Incubus é a primeira banda a aparecer aqui tantas vezes. Eu disse que gostava, não é mesmo? “Stellar” está no Make Yourself, de 1999. O segundo melhor disco dos caras. Ou o melhor, dependendo de quem você perguntar. Morning View, você já leu aqui antes, é o melhor.
“Stellar” me faz lembrar de uma vez que voltei de viagem direto para a casa de uma garota taurina que arrepiava as minhas unhas. A gente havia se conhecido há pouco tempo e estávamos naquele momento intenso de não esperar nem entrar direito pela porta de casa para começar a tirar a roupa. E também existiam as drogas. Muitas drogas.
Era para ser a nossa segunda transa, mas o que aconteceu foi que após misturar “fumaça de Bob Marley“, single mais famoso do Weezer, quartinho de ilusão do Criolo e suco de maracujá com Vodka (eis o culpado, claro) os motores fálicos sofreram uma pequena pane. Eu disse: “Houston, we have a fucking huge problem.” e tudo que ouvia e era a voz do David Bowie repetindo “Ground control to major Tom”. Foi uma situação complicada.
As falhas duraram o tempo exato de um filme ruim que Deus me livre nunca mais quero assistir (Sweeney Todd) e meio show do Incubus. Então, as coisas começaram a fluir. Só que nosso papo aqui é música e pessoas. Por mais que sexo precise de pessoas (a sua mão faz parte de uma pessoa), não é o local apropriado para dizer que a noite realmente foi longa.
No dia seguinte, a minha amiga taurina pegou uma caneta e rabiscou na porta do seu quarto alguns dos versos de “Stellar”. “How do you do it? / Make me feel like i do / How do you do It? / It’s better than i ever knew“. Se alguém escreve isso sobre a noite que teve, bem, alguma coisa boa você deve ter feito. Aliás, se for parar para analisar a letra de “Stellar”, outros versos também estão perfeitamente encaixados no contexto: “Meet me in outer space / We Could spend the night“, seria nada mais que “vamos ficar doidões como em outra dimensão e você pode passar a noite aqui”. Certo?
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