Desde 2014, a banda BABYMETAL vem causando um alvoroço no mundo do True Metal, o qual podemos concordar, não é um local muito amigável né. Primeiro, que a banda se chama BABYMETAL = MetalBebê (Acho que não precisava ter traduzido isso, enfim…), mas o problema maior não é esse: a banda mistura o tradicional metal com estilos J-Pop e Bublegum e vem sendo muito elogiada desde então, conquistando prêmios e sendo aclamada pela crítica e ganhando muitos fãs!
Mas antes de julgar, vamos conhecer o BABYMETAL um pouco melhor.
# Temos Crianças
Sim, já começa por aí! O BABYMETAL é formada por Su-METAL (Suxuka Nakamoto, 19 anos), Yui-METAL (Yui Mizuno, 17 anos) e Moa-METAL (Moa Kuchiki, 17 anos) e, além delas, temos a KAMIBAND, que são os japoneses (NINJAS!) do instrumental. Quando a banda teve início, as meninas tinham 14 e 12 anos!
Vale lembrar que as garotas vieram de um programa formador de talentos pop. Assim, os produtores tiveram essa ideia de trazer um pouco do popteen para o terreno obscuro do metal, buscando uma fusão do estilo ídolo pop com o metal!
Veja como elas estão novinhas no vídeo de “Doki Doki Morining” um dos primeiros singles da banda:
# Temos Metal
A fusão de gêneros criou o estilo KawaiiMetal, ou seja Metal Fofo (Por mais contraditório que possa parecer), do qual a banda é fundadora. Mas de quanto metal estamos falando aqui senhoras e senhores? Bom, eu diria muito!
O instrumental da banda é muito competente alternando momentos poppunk e poprock com momentos de speed e trash de orgulhar os saudosistas. Sabe como são os japoneses, né? Não tocam como humanos normais e a KAMIBAND toca com maestria todas as loucuras produzidas em estúdio além de fazerem solos épicos.
Além do show off – no vídeo abaixo, da qualidade dos músicos, temos faixas como “BabyMetal Death” e “Rondo of Noghtmare” que trazem um peso pouco visto por aí no mundo do metal.
# Temos coreografia
Su-METAL é a vocalista principal da banda, enquanto Yui e Moa além de fazerem backing-vocal aqui e ali, assumirem os vocais principais em algumas faixas e possuem também a função de Scream & Dance, ou seja dançarinas mesmo.
Praticamente todas as músicas tem coreografias, algumas simples outras mais elaboradas e, ao menos pra mim, não parece algo forçado e desnecessário. Não vou dizer que não é estranho, mas visualmente é algo interessante e divertido de se assistir. Talvez ninguém tenha feito isso tão bem antes, por isso parecia impraticável dançar em palco de metal!
“Karate”, o primeiro single do segundo álbum tem uma ótima música com uma ótima coreografia, por sinal.
# Temos estética
Quase todas as bandas de metal possuem um visual sempre sombrio, rodeado de preto e cinza, o que felizmente não é o caso do BABYMETAL (afinal, precisamos de diversão).
Geralmente de preto e vermelho, as garotas tem um figurino personalizado com peças de couro, spikes e vestidos que fazem algum mix entre os estilos colegiais japoneses, lolitas e punk. A banda de palco sempre está com com tunicas brancas e uma maquiagem corpse característica das bandas de Black Metal nórdicas. A identidade visual da banda abraça também vários detalhes oitentistas como forma de homenagem, porém trabalhado com uma estética da cultura oriental que é bastante particular.
Muito bem feito, esse visual único e interessante faz com que, no palco ou em vídeos, o BABYMETAL seja facilmente reconhecível. E ainda tem o fato de sempre fazerem uma pose adorável ao se despedirem do palco (você fã sabe do que estou falando).
# Temos lendas
A origem lendária da banda diz que Kitsune-Sama (Deus Raposa) do alto de sua sapiência percebeu que era hora de trazer ao mundo uma nova música, um novo estilo de metal que que unisse novamente os povos, ignorando distancias e fronteiras. Então três crianças foram escolhidas para esse encargo e foram abençoadas com habilidades de canto e dança, sendo nomeadas Su-METAL, Yui-METAL e Moa-METAL.
Além disso, foram enviadas a elas quatro espíritos músicos lendários capazes de executar melodias das mais agressivas as mais belas e assim nasceu o BABYMETAL, que agora viaja o mundo para cumprir sua missão de acordo com a vontade de Kitsune-Sama.
O mais legal é que essa lenda é reforçada das mais diversas formas em vídeos de apresentação nos shows ou então nas próprias entrevistas das meninas, onde algumas perguntas são respondidas com a simples frase “Only God Fox Knows (Só o Deus Raposa sabe)”. Ainda tem a ressignificação de simbolos clássicos do metal, como os famosos chifres que, na mitologia do BABYMETAL, é uma saudação ao Deus Raposa.
# Temos (Impressionantes) Shows
A banda já tem uma base de fãs sólida em diversos países do mundo e ela é deveras respeitosa. Toda dança, visual, música e energia faz com que os shows sejam extremamente esperados, tanto no japão quanto no ocidente. No próprio show de lançamento da turnê 2016, a banda lotou o estádio Wembley na terra da rainha (coisa que outras bandas não conseguiram fazer) e o resultado dos shows é sempre épico!
Nesse ponto, os vídeos vão descrever melhor do que palavras e só me resta dizer: #BABYMETALCOMETOBRAZIL (Please!)
# Temos uma banda incrível!
Ok! Nesse último ponto posso ser um pouco imparcial, mas BABYMETAL é foda! Há tempos não temos uma coisa tão original, principalmente nesse gênero que renega o novo e é totalmente saudosista. Toda essa colagem e mesclagem criada atingiu em cheio muita gente, seja por adorar o fato de serem adolescentes dançarinas ou pela qualidade musical japonesa, de pessoas do pop aos truesheadbandgers. E não são somente os fãs.
A banda coleciona prêmios e críticas positivas de vários veículos especializados em metal como a Kerrang e a Metal Hammer. O álbum de estreia alcançou posições de destaque nas paradas Billboard em diversos países. Nomes como Rob Zombie, Corey Taylor, Dave Mustaine, Lady Gaga, Slash já elogiaram bastante o que o BABYMETAL já apresentou e o que vem se tornando.
Lady Gaga recebeu a banda para abrir seus shows na terra do Tio Trump Sam e, atualmente, estão participando da turnê do Red Hot Chili Peppers. E em breve, podemos ter uma turnê unto com o Metallica na Ásia.
Tá bom ou quer mais?