Quincy Jones resolveu colocar a boca no mundo. Após entrevista para a GQ onde criticou o trabalho de Taylor Swift, o produtor ganhador de 28 GRAMMYs resolveu falar algumas verdades sobre verdadeiros ícones da música.
Em bate-papo com a Vulture, Jones revelou que Michael Jackson tinha um “outro lado” que poucos conheciam e, quando colocado em prática, fazia dele um ser inescrupuloso. “Eu odeio fazer isso publicamente, mas Michael roubou muita coisa. Ele roubou muitas músicas”, afirmou.
Quincy apontou um uso indevido de “State of Independence”, música lançada por Donna Summer, em “Billie Jean”, um dos hits de sua carreira. “As notas não mentem, cara. Ele era maquiavélico”. O produtor também lembra de outro caso, onde Michael não teria repassado porcentagem de rendimentos. “Ganância, cara. Ganância. Em ‘Don’t Stop ‘Til Yo Get Enought’, Greg Phillinganes escreveu a seção de teclado. Michael deveria lhe dar 10% dos rendimento da música. Mas não faria isso”, conta.
Um dos parceiros mais longos de Michael Jackson, Quincy também tem diversas histórias pessoas sobre a história do cantor. Uma delas envolve a sua filha, a atriz Rashida Jones, que chegou a ser mordida por Bubbles, o macaco de Jackson.
De acordo com o produtor, todas as cirurgias plásticas eram mesmo resultado de seus problemas de autoestima por conta de sua conturbada relação com o seu pai, que abusou dele na infância. “Eu zoava ele por causa das plásticas. Ele sempre tentava justificar falando que era por uma doença que ele tinha. Papo furado”, lembra. “No fim, o problema de Michael era Propofol e esse problema afeta todo mundo, não importa se você é famoso”, completou.
Outra história envolve Michael e um histórico show envolvendo ele, James Brown e Prince. Segundo Quincy, aquele show quase terminou em tragédia. “Foi um confronto de estrelas que foi visto como um triunfo para Michael Jackson e uma rara humilhação para Prince”, comentou. Quando perguntado se eles se falaram após o show, a resposta foi direta. “Ah sim, eles se falaram. Ele esperou na limousine e tentou atropelar Michael, La Toya e sua mãe”, revelou.
Quando o assunto são os Beatles, Quincy Jones não poupa críticas ao trabalho feito pela banda de Liverpool.
“Eles são os piores musicistas do mundo. Eles não sabem tocar. Paul é o pior baixista que eu já ouvi. E Ringo? Nem quero entrar nessa”, comentou. “Eu me lembro no estúdio com George Martin, Ringo levou três horas para uma música de quatro compassos. Ele não conseguia”, contou. “Aí falamos ‘cara, por que você não vai tomar uma cerveja, comer uma torta shepherd, e tire a próxima uma hora e meia para relaxar um pouco’”, continuou.
Na ocasião, Quincy afirma que ele e Martin contrataram Ronnie Verrell – um músico de jazz, que fez a gravação em apenas 15 minutos. Após isso, Ringo ouviu a música pronta. “Ringo disse: ‘Até que não ficou tão ruim’. E eu disse: ‘Claro, filh** da p***, porque não é você’. Ele é um cara legal, mesmo assim”, continuou.
Falando sobre o Rock como uma “versão branca do R&B”, Jones lembrou de sua relação com o U2. Segundo ele, Bono o obrigava a ficar “em seu castelo” toda vez que ele ia para Dublin “porque a Irlanda é muito racista”. Quando questionado sobre o que ele achava da banda, Quincy falou sobre a pressão em torno da banda. “Não sei, mas adoro o Bono com todo meu coração. Há muita pressão sobre a banda. Ele está fazendo um bom trabalho no mundo. Trabalhar com ele e Bob Geldof na redução da dívida (do 3º mundo) foi uma das melhores coisas que eu fiz. Está no mesmo patamar de ‘We Are The World’”, afirmou.
Pensa que acabou? Sobrou até para Ivanka Trump, filha do presidente norte-americano, Donald Trump. Quincy revelou que já teve alguns encontros com ela. “Tommy Hilfiger, que estava trabalhando com minha filha Kidada, disse: ‘Ivanka quer jantar com você’. Eu disse: ‘Sem problema’. Ela era uma fi** da p*** legal. Ela tinha as pernas mais bonitas que já vi na vida. Pai errado, no entanto”, revelou. Segundo ele, na época dos encontros, Ivanka tinha 24 anos e ele 72.
Completando 85 anos em março, Quincy Jones se prepara para lançar uma série na Netflix e também um especial na CBS com apresentação de Oprah Winfrey.