Desde sempre, vários artistas começaram tendo como público-alvo os adolescentes. Gostaria de destacar alguns nomes antigos, mas para evitar polêmicas e com medo do esquecimento, prefiro ficar caladinha e destacar apenas os que presenciei ou acompanhei nem que seja um pouquinho de longe.
Justin Timberlake, Britney Spears e Christina Aguilera eram, e sempre serão, o trio pop da Disney. Revelados pelo Clube do Mickey, os três seguiram seus caminhos findando nos corações dos jovens adolescentes nos anos 90. Todos foram bem sucedidos ao amadurecerem sem perder o seu público fiel, e se tornaram muito mais do que uma modinha adolescente. Justin é o artista masculino que mais se aproxima do legado de Michael Jackson, mesmo que não causando o mesmo pacto na cultura pop que MJ, JT é considerado por muitos o príncipe do pop. Britney conquistou a versão feminina do mesmo título. Não tão focada na voz, mas uma performer de mão cheia, a princesa do pop juntou uma legião de fãs absurdamente apaixonados. Christina Aguilera sempre possuiu uma potência vocal invejável, mas inexplicavelmente coleciona flops recentes com os álbuns “Bionic” e “Lotus”, mas não deixa de ser uma ex-teen muito bem sucedida quando analisamos seu histórico por completo.
Depois dessa geração, fomos agraciados por mais uma geração Disney. Em uma tamancada só, a emissora do Mickey revelou Demi Lovato, Miley Cyrus, Selena Gomez e deu um belo empurrão na carreira dos Jonas Brothers. Enquanto isso, Taylor Swift já fazia estrago sendo apenas uma cantora country que levava todos os prêmios, não lutava contra os serviços de stream e faturava (e muito) com turnês. Aliás, um dos atos de abertura de Taylor na “Fearless Tour”, se tornou um dos maiores artistas teens da história: Justin Bieber. O garoto apareceu no YouTube não tão bonitinho, careca e de voz fina. Hoje com uma voz mais grossa, um tanquinho daqueles e um recém #1 na Billboard, Bieber vem conquistando cada vez mais espaço e respeito no mundo da música. O empresário de JB cuida de outra teen, Ariana Grande que soltou hit atrás de hit em terras americanas com seu álbum “My Everything”. Falando em álbum, certa boyband chamada One Direction está prestes a colocar o seu quinto álbum seguido em primeiro lugar das paradas americanas.
Independente da época, todos esses artistas depararam com o mesmo desafio: Mostrar para o mundo que são mais do que uma moda passageira e amadurecer sem perder o seu público inicial. Nos últimos 5 anos, vários artistas teens apareceram com um impacto menor do que os citados, e só o futuro poderá dizer se as promessas se tornarão realidade.
Vamos a eles?
5 SECONDS OF SUMMER
Os australianos do 5SOS apareceram tempos atrás fazendo barulho no Tumblr e alcançaram o mundo graças ao empurrãozinho do One Direction. Depois de saírem da aba da boyband amiga, continuram com seu próprio público. Atualmente, a banda trabalha na divulgação do segundo álbum explorando bem mais pop/rock/punk.
ALESSIA CARA
Com uma habilidade vocal de dar inveja em muitas veteranas, a canadense de 19 anos lançou um EP pela Def Jam Records, o “Four Pink Walls”. Apesar de não ter muito o apelo teen-pop-tradicional e ser muito mais R&B, Alessia está disposta a mostrar para o que veio com seu álbum “Know It All” que será lançado no dia 13 de novembro.
AUSTIN MAHONE
Desde que surgiu em 2010, o americano era comparado com Justin Bieber, que naquela altura do campeonato, já fazia shows em arenas. Ambos compartilhavam o mesmo perfil visual e atingiram a fama do mesmo modo: covers no YouTube. Depois de turnês em estádios, ter um dos álbuns mais esperados do ano e indicação ao Grammy, Bieber não é apenas mais um astro adolescente, enquanto Austin ainda batalha pra lançar o primeiro álbum da carreira e ser muso preferido das jovens.
BEA MILLER
Já falamos sobre o debut dela aqui e como ela trás de volta o pop/rock que apresentou Demi Lovato para o mundo. Ainda sem um grande hit, Bea tem uma ótima voz e ao que tudo indica, o caminho que a garota quer seguir já está definido.
FIFTH HARMONY
O girlgroup que mais causou esse ano tem o grande desafio de lançar um segundo álbum e serem mais do que ‘one hit wonder’ que vive mundialmente de “Worth It”. Além disso, o 5H como um todo precisa mostrar um amadurecimento musical e a postura como grupo em si.
JACOB WHITESIDES
Ex-Viner, Jacob começou a divulgar seu talento por meio das redes sociais. Influenciado musicalmente por John Mayer, o bom moço é a escolha certa para quem gosta de voz e violão.
LITTLE MIX
Mais maduras e unanimidade no Reino Unido, as garotas do Little Mix precisam mostrar que conseguem “ganhar fora de casa”, e tem uma grande chance com o terceiro álbum “Get Weird” que promete ter grande divulgação além da terra natal. Só resta saber se a recepção será tão boa quanto a divulgação.
SHAWN MENDES
Insira toda a bio do Jacob Whitesides aqui e acrescente o fato que Shawn tem duas coisas que o JW não tem: uma gravadora disposta a divulga-lo e o fato de que o mocinho abriu o show da artista do ano, Taylor Swift. De quebra, Shawn abocanhou um top 5 na Billboard com “Stitches”.
ZAYN MALIK
Conhecemos esse belo rapaz graças ao One Direction, mas no início do ano, Zayn foi o primeiro a abandonar o barco. Se olharmos atentamente, o garoto não tem o apelo teen, mas levando em conta que 70% de sua fã base ser formada por Directioners que migraram junto com o cantor, ele merece estar nessa lista, e possivelmente lançará um dos álbuns mais interessantes dentre todos citados até aqui.
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ZENDAYA
Atriz, cantora, compositora, dançarina, estilista e modelo da Barbie. Além do lado profissional, Zendaya mostra que sabe muito bem ser um modelo para as jovens e reconhece a importância de ser uma jovem negra em destaque no entretenimento. Se Zendaya conseguir aliar esses assuntos com o lado musical, pode se tornar uma das melhores artistas do R&B no futuro.
Todos eles tem muito o que provar, principalmente no ponto de vista dos ‘mais adultos’ que torcem o nariz com o histórico adolescente e só resolvem falar que escutam certos artistas quando eles crescem, tornando-se assim socialmente aceitável assumir seu gosto musical, que até então, ficava escondido graças a sessão privada do Spotify. Mas para tudo há um começo.
Para esses 10 citados já começou, mas a nova era teen precisa de estabilidade.