Eterna Sporty Spice, a cantora inglesa Mel C vai participar da Parada do Orgulho LGBTQI+ de São Paulo no próximo domingo, dia 23, se apresentando com as drag queens Sink the Pink, também britânicas. O show dá início a uma nova turnê da Spice Girl, apresentando músicas de sua carreira solo e também alguns clássicos do grupo, que acabou de encerrar uma turnê super bem sucedida no Reino Unido.
Essa turnê com abertura da Sink the Pink vai passar por várias paradas LGBT, começando por São Paulo e depois seguindo para Bristol, Amsterdã, Estocolmo, Brighton, Margate, Belfast e Dublin. Em São Paulo, Mel C também fará um show na sexta-feira, dia 21 de junho, na Audio Club, dentro do evento “ParadaSP Fest”. Os ingressos estão disponíveis com preço a partir de R$ 105 mais taxas (e parcela em 12 vezes).
De volta à parada, Melanie Chisholm vai sair no trio elétrico do Burger King, que trouxe a cantora para o Brasil em parceria com a Max Milhas. Não à toa, a concentração do trio será na frente da grande loja do BK na altura do número 633 da Avenida Paulista, esquina com a Avenida Brigadeiro Luis Antonio.
Não é a primeira visita de Mel C ao Brasil – em junho de 2017, ela se apresentou solo nas boates The Week do Rio e de São Paulo, em shows pequenos, além de realizar algumas entrevistas, participar de programas de TV e organizar encontros exclusivos com fãs.
Considerada a maior parada gay do mundo, o evento acontece no domingo, dia 23 de junho, na Avenida Paulista, e deve reunir 3 milhões de pessoas. Com 19 trios elétricos, a parada terá também shows de Aretuza Lovi, Gloria Groove, Iza, Lexa, Luiza Sonza e MC Pocahontas. A concentração começa na Avenida Paulista a partir das 10h da manhã, e depois a parada segue até a Rua da Consolação e desce até a Praça Roosevelt. Às 19h, um palco montado na Praça da República receberá mais alguns shows.
A expectativa da Prefeitura é que esse ano a parada movimente pouco mais de R$ 288 milhões.
50 anos de Stonewall
A edição de 2019 da Parada LGBTQI+ de São Paulo também comemora os 50 anos da revolta de Stonewall, marco histórico importantíssimo na luta por direitos LGBT.
Em junho de 1969, em Nova Iorque, o bar gay Stonewall Inn foi invadido por policiais, que agiram com brutalidade contra o público. Naquela época, se vestir de mulher dava cadeia, havia poucos estabelecimentos direcionados aos gays na cidade e, nesses bares, era proibido dançar.
Na noite da revolta, no entanto, o público resolveu reagir à violência policial que já vinham sofrendo há muito tempo. Gays, lésbicas, travestis e transexuais encararam as autoridades, revidaram, e esse movimento fez estourar um levante que durou 3 dias e inspirou uma onda de protestos em todo o país.
O bar existe até hoje no bairro de Greenwich Village e, semana passada, recebeu um show surpresa de Taylor Swift em um evento organizado por Jesse Tyler Ferguson, ator da série Modern Family, que está trabalhando em um documentário sobre o Stonewall Inn.
Taylor também tem defendido a causa LGBT e, em junho, soltou um comunicado para o senador republicano Lamar Alexander pedindo a proteção dos direitos LGBTs e o apoio à Lei da Igualdade. Em abril, ela doou o equivalente a R$ 400 mil para o Tennessee Equality Project, organização que luta contra projetos dentro da Assembleia Geral considerados prejudiciais para a comunidade LGBT; e essa semana lançou um clipe para “You Need To Calm Down”, dirigido por ela mesma e cheio de referências à comunidade LGBT, incluindo a participação de Ru Paul e do elenco de Queer Eye. O pop pode sim ser engajado e ativista. 😉