Vocês se lembram dos finlandeses do The Rasmus? A banda formada em 1990 fez sucesso no Brasil nos anos 2000 graças ao hit “In The Shadows”.
A banda, que se apresentou no Brasil em 2006 – tocaram em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, volta ao trabalho cinco anos após o seu último registro, The Rasmus, premiado com Emma Gaala.
Lançado no último dia 06 de outubro, Dark Matters mostra que a banda tomou um novo fôlego e está disposta a continuar mostrando que a Finlândia não para de revelar artistas sensacionais.
O Audiograma conversou com o vocalista da banda, Lauri Ylönen, em passagem por São Paulo para promover o novo álbum.
# Nos últimos anos, vocês fizeram diferentes coisas fora da música. Como essa reunião aconteceu?
Sim, nós demos um tempo, nós queríamos ter um tempo para a nossa vida pessoal, então nós tivemos filhos, formamos família, e queríamos passar um tempo com nossos filhos porque eles estavam crescendo. Depois de um certo tempo nessa pause, você realmente começa a sentir falta das viagens, dos shows, de tudo. Foi importante dar esse tempo e todo o tempo eu estive escrevendo músicas, e Pauli (Rantasalmi) esteve tocando guitarra, então não foi realmente uma pausa, mas é importante manter uma certa distância, às vezes.
# Como você vê as diferenças entre fazer música hoje e nos anos 90?
Hoje é mais simples. Você não precisa de um grande estúdio, fazer música hoje ou em 1994 é simples, mas a indústria da música mudou bastante. Hoje, com o Spotify e a internet, tudo está muito aberto e isso é uma coisa muito boa pra todo mundo porque é mais fácil para os fãs manterem contato com os artistas. Há pouco, por exemplo, o Janne (Heiskanen, baterista) estava escrevendo para os fãs no Facebook. Eu acho isso ótimo.
# Quais álbuns você escuta hoje?
Eu gosto de Daft Punk, uma das minhas bandas favoritas, eu gosto de hip hop, de rock, gosto dos álbuns antigos do Offspring. Quanto eu tinha 15 anos, gostava de ouvir o primeiro álbum do Offspring e é engraçado ouvir esse álbum de novo, depois de tanto tempo porque me traz muitas memórias. Eu gosto de vários tipos de música, gosto de uma banda chamada Keane, eles têm um álbum ótimo chamado “Hopes and Fears” e eu acho que todas as músicas desse álbum são muito boas e me acalmam.
# Vocês têm planos de tocar aqui no Brasil de novo?
Sim, nós estamos planejando tocar aqui em maio de 2018. Temos muitos fãs no Brasil e já tem 11 anos que tocamos aqui.
# A Finlândia tem grandes artistas. De quais deles você gosta?
A Finlândia tem muitos artistas e bandas ótimos. Eu gosto de Apocalyptica, eles são grandes amigos, nós fizemos músicas juntos há mais de 10 anos. A Finlândia é um país pequeno, então todo mundo conhece todo mundo, de alguma maneira. Todas as bandas estão conectadas e muitas vezes tem mais de uma banda hospedada no mesmo hotel. Isso me deixa muito orgulhoso. Eu conversei com alguém que me disse que no Brasil é mais difícil uma banda viajar de ônibus porque o país é muito grande e a distância percorrida de um lugar pro outro é muito grande.
Nono registro de estúdio do The Rasmus, Dark Matters foi produzido em Estocolmo pelos suecos do The Family.
Composto por dez faixas, o álbum mostra em suas composições um resgate das diferentes emoções obscuras, melódicas e tristes apresentadas pelos finlandeses no inicio de carreira, com um toque mais moderno, consistente e certeiro.
Entre elas estão os singles “Paradise”, “Wonderman” e “Silver Nigth”, lançadas por Lauri Ylönen (vocal), Pauli Rantasalmi (guitarra), Eero Heinonen (baixo) e Aki Hakala (bateria) nos últimos meses.
Ouça abaixo Dark Matters, o novo álbum do The Rasmus: