Pioneiros do experimentalismo com gêneros urbanos no Brasil, o Tropkillaz; projeto formado por Zé Gonzales e André Laudz, desembarcou em BH para o Festival Planeta Brasil.
Responsáveis por hits como “Vai Malandra”, da Anitta, e “Tombei”, da Karol Conka, o duo adicionou ano passado nomes como Aloe Blacc, Busy Signal, Rincon Sapiência e Major Lazer a sua extensa lista de parcerias.
Além de assistir ao incrível set apresentado na Esplanada do Mineirão no último sábado (26), eu conversei com o duo paulista sobre suas inspirações, novas parcerias e planos para 2019. O resultado você confere logo abaixo.
Vocês se inspiram em vários movimentos musicais e estilos, que variam de acordo com o projeto, mas quais são as inspirações base do duo?
L – Acho que é o Hip-Hop, né? Nós dois viemos do Hip-Hop, então sempre tem um toque de rap na nossa música, mesmo que a gente faça um funk, alguma influência a gente vai trazer.
Na internet a gente encontra descrições estilísticas como “electro-eclético”, “electro-trap”, “eletro-funk”, “brazilian urban”, mas e vocês, como vocês se definem?
G – Eu acho que electro é uma influência não muito grande nossa, acho que nenhuma dessas casa com nossa proposta. A gente até gosta de electro, mas não, nenhum desses… A gente já até brincou uma época com isso, porque no SoundCloud tinha que pôr o rótulo de gênero, e um dos primeiros que colocamos foi brazilian-bass, e daí teve até polêmica quando outros caras colocaram e nós tínhamos feito primeiro, mas depois que os caras usaram, a gente nunca mais usou… E mesmo assim, a gente também não achava que a gente era brazilian-bass, a gente pôs por que era necessário um rótulo. A gente é Tropkillaz mesmo.
Vocês já colaboraram com Di Ferrero, Anitta, Kevinho, Major Lazer e MC Carol. Com que outro artista vocês gostariam de colaborar?
G – Tem alguns, hein? Eu vou responder pelo Laudz um deles. Um que a gente queria fazer qualquer coisa é o Dr.Dre. A gente é muito fã dele, já gravamos no estúdio dele, chegamos até a dar a mão e abraçar ele… Uma mina pra um feat cabuloso, meio impossível e dos sonhos… a Rihanna.
L – Eu prefiro a Beyoncé.
G – A Beyoncé é mais virtuosa, a Rihanna é mais maloqueira.
O que podemos esperar de 2019?
G – A gente tem uma surpresa grande, que talvez deve ser anunciada essa semana. Sem dúvidas é a maior música que a gente já fez, em nível de feat, de estrutura, de número… É uma música do Tropkillaz e vai sair antes do Carnaval. Eu não posso falar porque a gente ainda não tá todo mundo na mesma sala com a caneta correndo no papel, mas rolou.