Na edição desta semana recebemos o relato da amiga e leitora Didis Ribeiro. Ela falou sobre “Seis Minutos”, do Otto.
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Tenho uma relação estranha com o número seis. Ele está bem presente na minha vida. Fucking 666, the number of the beast. Por exemplo, eu nasci no dia 6 de agosto, meu celular tem o final 666 (Tô dizendo…), até poltrona no cinema durante uma pré-estreia sem assentos marcados. E quis participar dessa coluna com um relato sobre a música “Seis Minutos”, do Otto. Das várias músicas que me fazem lembrar alguma história, essa tem uma história especial porque tem a ver tanto com um relacionamento que tive (que óbvio, durou seis anos) quanto comigo mesma e toda essa coisa de amadurecer.
Sempre gostei muito de ouvir o trabalho do Otto, mas só fui prestar atenção nessa música em um show que aconteceu em Belo Horizonte em junho (mês seis) de 2014. Me identifiquei imediatamente com a letra. Era sensacional como ela descrevia toda aquela minha fase de transição e amadurecimento. Cheguei a reatar a relação, exatamente no dia do meu aniversário, mas um mês depois terminamos. E tudo acaba sempre girando em torno desse número da besta maldito.
Terminamos porque não tinha mais como fazer funcionar, apesar da imensa compatibilidade. Depois do término, continuamos nos vendo porque tinhamos a mesma rede de amigos. Foram mais longos seis meses arrastando essa situação delicada e mal resolvida até aquele seis de janeiro em que definitivamente colocamos um ponto final.
A canção têm versos muito fortes, como essa parte que gosto muito: “nasceram flores de um canto de um quarto escuro, mas eu te juro que são flores de um longo inverno”. Se tornou uma espécie de música-tema da minha vida, não por causa da relação com esse relacionamento, mas por ilustrar as descobertas que estou passando. Meio que por acaso, fiz até uma tatuagem de uma flor, um copo de leite, e ela me faz pensar muito nessa flor mencionada na música. Uma flor preto e branca nascida de um longo inverno.
É um tempo de experiências inéditas. De me conhecer mais, de aprender a conviver com a solidão sem me deixar abater, e tudo isso tem acrescentado demais na minha vida. “Não precisa falar e nem saber de mim / Até para morrer você tem que existir / Nasceram flores flores no canto de um quarto escuro / mas te juro que são flores de um longo inverno”.
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