Em 2007, na cidade de Tempe, no Arizona, surgia o The Maine, a banda que mudaria a vida de milhares de fãs – incluindo a minha.
Composta por John O’Callaghan, Kennedy Brock, Jared Monaco, Garrett Nickelsen e Pat Kirch, o The Maine é uma daquelas bandas que passa despercebida por muitos. Talvez você conheça “Into Your Arms” ou “Inside Of You”, mas nunca deu uma relevância maior para a banda a ponto de se interessar em ouvir o restante da discografia.
Com sete lançamentos de estúdio, sendo o mais recente deles o You Are OK – cujo lançamento ocorreu no dia 29 de março -, a banda já passou por gravadoras como Warner Bros ou Fearless Records e, desde 2013, lança seus trabalhos a partir da sua gravadora independente, a 8123.
Com músicas classificadas como rock, indie rock e pop punk, o The Maine já conquistou uma base forte dedicada de fãs. Os caras já vieram para o Brasil cinco vezes e estão com datas marcadas para retornarem esse ano.
8123 means everything to me…
Na música “We All Roll Along”, John O’ canta que “8123 significa tudo para mim”. Esse é o número de um estacionamento que os meninos se encontravam quando eram mais jovens. Com isso, John decidiu registrar o seu carinho por esse local, algo que se tornou recorrente na história da banda. Existe o 8123 Fest, a gravadora e a grande família que os fãs formam.
O The Maine é aquele tipo de banda que fez tudo certo desde o início, mas ainda não deu a “sorte” de ter o conhecimento popular. Não é o tipo de banda que você ouve na rádio, mas é o tipo de banda que pode mudar sua vida. Talvez, tenhamos tido sorte com a banda não ser tão famosa e tão conhecida, sendo o segredo mais bem guardados de todos nós fãs.
Músicas sobre amizades, amores, família, acontecimento da vida, sentimento de incompatibilidade e finais felizes. Letras bem elaboradas e com frases que ficam na sua cabeça e lhe fazem pensar. Os rifs e solos das músicas não ficam para trás, todas elas bem elaboradas e cabem perfeitamente com cada palavra escrita e cada sentimento que os meninos querem passar através das músicas e melodias.
Banda x Fãs
Como toda boa banda que se importa com os seus fãs e fazem isso por amor, os garotos costumam fazer shows pop up, m&g espontâneos e cobram barato nos seus ingressos. Fazem questão de interagir, responder e encontrar os fãs após os shows. Afinal, como eles mesmos dizem, se não fosse pelos fãs, a 8123 não existiria. E eles nos fazem sentir parte da família. Se existisse algum ícone de diva acessível do rock, o The Maine com certeza seria esse ícone.
Seus fãs formam uma grande família ao redor do globo que transforma todos em amigos e mostrando o poder da música em unir as pessoas. A “bandinha” do Arizona – a qual nem os próprios integrantes achavam que duraria tanto tempo – fez, no início desse ano, um festival totalmente independente, que foi um sucesso. Um festival completamente focado no fã e na sua experiência com a banda e as demais atrações do line up.
O Futuro da Banda
Com os singles “Numb Without You”, “My Best Habit” e “Broken Parts” – que fazem parte do novo álbum, You Are OK – é possível perceber que o som está ficando cada vez mais maduro e relacionável. Com esse cd, eles decidiram trazer elementos que não haviam trabalhado ainda. Fazem o uso de orquestra em algumas faixas, por exemplo.
Para divulgar seu novo trabalho, os meninos farão quatro shows no Brasil em Junho:
13/06 Curitiba, SC.
15/06 São Paulo, SP.
16/06 Rio de Janeiro, RJ.
18/06 Belo Horizonte, MG.
E por qual motivo você deve ouvir o The Maine?
Confesso que eu comecei a gostar da banda bem lá no início mesmo, em 2007. Até influenciei alguns na época a gostarem junto comigo e fomos a um show em 2011. Com o tempo a banda foi caindo no nosso esquecimento mas, para mim, estava sempre no cantinho da cabeça e guardado para quando eu precisasse.
No quinto álbum, o American Candy (2015), a música “(Un)Lost” me chamou atenção novamente. Lembrei do tanto que gostava da banda e o tanto que ela significava para mim. Já nesse época, meus amigos tinham desencantado da banda, então hoje eu ouço sozinha, curto sozinha e vou a shows sozinha. Já tentei não ouvir ou preferir algo tipo Arctic Monkeys (que eu amo), mas o The Maine preenche um espaço especial no meu coração e espero que faça o mesmo para vocês.
Se você estiver preparado para amar uma banda nova, eu separei uma playlist no Spotify para os iniciantes, juntando todas as eras, com músicas felizes e tristes, para chorar e cantar. Afinal, músicas para nos inspirar é o que os meninos são craques em fazer.