Diabo”, “De Esquina”, “Quando a Maré Encher” e “Top Top”.
# R.E.M.
O R.E.M. gravou dois acústicos ao longo de sua existência e, com repertórios diferentes entre eles, os dois trabalhos são interessantes. No entanto, eu tenho uma paixão especial pelo segundo registro, feito em 2001. As versões acústicas de “At My Most Beautiful”, “So. Central Rain”, “Cuyahoga” e “Sad Professor” são nada menos do que geniais. O mesmo adjetivo pode ser usado quando o assunto é o vocal de Michael Stipe, marcante em vários momentos da apresentação.
# Alice In Chains
Após o Pearl Jam e, principalmente, o Nirvana gravarem acústicos para a MTV, outra banda importante para o grunge embarcou no desafio e não fez feio. Muito pelo contrário. Lançado em 1996, o trabalho passa por toda a carreira da banda de Seattle, sem deixar de fora os grandes sucessos. As versões desplugadas de “No Excuses”, “Angry Chair” e “Rooster” foram as minhas favoritas do registro por muito tempo. Hoje, muito tempo depois, acabaram perdendo o posto para dois momentos marcantes: Lanye Staley cantando “Down In A Hole” de forma incrível e o encerramento da apresentação com “Killer Is Me”.
# Alicia Keys
Até o lançamento de seu Unplugged em 2005, o meu conhecimento em Alicia Keys se limitava aos singles de sucesso que tocavam nas rádios. Em uma época que eu chegava em casa com sacolas cheias de CDs e DVDs e ainda gastava dinheiro com coisas que não tinha ouvido, acabei comprando o acústico dela para “ver qual era”. Resultado? Só precisei de duas músicas na sua primeira audição para gostar. A levada de “Karma” e “Heartburn” aliadas a voz marcante da cantora foram belos cartões de visita para mim e, daquele ponto em diante, posso dizer que me tornei fã da Alicia Augello Cook Dean como nunca achei que aconteceria. O álbum consegue ser tão bom que até a participação de Adam Levine cantando “Wild Horses” funciona.
Os acústicos favoritos de Lucas Jacovini
# Nirvana
É meu favorito por tudo. Repertório improvável que funcionou bem demais, simplicidade nos arranjos e especialmente por ser o melhor registro ao vivo do Nirvana. A banda estava tão afiada que todas as músicas saíram na primeira tentativa. E o vocal de Kurt Cobain em “Where Did You Sleep Last Night” é algo histórico.
# Gilberto Gil
É o que mais gosto entre os nacionais e, mesmo entre os internacionais, pra mim só fica atrás do Nirvana. Com uma de suas melhores bandas, especialmente pela cozinha, com Arthur Maia e Jorginho Gomes, que acompanharam Gil por tantos anos, os arranjos são sensacionais. Banda com dois violões, baixo, bateria, percussão e flauta. Não tem nada sobrando e nem faltando na formação. Repertório impecável e algumas músicas conseguiram ficar até melhores do que as originais, como “Esotérico”. A versão de “Sampa” também vale a menção. O clima entre a banda e o público é tão legal que faz este acústico ser um dos melhores não só para escutar, mas também para ser assistido.
O acústico favorito da Mari Duarte
# Sandy e Junior
Sempre gostei dos projetos acústicos da MTV e como fã da dupla, era algo que eu queria muito que eles fizessem. Encerrando a carreira em dupla, o Acústico MTV Sandy e Junior levou os irmãos para uma turnê de despedida por todo o país e, sem dúvida, voltou a ser lembrado durante a turnê Nossa História, realizada neste ano para comemorar os 30 anos de carreira.
Os acústicos favoritos de Yuri Curvelo
# Alanis Morissette
Se eu comecei a prestar atenção no rock internacional, isso se deve ao acústico da Alanis Morissette. Comecei apreciando os acordes, as letras, sua forma única de cantar e diferente de tudo o que tinha escutado. Uma pena o registro não ter sido “comercial” o suficiente na época para ser lançado em ‘home video’. Isso me faz rir, pois ao longo dos anos é praticamente impossível pensar em álbuns gravados neste formato sem lembrar da nossa querida canadense. Eu ficaria muito feliz com uma parte dois, incluindo as belíssimas faixas que vieram posteriormente a este registro, começando pelo Under Rug Swept. Se não for pela MTV, tomara que ela faça por conta própria.
# Shakira
Eu vejo este trabalho da Shakira como o primeiro passo de sua transição para o mercado internacional. A performance de “Ojos Así”, em especial, é hipnotizante. Não é à toa que a coreografia deste show é praticamente igual as que ela apresenta em todos os estádios mundo afora. Isso sem falar na incrível capacidade que Shakira tem de compor suas letras e melodias. Simplesmente inesquecível.
# Kid Abelha
Ao lembrar do acústico do Kid Abelha, só me lembro de uma coisa: passeio de carro em família. Isso porque a leveza deste registro agrada a todos. Não segrega. Não importa se você gosta mais de pop, de rock, de mpb ou de reggae. Paula Toller e seus companheiros fizeram um trabalho para agradar nossos ouvidos e definitivamente conseguiram. Todas as músicas são muito bem apresentadas e é impossível ouvir uma vez só.
# Mariah Carey
Após o lançamento de Emotions, um dos maiores sucessos da Mariah Carey, veio a versão acústica de seus principais hits do início dos anos 90, além de um cover que você provavelmente já cantou no karaokê: “I’ll Be There”, dos Jackson 5. Este acústico traz Mariah em seu auge vocal. Pena que foi só um EP e a gente termina o CD querendo mais.
Quer mais conteúdo sobre acústicos? Em nosso AudioCast, gravamos um programa especial sobre o tema dentro do Ouça o Que Eu Digo. Por mais de uma hora, Ed Junior, John Pereira e Lucas Jacovini passam pela cronologia dos acústicos, relembrando histórias e momentos marcantes de cada um dos seus trinta anos de história.
Para ouvir, é só dar play logo abaixo: