Alguns podem até achar estranho, mas eu preciso fazer uma revelação aqui no Audiograma antes de 2018 acabar: EU AMO FORRO!
Muitas pessoas ficam de boca aberta e alguns nem imaginam nisso, principalmente por ter falado pouco do gênero lá na Neo-Música. Outros sempre dizem que eu “tenho cara de curtir só rock n’ roll”, mas quem me conhece bem sabe que eu estou em todos lugares, independente do gênero musical. No entanto, minha paixão mesmo sempre foi pelo forro e pela MPB. Sempre achei que esses dois gêneros mostram o mundo de uma forma totalmente diferente, com um ponto de vista mais bonito das dificuldades, onde até sofrer de amor acaba sendo bonito, sabe?
Hoje não vou contar sobre minha paixão, mas falar sobre o aniversariante do mês mais importante da nossa história, o grande GONZAGÃO!
Recentemente, fui comemorar o aniversário do mestre em grande estilo no CTN. A festa começou cedo com Circuladô de Fulô tocando grandes sucessos de Luiz Gonzaga. A banda representou muito bem, fez todo mundo cantar e dançar também, até as crianças entraram na fresta – achei mega fofo uma pai com sua filha de 3 aninhos dançando – e, por isso, resolvi falar um pouco mais sobre esse homem incrível!
Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Nasceu na cidade de Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós. Quando saiu de casa foi para viajar o Brasil e fazendo o que mais gostava, tocando sanfona.
Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, solou uma música sua, “Vira e mexe”, e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941.
Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Depois de algum tempo, seus sucessos eram quase anuais: “Baião” e “Meu Pé de Serra” em 1946, “Asa Branca” em 1947, “Juazeiro” e “Mangaratiba” em 1948, “Paraíba” e “Baião de Dois” em 1950, só para citar alguns deles. Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo, com os dois fazendo shows por todo o país com A Vida de Viajante, passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com Danado de Bom. Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.
Gonzaga fez história e continua fazendo, sendo referência do gênero até hoje. Para o grupo Circuladô de Fulô, ter Gonzaga como inspiração foi de grande importância para carreira e eles falaram sobre isso com a gente.
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Você gosta de um bom forro assim como eu? Então, acompanhe a banda nas redes sociais e saiba onde eles estão tocando e bora dançar muito, VIVA GONZAGA!
Fonte de pesquisa: Uol educação