O ano é 2006. Kevin Earl Federline tinha 28 anos de idade e, até então, a única coisa que fazia dele um ser conhecido era o fato de estar casado com Britney Spears.
O casal teve dois filhos e, entre os nascimentos de Sean Preston (2005) e Jayden James (2006), o dançarino resolveu embarcar em uma louca viagem em busca de reconhecimento. Afinal, de que valia um mundo onde se é conhecido como o “marido gigolô de uma cantora de sucesso”, não é verdade?
Kevin, que já tinha sido casado antes e já tinha dois filhos antes de se apaixonar por toda a grana da Britney, era um rostinho conhecido por já ter aparecido em episódio de CSI, no clipe de “Get The Party Started”, da P!nk; e no vídeo de “Like I Love You”, do Justin Timberlake. Isso não era suficiente para ele, claro.
No último dia de outubro daquele fatídico ano de 2006, Kevin colocou a disposição do mundo aquele que era a sua maior aposta de sucesso: Um disco de rap. Com apoio da então esposa – que acabou pedindo o divórcio via SMS uma semana depois, Kevin lançou Playing With Fire. No álbum, a única coisa que merece ser mencionada é a faixa “Crazy”… e o destaque não é porque a música é boa, é só porque ela tem uma participação inexplicável da Britney Spears mesmo. Para você ter uma ideia, o fato do disco ter vendido apenas 16 mil cópias em todo mundo explica bem o seu significado, né?
Com 13 faixas (na verdade 11 e duas intros), Playing With Fire era para ser a redenção de Kevin e foi o princípio do fim. O casal se separou, Britney viveu um período muito ruim na vida, Kevin obteve a guarda dos filhos por um tempo – e recebia 35 mil dólares por mês de Brtiney por isso, chegou a pesar 105kg e, após a recuperação da cantora e da perda da guarda dos filhos, caiu totalmente em ostracismo até sofrer um ataque cardíaco durante a gravação de um reality show na Austrália, em 2012.
No entanto, precisamos voltar ao disco e ao ano de 2006, porque ele ainda tem algo importante. Eu juro!
Antes de Playing With Fire ser lançado com essa canção acima como single, K-Fed mostrou em um programa de TV um pedaço bem interessante de uma música incrivelmente poética que, naquela época, ele acreditava ser uma das coisas mais incríveis que ele tinha feito e, claramente, um dos carros-chefe do novo álbum.
E o mais legal dessa história é que a música tem uma pitada de Brasil, já que foi inspirada nas “mulheres brasileiras que descem até o chão”. Duvida? Então dá play no vídeo abaixo e conheça – ou relembre – a pérola “PopoZão” que, por algum motivo inexplicado, acabou fora da tracklist final do álbum.
Será que foi praga de algum brasileiro? Certeza é que, em 2016, essa pérola lançada pelo Kevin completa 10 anos e eu só consigo agradecer a ele por essa maravilha.
E, se você quer saber o que Federline anda fazendo dez anos depois, saiba que ele ainda está cantando. Quer dizer, andou fazendo uma pontinha no disco do parceiro de longa data Ya Boy – que estava na bomba de 2006 e hoje é conhecido também como Rick Rocka – participando da faixa “Expectations”.
Será que o Kevin se empolgaria e lançaria uma versão deluxe do disco? Melhor não dar ideia, né?