Você pode até ser fã de uma atração ou outra e, certamente, isso vai te fazer discordar logo de cara, mas o Lollapalooza Brasil entregou ao seu público o lineup mais questionável de todas as seis edições realizadas.
No último fim de semana, salvo um nome aqui e outro ali, a sensação em quem faz parte da ala “veterana” de frequentadores do festival era a mesma: falta algo em 2017, ainda que no meio das atrações estivessem nomes como Metallica, The Weeknd, Rancid, Strokes, Duran Duran e os reis do streaming do The Chainsmokers.
É com isso em mente que a saga do último fim de semana começou debaixo de um sol interessante (e depois nocivo) no Autódromo de Interlagos. No entanto, antes da gente falar do que interessa, vamos dar uma passadinha pelos pontos interessantes do festival e aqueles que o Lollapalooza precisa rever para 2018.
O que teve de bom e o que precisa melhorar?
A grande mudança do festival estava nas pulseiras Axe Lolla Cashless e elas se mostraram uma boa aposta. Apesar de reclamações quanto ao serviço, eu não presenciei nenhum problema com o sistema, seja no momento de carregar quantias em dinheiro ou do consumo propriamente dito.
O único problema fica com relação aos bares que, em determinados momentos, estavam sobrecarregados e com longas filas para consumo. Se a minha memória não falha, a quantidade de bares foi exatamente a mesma do ano passado e, se você coloca um público de 190 mil pessoas em dois dias de festival, isso precisa ser repensado para evitar problemas. Ainda sobre a pulseira, várias situações relatadas por aí dizem mais sobre o público do evento (que ainda não consegue ler e entender claramente como as coisas funcionam) do que da organização em si. Validar a pulseira era o mínimo que as pessoas precisavam fazer antes do festival começar, né?
Outro problema são os gargalos nos caminhos entre os palcos. Se você vai receber mais pessoas que nos outros anos, é preciso ter mais espaço para elas caminharem. A saída do Onix após o show do The Weeknd foi terrível para quem tinha, teoricamente, cinco minutos para chegar e achar um bom lugar antes do The Strokes começar, por exemplo.
A consolidação do Palco Perry como espaço eletrônico (apesar do The Chainsmokers e do Flume soltos no Axe) é um ponto positivo do festival. Muitos amam a cena eletrônica e ter um palco só para ela em um evento do tamanho do Lolla é sensacional. Tudo bem que esse ano não tivemos um Jack Ü ou um Calvin Harris no lineup e, talvez, isso faria o espaço ser pequeno para o público, mas funcionou perfeitamente em 2017.
As opções variadas de alimentação no chef-stage ou nos food-trucks contrastam com as poucas opções fora dele. Quem passou mais tempo pelos lados do Palco Onix tinha batatas com cheddar, espetinho ou hamburguer como opções, caso não quisesse atravessar o autódromo em busca de outros alimentos. Aproveitar o espaço para espalhar opções de alimentação pode ser interessante para os próximos anos.
Fora isso, o Lollapalooza já se acomodou em Interlagos e, olhando para o seu tamanho hoje, é difícil pensar ele em outro lugar que não seja o autódromo. Por mais que muitos ainda sintam saudades do Jockey ou ainda reclamem da distância entre os palcos – o que particularmente acho uma tremenda bobagem, já são quatro anos no Autódromo e falta muito pouco para que o Lolla chega em um nível quase perfeito de satisfação quando se pensa em estrutura.
E os shows?
Entre shows completos e trechos de apresentações, passei por 13 apresentações do Lollapalooza 2017. Um número alto, se pensar que o lineup desse ano era bem ~aleatório~ para o meu gosto musical. Poucos foram os shows que me atraíram a ponto de encarar o público, apertos e sol do início ao fim.
A maratona começou no Palco Axe com o Baianasystem. A mistura entre a guitarra baiana, o tradicional sound system jamaicano e a voz de Russo Passapusso deram o tom naquela começo de festival.
Aquela foi a primeira vez acompanhando os caras de perto e foi interesse ver a energia que emana do palco e do público durante músicas como “Lucro (Descomprimido)”, “Invisível” e “Playsom”, que fechou o setlist. E ainda teve BNegão curtindo o som feliz no meio do público – e do meu lado – antes de subir no palco para uma participação mais do que especial.
De lá, tinha a opção de ver qual era a do tal Glass Animals e, se em estúdio a banda já não causou grande impacto pra mim, ao vivo a coisa foi tão complicada que a minha estadia no Palco Onix não durou muito tempo. Aquela tarde de sábado parecia um deserto, seja pelo sol ou pelas atrações da tarde.
Após o Glass, fui encarar o Cage The Elephant no Palco Skol. Como eu não consigo tecer palavras sobre o grupo, deixei a missão pra o amigo Tullio Dias, que me acompanhou nesse Lolla.
Cage The Elephant foi a quarta aventura do dia e que surpresa perceber o quanto a molecada se liga no som dos caras, que estão na sua terceira (!!!) participação no Lolla Brasil.
No entanto, o que se vê no palco é uma mistura histérica de bagunça sonora, volume muito alto e um vocalista muito preocupado com se jogar no público, literalmente. O volume alto não deveria ser um problema, afinal esse é o ingrediente principal de um bom show. Só é necessário ter uma organização maior e um pouco de noção, mas a culpa maior está no técnico de som zuero.
Até gosto de Cage The Elephant. Em 2012, por exemplo, os caras eram uma atração desconhecida e existia esse senso de urgência em ganhar o público imediatamente. O vocalista se jogou na galera e fez um show inesquecível. Mas ao transformar isso em regra, o Cage deixa de oferecer uma experiência única. Para algumas pessoas, essa atitude pode ser uma defesa para compensar a falta de qualidade de uma banda muito superestimada com um produto pífio voltado para jovens ainda em fase de descobertas musicais.
Fora isso, foi uma apresentação para apaixonado nenhum botar defeito. É sempre uma delícia olhar para as pessoas num show e perceber o quanto elas estão envolvidas com aquele momento e felizes. A molecada certamente viu um outro show e não viu motivo para reclamar de nada.
Antes da banda deixar o palco, coloquei as pernas para funcionar rumo ao Onix para ver o The 1975. Das bandas do dia, era a que me despertava maior curiosidade, seja pela aclamação do público e crítica ou então pelo seu pop oitentista refinado cheio de referências.
Com o segundo e elogiado álbum de nome muito grande para ser lembrado aqui, a banda capitaneada pelo vocalista e guitarrista Matty Healy se mostrou capaz de mesclar vários gêneros e agradar os fãs apaixonados que por lá estavam. Pena que a minha sensação de irregularidade já registrada no disco também se confirmou no show que não é ruim, mas alterna boas músicas capazes de te deixar empolgado com outras que não funcionam para quem não é fã.
Com o cair da noite, era hora da guitarra ganhar mais peso. Pelo menos no palco Skol com duas bandas veteranas. Pela primeira no Brasil, o Rancid não decepcionou o público que esperou cerca de vinte e cinco anos por aquele momento especial, pelo menos no setlist.
O som não ajudou muito, mas ter a chance de ouvir “Salvation”, “The Bottle”, “Olympia Wa” e “Time Bomb” ao vivo é capaz de arrancar algumas gotas de suor dos olhos de quem esperou anos e anos pelos californianos por aqui. E ainda teve “Ruby Soho” dedicada ao Lemmy, do Motorhead, para fechar o show. Era só esperar o Metallica e encarar a volta para casa, certo?
Bom, antes de Lars Ulrich e companhia, tinha The XX e Tove Lo se apresentando. Tinha uma vontade de ver a Tove, mas acabei escolhendo ver o que Jamie, Romy e Oliver fariam no Ônix. O trio abriu com “Say Something Loving” e viu o público cantar fortemente a faixa de seu recém-lançado álbum, I See You. Daquele ponto em diante, foi um show interessante e brilhante para quem ama o grupo, sonolento para quem conhecia apenas a faixa de abertura e uma ou outra que já apareceu por aí ao longo dos últimos quatro anos. Para quem saiu do Rancid e tava esperando o Metallica, encarar essa “calmaria no meio do caos” ajudou a descansar e repor as energias… e ainda me deixou com vontade de ver a banda em um show menor, solo, em local fechado. Espero que isso aconteça em breve.
20:35 foi a hora de sair e ir rumo ao Metallica. Era a hora de pagar uma dívida que inclui a tour By Request e o Rock In Rio nos últimos anos. Era a hora de ver o que James e companhia eram capazes de fazer no palco, sobretudo com as novas músicas.
Com um show redondo, bem feito e recheado de hits, o Metallica fez aquilo que eu esperava deles: ser o headliner que o Lollapalooza precisa – e merece. Desde as novas “Hardwired”, “Moth Into Flame” e “Atlas, Rise!” até clássicos como “One”, “Master Of Puppets” e “Battery”, a banda não deixou o show cair em nenhum momento e ainda brindou os fãs com solos, volume alto, Kirk “sapateando” na guitarra, James com a voz muito boa após recentes problemas com suas cordas vocais e os estilos característicos de Lars na bateria e Trujillo no baixo.
No entanto, o ponto alto da noite fica para o baixista tocando um trecho de “Anesthesia (Pulling Teeth)” durante o seu solo, seguida da sensacional “Whiplash”, uma das músicas que eu não esperava ouvir da banda. Ali o show tava ganho pra mim e nem a chata “Nothing Else Matters” tirou os méritos do quarteto, mostrando o porque do respeito e adoração dentro da cena musical.
O domingo começou com mais sol do que o sábado e, enquanto esquecia do protetor solar (o que me causou danos na pele, por isso lembre-se sempre de usar protetor) e ainda me recordava do Metallica, o segundo dia de Lollapalooza começava no mesmo palco aonde o anterior terminou, no Palco Skol.
Ao invés das guitarras e solos, estava a Céu fazendo bonito com o seu som sempre gostoso de se ouvir. A cantora abriu os festejos do principal palco do festival e concentrou o seu setlist em faixas de seu recente e elogiado álbum, Tropix.
Com um setlist de 13 músicas, oito fizeram parte do atual trabalho, entre elas as interessantes “Rapsódia Brasilis”, “Perfume do Invisível”, “Arrastar-te-ei” e “A Nave Vai”, canção que fechou a apresentação. Ainda teve tempo para a sempre marcante “Malemolência”, música que sempre funciona ao vivo, independente do lugar.
Com o fim do show da Céu, era hora do frescor do Catfish And The Bottlemen, uma das boas apostas do festival. A banda visitou o Brasil pela primeira vez com a turnê de seu segundo álbum, The Ride, e com um setlist de apenas dez músicas, dividiu as músicas entre o recente trabalho e o disco The Balcony, de 2014.
Curiosamente, as cinco faixas do recente álbum acabaram empolgando mais o bom público que foi conferir o show do quarteto galês, sobretudo “Twice” e “Soundcheck”. Para este que vos fala, ouvir “7” e, principalmente, “Postpone” ao vivo tiveram um sabor especial e fizeram desse show um dos mais especiais do festival.
Como o horário não ajudou, fui obrigado a escolher entre Jimmy Eat World/Duran Duran ou o Silversun Pickups. Acabei optando pela primeira opção pensando na nostalgia que envolveria ver o primeiro show do JEW no Brasil e, ainda, encarar o Duran Duran naquele que é o melhor espaço de shows do Lolla pra mim.
Antes de falar de Simon LeBon e companhia, outra espera chegou ao fim graças ao Lolla. Os poucos fãs que se forçaram a encarar o festival para ver a banda capitaneada por Jim Adkins tiveram que lidar com um som que não era dos melhores e até uma certa apatia da banda em certos momentos, mas nada que fizesse o show ser menos interessante para esses que lá estavam.
Ouvir “Bleed American” e “The Middle” ao vivo tem o seu valor, mas acredito que os fãs preferiam ter tido o primeiro contato com o Jimmy Eat World fora de um festival… e sem precisar dividir espaço do meio para o fim do show com fãs de uma banda como o Two Door Cinema Club.
Já que a volta ao passado tinha começado com o JEW, era hora de ajustar a máquina do tempo para voltar mais uns bons anos enquanto o trajeto rumo ao Palco Ônix parecia mais dolorido do que no início do sábado.
Por lá, o Duran Duran tratou de enfileirar hits e botou todo mundo para dançar já de cara com “The Wild Boys”, “Hungry Like The Wolf” e “A View To A Kill”. Foram apenas doze músicas com direito a “Notorious”, “Come Undone”, “Girls On Film” e “Ordinary World”, que teve uma participação no mínimo questionável da Céu que não funcionou como poderia pela qualidade que ambos possuem (o que se resolveu lindamente dias depois em nova dobradinha em Belo Horizonte).
Para fechar, a tradicional “Rio” ficou com a missão de fechar um show que, pelo atraso inicial, acabou tendo a esperada “Save a Prayer” cortada. Coisas que acontecem.
Além do Som: Vivendo o Lollapalooza Brasil 2017
Finalizado o show do Duran Duran, era hora de atravessar o autódromo e ver pelo menos um pouco do show da MØ. Como dito anteriormente, as pernas já sentiam o peso de dois dias do festival e o caminho se tornou mais longo que o desejado.
Enquanto caminhava, deu pra ouvir um pouco do que o Two Door Cinema Club fazia no palco para um público bem interessado naquele indie pop dançante que pede palminhas empolgadas. Relatos dão conta de que o Ronaldo Fenômeno (acompanhado de sua namorada) curtiu o show com um sorriso no rosto. Bom pra ele… e pra mim que passei longe disso.
Após a longa caminhada, chegar ao Palco Axe com o show da MØ já na metade foi uma tristeza pessoal. Perdi boa parte de suas músicas solo, mas ainda deu tempo de ouvir “Drum” e “Final Song”, além de suas colaborações nas faixas “Cold Water”, “Don’t Leave” e “Lean On”.
Com 28 anos e dona de uma voz interessante, a dinamarquesa virou MØzão (melhor apelido, diga-se de passagem) para os fãs e fez bonito por lá, encantando o público naquele fim de tarde.
A caminhada de volta para a despedida do Palco Ônix foi intensamente sofrida. Quase sete da noite de segundo dia de festival e o lado físico já pesava mais do que qualquer vontade de chegar rápido no destino desejado, mesmo sendo a hora de ver o show mais esperado naquele domingo de Lollapalooza. Um dos grandes nomes da música na atualidade, The Weeknd pegou a missão de fechar um dos palcos do festival pelas mãos e, provavelmente, deve ter dito antes de subir no palco: xá comigo, galera.
Com quatro músicas de seu mais recente álbum logo na parte inicial do show, Abel Tesfaye mostrou para o público que não estava de brincadeira já dando de cara “Starboy”, “False Alarm”, “Party Monster” e “Reminder”.
É um daqueles shows para se jogar e só curtir, seja com as músicas atuais que flertam com o pop eletrônico ou com as faixas que se aproximam do trap como “Wicked Games”, uma mescla que fez jus a toda a expectativa criada em torno da apresentação.
Acompanhado por uma banda composta por um guitarrista, um baterista e um cara que cuidava dos teclados e sintetizadores, The Weeknd tem o palco em sua maior parte para ele e aproveita para percorrer cada centímetro ao longo do show. Se a missão é não ficar parado, ele faz isso por si só e ainda consegue reger o público, com altas doses de interação.
Com uma setlist de dezenove músicas, o público ainda teve “Earned It”, “Six Feet Under”, “Secrets”, “Can’t Feel My Face”, “I Feel It Coming” e “The Hills” para curtir e aplaudir com toda a felicidade do mundo. A mesma alegria com a qual a namorada de Abel, Selena Gomez, acompanhava tudo ao lado do palco.
Para colocar ponto final no Lollapalooza, era chegada a hora de ver o The Strokes. Sabe aquele fim de festa em que o DJ começa a tocar as músicas de forma avacalhada para você deixar a balada e ir embora para casa? Podemos dizer que a banda capitaneada por Julian Casablancas funcionou da mesma forma pra mim.
O quinteto dividiu opiniões e, enquanto uns colocaram a apresentação entre as melhores já feitas no Brasil, outros encararam aquilo como uma apresentação arrastada, cansativa e um grande ensaio aberto. Algo que a gente não espera de um headliner, certo?
Para quem estava vendo pela primeira vez (meu caso), ouvir nove músicas do Is This It (2001) e nenhuma do Angles (2011) foi um sopro de felicidade no coração naquela noite já um pouco molhada de chuva. A própria banda faz com que as pessoas levem em consideração apenas os seus três primeiros álbuns, tocando poucas coisas recentes. Pena que não esqueceram no churrasco também o EP Future Present Past e as faixas “Threat Of Joy” – que até passa após algumas cervejas – e a pavorosa “Drag Queen”. O mesmo vale para o Comedown Machine, disco que saiu em 2013 e de onde a banda tirou apenas uma faixa para o show, a também chata “80s Comedown Machine”.
É preciso lembrar que os caras não está em turnê e que, com isso em mente, a apresentação é até aceitável. No entanto, muito longe do oba oba apontado por alguns. Ver o grupo ao vivo vale pela nostalgia de 15 anos atrás, mas hoje em dia parece muito mais um remendo de banda, sem carisma no palco, com relações estremecidas e que parece apenas cumprir um protocolo.
Ouvir “The Modern Age”, “Soma”, “Reptilia”, “Automatic Stop”, “New York City Cops”, “Last Nite” e “Hard to Explain” valeram pelo passado em que eu cheguei a colocar o Strokes entre as minhas bandas favoritas. Agora, se você me perguntasse se eu veria outro show dos caras atualmente, a minha resposta seria curta e grossa: NÃO!
Saldo final
Ainda que o Lollapalooza Brasil tenha errado a mão no lineup e na divisão dos horários, a edição 2016 é capaz de nos dar boas recordações e momentos interessantes. O festival apostou bem nas pulseiras Cashless, apostou bem no Catfish And The Bottlemen, provou estar certo ao bancar The Weeknd e Metallica, dialogou com o seu público atual ao trazer Cage The Elephant e Two Door Cinema Club, entregou boas opções para quem curte música eletrônica e uma boa estrutura para quem encarou o Autódromo de Interlagos nos dois dias.
Se a meta é ouvir e trazer o que acontece de bom em Chicago para o Brasil, que o lineup 2017 da matriz inspire não só no pop e no eletrônico como nos últimos anos, mas no rock do Royal Blood, Spoon ou do Highly Suspect, nos sempre competentes Ryan Adams, Liam Gallagher, George Ezra, Chance The Rapper, Justice ou Lorde, em nomes como os de Charli XCX ou da Banks, além das novidades Honne, Zara Larsson, Sampha, Rag’N’Bone Man ou Sofi Tukker. Quem sabe até um quinto palco, hein?
Fora a questão dos bares, a concentração das comidas “especiais” em um lado do evento e os problemas de locomoção com um público maior que nos dias anteriores, o festival se mostra interessante para quem o frequenta, apesar de ter “esquecido” um pouco de suas origens. Algumas atrações acabam deslocadas em um festival que conversa muito mais com quem tem entre 15 e 25 anos do que antes e, ainda que o público tenha aumentado e, mercadologicamente, a estratégia tenha sido acertada, deixar o seu passado de lado nem sempre é uma boa escolha. Os shows do Metallica, Rancid e Duran Duran que o digam.