40) Woman, do Justice
Woman é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo duo francês Justice e é resultado de um trabalho de evolução. Gaspard Augé e Xavier de Rosnay deixaram para trás aquela pegada com o peso do heavy metal e partiram rumo a pista de dança, com muitos elementos da década de 70 e 80, baixos marcantes e sintetizadores, fazendo isso da melhor forma possível. Os destaques ficam por conta de “Safe and Sound”, “Alakazam!”, “Close Call” e “Fire”, talvez a melhor do disco. [JP]
39) Brutown, do The Baggios
O duo The Baggios entregou em setembro o seu terceiro álbum de estúdio e Brutown é a representação de todo o amadurecimento da dupla formada pelo vocalista/guitarrista Julio Andrade e o baterista Gabriel Carvalho. Falando da sociedade e de política, Brutown é obrigatório para quem acompanha o rock nacional e ainda tem convidados como Emmily Barreto (Far From Alaska), Gabriel Thomaz e Érika Martins (Autoramas), além de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi. [JP]
38) Skeleton Tree, do Nick Cave and the Bad Seeds
Skeleton Tree é o décimo sexto álbum de estúdio de Nick Cave na companhia do The Bad Seeds e é um trabalho lindo, mas doloroso. Pouco antes de ser finalizado, Nick acabou perdendo o seu filho, que morreu após cair de um penhasco. O fato acabou influenciando no disco, já que o músico resolveu reescrever algumas faixas e trabalhar novamente no que seria o resultado final. É um daqueles discos que traduzem fielmente o que passa pela cabeça do músico naquele momento e faz todo o sentido após o primeiro play. [JP]
37) I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful yet So Unaware of It, do The 1975
O tão temido desafio do segundo álbum não assustou o The 1975. Navegando entre o pop oitentista e o R&B, a banda entregou um trabalho com 17 faixas que, num primeiro momento, não se encaixam de um jeito uniforme mas que vão fazendo sentido ao longo das audições. Tem letra sobre sexo oral, problemas familiares e uma crítica a imprensa entre os temas. Tem de tudo um pouco nesse disco que fica difícil saber o que esperar da banda depois dele. [JP]
36) The Serenity Of Suffering, do Korn
Composto por 11 faixas em sua edição convencional (e 13 da Deluxe), o décimo segundo álbum de estúdio do Korn não é inovador como os trabalhos anteriores, mas resgata elementos presentes nos primeiros discos e faz isso da melhor forma possível. The Serenity of Suffering é um disco maduro, direto e bem equilibrado, sem perder a energia e a força tradicional do quinteto. O destaque vai para as faixas “Rotting in Vain”, “Take Me”, “When You’re not There” e “A Different World”, que tem a participação de Corey Taylor do Slipknot. [JP]
35) Schmilco, do Wilco
Schmilco é um disco tomado pela emoção. Ao longo de seus 36 minutos, é um disco que fala de sentimentos e faz isso da forma mais intensa possível. Ainda que não seja tão marcante quanto obras anteriores do grupo capitaneado por Jeff Tweedy, o décimo álbum de inéditas do Wilco mostra a banda em um terreno seguro e em um momento devidamente planejado. Talvez isso não combine tanto com o grupo, mas “só” isso já é capaz de entregar um disco forte e interessante. “If I Ever Was A Child” e “Cry All Day” que o digam. [JP]
34) Lady Wood, da Tove Lo
Dentre os “novos” nomes da música pop, a sueca Tove Lo é daquelas que consegue falar abertamente sobre a sexualidade, seja a sua ou a alheia. Lady Wood é o segundo trabalho da cantora e ele só vem corroborar com esse tema. Toda a narrativa do disco gira em torno da senhora ereção, mas nada que vá te deixar constrangido ao ouvir. Muito pelo contrário. [JP]
33) The Altar, da BANKS
BANKS consegue ser pop e não ser ao mesmo tempo, no mesmo disco. Enquanto “Gemini Feed” é daquelas faixas totalmente radiofônicas, músicas como “Fuck With Myself” mostram um outro lado da cantora muito interessante. Com treze faixas, The Altar transita entre vários pontos e mostra que BANKS consegue se encaixar em todos. E sem parecer forçado, o que é ainda melhor. [JP]
32) Gameshow, do Two Door Cinema Club
O Two Door Cinema Club mescla novidade e nostalgia em seu novo álbum. Lançado em outubro, Gameshow consegue parecer atual, ainda que carregado de elementos presentes nos trabalhos anteriores da banda. E tudo isso com um objetivo: Nos fazer dançar por aí. [JP]
31) Tropix, da Céu
Se a Céu precisava de um trabalho capaz de colocá-la na lista das grandes cantoras brasileiras, Tropix é o responsável por sua consagração. Deixando um pouco de lado o que fazia antes, Céu mergulha em canções interessantes, tropicais e gostosas de ouvir. Impossível não ficar com o suingue de “Minhas Bics” ou “Arrastar-Te-Ei” na cabeça depois da primeira audição. [JP]
30) The Life of Pablo, do Kanye West
Já faz tempo que Kanye protagoniza notas na imprensa que não se limitam na parte musical, seja por suas próprias declarações polêmicas ou por ser figura de importância dentro do império Kardashian de entretenimento. O primeiro single, “Famous”, conseguiu a maior polêmica do ano com direito a: letra atacando Taylor Swift, Taylor fazendo a inocente, #TaylorExposedParty, clipe definitivamente problemático e mais um pouco. Mas “Father Stretch My Hands”, “Real Friends” e “Fade” são ótimos exemplos de que Kanye é bem mais que apenas um peão no tabuleiro no jogo musical. [ER]
29) Mahmundi, da Mahmundi
Lançado em maio, o primeiro full álbum da cantora Marcela Vale – mais conhecida como Mahmundi – é recheado de boas músicas e é um daqueles que se tornará obrigatório ao longo do ano. Com 10 faixas e produção de Carlos Eduardo Miranda, lá estão faixas como “Hit”, “Azul” e “Calor do Amor”, que se tornou uma das minhas músicas preferidas do disco… do semestre… do ano. [JP]
28) This Is What The Truth Feels Like, da Gwen Stefani
Após dez anos, Gwen Stefani lançou um novo álbum solo. Com o nome de This Is What the Truth Feels Like, o terceiro trabalho de estúdio da vocalista do No Doubt é um trabalho pautado pelo equilíbrio. Do início ao fim, é um disco bem produzido, maduro, com faixas interessantes e que deixa para trás os discos The Sweet Escape e Love.Angel.Music.Baby, resultado em um belo ponto para Gwen. [JP]
27) Post Pop Depression, do Iggy Pop
Um álbum do Iggy Pop com a colaboração de Josh Homme. Isso já parecia bom demais. Daí o projeto ganhou o Dean Fertita (QOTSA) e o Matt Helders (Arctic Monkeys) e já prometia muito antes de sair. Post Pop Depression foi lançado no dia 18 de março e cumpriu as expectativas criadas logo que “Gardenia” ganhou o mundo. É certamente mais um dos discos que baterão ponto nas listas de melhores álbuns do ano e motivos para isso não faltam. Para comprovar, basta ouvir “Sunday”, “Vulture”, “Paraguay” e “American Valhalla”. [JP]
26) O Futuro dos Autoramas, do Autoramas
O Futuro dos Autoramas é o novo álbum da banda capitaneada por Gabriel Thomaz e que agora é um quarteto recheado de gente boa. “Problema Seu”, “Quando A Polícia Chegar”, “Jet To The Jungle” e “O Que Que Você Quer” são algumas das boas faixas do disco, lançado em março e que ganhou resenha por aqui.
25) Dangerous Woman, da Ariana Grande
O sucessor de My Everything (2014) traz Ariana Grande em uma transição de uma jovem artista para uma possivelmente grande mulher. Dangerous Woman só mostra o quanto Arianaevoluiu. Ao apostar em versatilidades sonoras nesse trabalho, a cantora seguiu um caminho certo, com controle e ótima desenvoltura vocal em todo o contexto do disco. [MD]
24) Mind of Mine, do ZAYN
Em sua primeira aventura fora da maior boyband dos últimos tempos, Zayn tinha dois grandes desafios: mostrar sua personalidade e conquistar um público fora do ambiente teen do One Direction. Com Mind of Mine, o cantor explora as high notes que já eram bem amadas (mas não tão bem aproveitadas no grupo) e chegou ao primeiro lugar da Billboard com o single “PILLOWTALK”, primeira música de trabalho solo, feito que o grupo nunca havia alcançado. [ER]
23) Melhor do Que Parece, d’O Terno
Nunca um nome de disco foi tão apropriado para um trabalho como esse. Melhor do Que Parece é o terceiro trabalho de estúdio d’O Terno e, a cada audição, ele leva o seu nome ao pé da letra. Com letras cada vez mais interessantes, a banda se consolida entre os bons nomes da música nacional, graças a músicas como “Culpa”, “Volta” e “A História Mais Velha do Mundo”. [JP]
22) Sabotage, do Sabotage
Em 2003, o rap nacional perdeu um de seus grandes nomes. Assassinado em São Paulo, Sabotage foi retirado de sua família e do mundo da música quando ainda tinha muito o que oferecer. Treze anos depois, letras e músicas compostas na época e que dariam origem ao seu novo álbum foram resgatadas, trabalhadas por um time capitaneado por Daniel Ganjaman e o resultado foi o excelente Sabotage, disco que entra facilmente na lista dos mais importantes da história da música brasileira. [JP]
21) Glory, da Britney Spears
Talvez pela primeira vez em sua carreira, Britney Spears resolveu arriscar em um disco. Glory é resultado de uma mistura de elementos, experimentações e até uma certa ousadia que não combinava com os trabalhos anteriores da cantora. Em seu nono trabalho de estúdio, Britney se permitiu experimentar e o resultado é um disco bem diferente do que muitos esperavam. [JP]