Eu poderia ter escolhido qualquer música do Ed Sheeran já que ouvir o ruivo sempre me remete a essa pessoa, mas a seleção de “All Of The Stars” tem relação com um episódio especial e que será lembrado aqui.
Conheci essa pessoa já tem alguns anos por causa do Twitter. Eu tinha acabado de sair de uma relação de dois anos e a amizade sempre foi o ponto principal entre eu e essa nova amiga, mas no início a gente acabou trocando uns beijos por aí. E foi bem legal, não vou negar.
No entanto, depois de um curto tempo, ela achou melhor a gente não fazer isso e me deu um motivo válido: ela estava apaixonada por outro cara e também queria preservar a nossa amizade. Talvez eu tenha ficado enciumado por ela ter me trocado por um relacionamento à distância? Talvez. Talvez eu tivesse sentindo algo por ela naquele momento? Talvez. Mas desde o início eu sabia que aquela seria uma das pessoas que faria parte da minha vida para sempre e isso era mais importante.
Daquele ponto em diante, focamos na amizade e ela passou a ser o meu porto seguro até os dias atuais. Desenvolvemos uma cumplicidade legal e até poderia dizer que ela é uma irmã que a vida me deu, mas a gente já tinha se beijado e, por mais que aquilo nunca mais fosse se repetir, pensar nela como uma irmã nos transformaria em Cersei e Jaime Lannister e isso seria errado, não é mesmo?
O fato é que ela é uma das pessoas mais importantes da minha vida até hoje e a nossa cumplicidade cresceu muito com o passar dos anos. Aliás, essa amizade é tão acima da média que, por causa dela, eu encarei show do Jonas Brothers e descobri que o Forfun era legal ao vivo. E foi por insistência dela que percebi o quanto valia a pena ouvir Ed Sheeran. Por esse motivo, sempre acabo me lembrando dela.
Uma das que mais marcaram essa relação foi “All Of The Stars”, música que o ruivo compôs para a trilha daquele filme meloso chamado A Culpa É Das Estrelas. E me marcou porque ela me fez sair de casa para encarar uma pré-estreia à meia-noite só para ser uma das primeiras a ver o filme, afinal ela amava o livro escrito pelo John Green. Eu nem fazia ideia do que se tratava a história, mas fui. Amigo é pra essas coisas, eu diria.
Me lembro de ter saído do cinema com a sensação de ser a pessoa mais desalmada do mundo, pois olhava para todo lado e as pessoas soluçando ou chorando copiosamente – incluindo minha amiga – e eu pensando no fato de que tinha que ir trabalhar no dia seguinte, já eram mais de 2 da manhã, eu tava a pelo menos uma hora de casa e mal ia dormir direito. O mais legal disso é que eu acabei assistindo o filme mais uma vez no cinema na semana seguinte com outra amiga, pois ela não queria ir sozinha. E nem com uma segunda chance o filme me comoveu. Insensível.
No entanto, o filme me fez ouvir “All Of The Stars” e, por essa e outras lembranças, posso dizer que o Ed Sheeran é trilha sonora de uma das amizades que eu mais valorizo nessa vida. Ainda que a gente se fale pouco ou se veja menos ainda, ela sabe que eu estou aqui por ela e também sei que posso contar com ela. E isso é o que a gente leva.
Quem disse que não dá pra ser amigo de antigos crushes, não é mesmo?
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