Allo Darlin’s…
Primeiras linhas por aqui e já começo com uma suave brincadeira alusiva à primeira banda desconhecida que venho no intuito de fechar um “affair” entre a delicadeza do seu som e seus tímpanos. Vamos começar falando da banda de Indie pop inglesa Allo Darlin’.
Nascida em 2008 com a formação que conta com Elizabeth Morris (vocal, composição e ukelele), Paul Rains (vocal, guitarra e lapsteel), Bill Botting (vocal e baixo) e Mikey Collins (bateria e vocal), a Allo Darlin’ tem em sua discografia três preciosos álbuns, sendo o debutante e homônimo lançado em 2010 pela gravadora independente britânica Fortuna Pop!.
Aclamado pela crítica, o álbum traz canções com letras carregadas de suavidade, melodias finas e por vezes binaurais, uma delicada confusão entre o espectro sonoro e as sensações que se auto provocam quando se escuta, te fazendo pensar em fins de tarde amarelos a olhos fechados. Meu destaque desse primeiro trabalho vai para as canções “The Polaroid Song”, a edulcorada “Kiss Your Lips” e “My Heart is Like a Drummer”.
Seguindo esse primeiro trabalho, já em 2012, saiu o álbum Europe, lançado pela Fortuna Pop! e pela gravadora também “antimainstream” Slumberland.
Este álbum foi o mais vendido da banda até então e esteve em diversas listas da imprensa especializada, incluindo a Rolling Stone. O registro deixa a introspecção de estreia para trás e vem cadenciado em batidas mais pops – ou quase -, algo que se percebe logo na primeira faixa com a canção “Neil Armstrong”. Meus destaques desse segundo trabalho são as canções “Some People Say”, quase uma oração ou um mantra, a dançante “The Letter” e “My Sweet Friend”.
Fechando a discografia da Allo Darlin’, em 2014 foi lançado o álbum We Come from the Same Place também pelas gravadoras Fortuna Pop! e Slumberland.
Álbum de som mais cru e não tão suave como os dois primeiros, de melodia mais madura, quase um “pop filter” de todo sentimento desmedido e das sessões despretensiosas dos álbuns anteriores – nem por isso deixando completamente de lado a essência da banda – são as mesmas sensações mas com mais “punch”, onde se detalha mais a presença vocal de todos os membros da banda.
Os meus destaques desse último álbum vão para as canções “Bright Eyes”, “Romance and Adventure” e para “Another Year”, faixa que também fecha esse álbum.
Som feito para quem flerta, ou melhor, tem um romance passional com sons que vão de The Smiths até a contemporaneidade quase idônea da banda irlandesa Belle and Sebastian, o Allo Darlin’ se diferencia nos seu mínimos detalhes, na pungência das suas suaves melodias e nas frases emocionais que trazem suas letras, tudo isso cativado pela beleza num todo das composições, pelo timbre vocal de e pela som com classe ao mesmo tempo obscuro do ukelele de Elizabeth Morris, com toda certeza, som feito para se emocionar.
Vamos ouvir? Abaixo um TOP 9 da Allo Darlin’:
1 – The Polaraid Song
2 – Kiss Your Lips
3 – My Heart is Like a Drummer
4 – Some People Say
5 – The Letter
6 – My Sweet Friend
7 – Bright Eyes
8 – Romance and Adventure
9 – Another Year
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