Taylor Swift está pronta para a nova fase em sua carreira.
Com o lançamento de Lover se aproximando, a cantora foi escolhida como a capa da edição norte-americana de setembro da revista Vogue. Por lá, Taylor falou um pouco sobre o novo trabalho e tudo o que ele representa para ela.
“Eu estava compilando ideias há muito tempo. Quando comecei a escrever, não consegui parar”, revelou. “Há tantas formas pelas quais este álbum parece como um novo começo. Este disco é realmente uma carta de amor para o amor, em toda a sua glória enlouquecedora, apaixonada, emocionante, encantadora, trágica e maravilhosa”, completou Swift.
Além do novo álbum, a conversa girou também em torno de assuntos polêmicos que envolveram a norte-americana nos últimos anos, como as confusões envolvendo Kim Kardashian e Kanye West. “Uma humilhação pública em massa, com milhões de pessoas dizendo que você está ‘cancelada’, é uma experiência que isola muito. Não acho que há muitas pessoas no mundo que realmente conseguem entender o que é ter milhões de pessoas te odiando em volume máximo”, afirmou a cantora.
“Quando você diz que alguém foi ‘cancelado, não é um programa de televisão. É um ser humano. Você está mandando um monte de mensagens para esta pessoa simplesmente calar a boca, desaparecer ou até passar a mensagem de que ela deve se matar”, relembra. “Foi quando vi que precisava reestruturar minha vida porque tudo saiu completamente de controle”, completou a cantora.
Taylor Swift aproveitou também para explicar como foi a reconciliação com Katy Perry, que foi convidada por ela para aparecer no clipe de “You Need To Calm Down”. “Ela me escreveu de volta e disse ‘Isso me deixa tão emocionada! Estou dentro. Quero que sejamos este exemplo. Mas vamos passar um tempo juntas, porque quero que seja de verdade’. Então ela veio aqui em casa e conversamos por horas”, revelou.
A cantora aproveitou o assunto para falar sobre a forma como a mídia lidou com a situação. “Eles pegam duas pessoas, e é como se tivessem derramando gasolina por todo o chão. Tudo o que precisa acontecer é um movimento em falso, uma palavra errada, um desentendimento, e um palito de fósforo é aceso e jogado no chão. Foi o que aconteceu com a gente. Era: quem é melhor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? A tensão era tamanha que acaba ficando impossível não achar que a outra pessoa tem algo contra você”, afirmou.
Outros assuntos abordados foram o sexismo no show biz e também as manifestações em defesa da comunidade LGBTQ. Sobre o primeiro tópico, a cantora comparou o início de carreira com os dias atuais e revelou o que a fez perceber o sexismo da indústria. “Quando eu era adolescente, ouvia as pessoas falando sobre sexismo na indústria musical e pensava ‘Não vejo, não entendo’. E aí entendi que era por que eu era criança. Homens da indústria me viam como uma criança”, afirmou. “Eu era essa garotinha lânguida, magricela e animada demais que os lembravam mais de sua sobrinha ou filha do que uma mulher bem-sucedida nos negócios ou uma colega. No segundo que virei mulher, na percepção das pessoas, foi quando comecei a ver”, completou Swift.
Já sobre a comunidade LGBTQ, a cantora revelou que uma conversa conversa com o amigo Todrick Hall a fez perceber a necessidade de se posicionar. “Talvez dois anos atrás, Todrick e eu estávamos no carro e ele me perguntou ‘O que você faria se seu filho fosse gay?’. O fato dele ter tido que me perguntar me chocou e me fez ver que eu não deixei minha posição claramente o suficiente ou alta o suficiente. Se meu filho fosse gay, ele seria gay. Não entendo a pergunta”, comentou. “Se ele estava pensando isso, não posso imaginar o que meus fãs da comunidade LGBTQ estavam pensando. Foi devastador, de certa forma, ver que não estava sendo clara o suficiente sobre isso”, completou a cantora.
Sétimo registro de estúdio de Taylor Swift, Lover chegará às lojas e plataformas digitais no dia 23 de agosto. O trabalho contará com as faixas “You Need To Calm Down” e “ME!”, parceria com Brandon Urie.