Hoje vou revelar aqui algumas coisas importante sobre minha atual situação psicológica.
Todos sabem que o mal do século é a depressão e a ansiedade e acho que é uma das coisas que mais me assustam, principalmente por ver que os índices vem crescendo cada vez mais. Eu, Marina, tenho ansiedade e faz exatamente alguns meses que não tenho crises e isso é uma grande vitória.
Você deve estar se perguntando o que o Guilherme Moscardini tem a ver com isso, né? Bom, eu vou te explicar…
Eu trabalho escrevendo sobre música e, diariamente, sempre surge algo novo para ouvir. Música para mim hoje é um trabalho e, ao mesmo tempo, um lazer. Mas, com a ansiedade a flor da pele, eu sempre ficava ansiosa demais ao ponto de ter crise para ouvir um trabalho atrás do outro. No entanto, ao escutar o trabalho mais recente do músico, surgiu por aqui uma sensação diferente.
Foi em um dia especifico no qual eu estava com crise e preferir ficar em casa. Nada me fazia sair daquele estado de preocupação com o futuro. Chegou a noite e chorei muito porque aquele sentimento simplesmente não passava. Tentei ouvir alguns artistas e nada me ajudava.
Foi por conta de um instastories do músico que me lembrei de seu álbum mais recente, coloquei e parei para ouvir um por uma. Prestei atenção em cada letra, escrevi sobre alguns que achei interessante no meu caderno de coisas bem aleatória e foi assim a noite toda entre a sala e a varanda.
Naquele momento, o choro era de alivio e conseguir escrever era a forma de me desligar do futuro que me deixava tão agitada.
O álbum que tanto me ajudou foi o Coisa Boa a Gente Espalha e e lembro muito bem da primeira música que escutei, “Iara”, que me trouxe calmaria e, ao mesmo tempo, dizia tanto sobre o meu momento. Depois chorei de saudades de pessoas que já se foram e pessoas que estavam longe de mim com a canção “Plano Continuo” e assim seguimos.
O mais engraçado dessa experiência é que ficou a sensação de que cada canção dizia exatamente o que se passava em minha vida. Cada música parecia uma mensagem sobre o que estava sentido e, no fim, veio aquela certeza que tudo acabaria bem e não tinha o porquê me sentir daquela forma. Vocês conseguem entendem?
Coisa Boa a Gente Espalha foi lançado de forma independente por Moscardini e conta com participações especiais da cantora Assucena Assucena, da banda A Bahia e as Cozinhas Mineiras, Renato Braz e Maíra da Rosa. São doze faixas da autoria de Guilherme, uma em parceria com Raphael Cortezi e outra Adriano Girelli (ambos trabalharam nas composições) e com arranjos de Raphael Cortezi. Elas foram escolhidas entre as dezenas que o artista vem compondo desde a sua adolescência.
Guilherme evita se prender a gêneros específicos e cita entre as principais referências os músicos brasileiros Gilberto Gil, Gonzaguinha, Dori Caymmi e Dominguinhos, o baixista camaronês Richard Bona e a cantora cabo-verdeana Mayra Andrade.
Segundo Moscardini, Coisa Boa a Gente Espalha discute os modos alternativos de se falar sobre o amor. “A palavra amor nem é tão citada no disco, mas ele está representado por temas como a sorte, a atração, o desejo e a espiritualidade”, diz o artista.
Ouvir o álbum do Guilherme foi uma experiência especial. Uma forma diferente de encontrar ajuda e me sentir ajudada. Foi tão bom e único que não poderia deixar de dar essa dica para vocês.
E aí, gostaram? Ouça e depois vem cá deixar um recadinho sobre, combinado? Ah não esqueçam de seguir e acompanhar o trabalho dele, hein? \o/