Nasceu e cresceu na zona sul de São Paulo, em um bairro residencial e rodeado pela natureza, aflorando seus sentidos e traduzindo-os desde cedo através da música. Filha de Rita Selke, artista plástica, e Klaus Mitteldorf, fotógrafo, o rumo não podia ser outro. Iniciou sua jornada musical aos 4 anos, quando começou a tocar flauta doce na escola. Aos 10, optou por se aprofundar na sonoridade das flautas, passando pela contralto e chegando então à flauta transversal. Em paralelo, Luiza iniciou suas aulas de canto com o tenor Etor Rivero.
O Audiograma interrogou Luiza, que com tanta ‘bagagem’ em conhecimento musical, mostra que a música é realmente o seu melhor lugar.
► Apesar da longa história com a música, você é um rosto novo entre os talentos que estamos conhecendo na música brasileira. Se apresente para nós Luiza!
Em primeiro lugar, obrigada por me receber! Nasci e cresci em São Paulo, tenho 22 anos, e para mim, se existe uma linguagem universal, é a música, e poder me alimentar, criar e acrescentar a esse universo é o que me move. Sou uma pessoa de fases, que faz muitas coisas ao mesmo tempo, e abraça ideias e momentos com muita intensidade, então vivo em constante mutação (aliás, quem não vive né?). Acho que isso é inclusive uma característica minha muito perceptível, tanto no disco, quanto no show…Tocamos de tudo, e buscamos a unidade na personalidade, e não na classificação!
► O seu som tem uma forte referência a ritmos bem brasileiros. Quais são suas influências nacionais e também internacionais, na hora de compor?
O disco que estou lançando, apesar de ter uma composição minha e uma do Jacob do Bandolim, tem quatro faixas de autoria do Lipe Torre, que também é responsável pelos arranjos. Absorvo e aprendo muito com o Lipe, e queria dividir algumas curiosidades sobre o processo criativo dessas canções: “Romance de Novela” tem uma vertente harmônica dos standards de jazz, mesclada com uma grande influência melódica do disco “4” , dos Los Hermanos…e “Laços” tem muita influência do Dominguinhos, que é um artista que o Lipe sempre ouviu muito! Das músicas com parcerias, “Sabes” (Lipe Torre/Barbara Côrtes) vem de uma grande mistura de inspirações da música brasileira, como o Guinga, a Léa Freire, o Hermeto Pascoal e em especial o Arismar do Espírito Santo, que buscam encontrar um caminho harmônico menos tradicional, onde a sonoridade foca acima de tudo em provocar um sentimento em quem a ouve. E “Sister, Don’t You Go” (Lipe Torre/Mimi Maura) surgiu em uma fase em que o Lipe estava ouvindo bastante The Police… por causa do arranjo em groove, pode parecer uma relação distante, mas o caminho melódico tem muito essa influência.
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► A flauta foi seu primeiro instrumento, ainda é uma base para você na hora de compor?
A flauta foi o que me introduziu ao mundo da música e despertou meu interesse por ele, mas desde pequena sabia que não era meu instrumento. Quando comecei a me interessar mais pelo canto a flauta já ficou de lado, e hoje em dia não toco mais. Apesar de não dominar o instrumento, o que me ajuda muito na hora de estudar e compor é o piano, pois além de ser um instrumento harmônico, sua disposição é muito clara e didática. No entanto, meu processo de composição é muito espontâneo, e sempre funciona melhor quando a ideia já vem pronta da cabeça!
► Das músicas do seu disco, qual a sua preferida e porque?
Essa é difícil! Gosto da variedade do disco ao permear por vários estilos, afinal, como já comentei, sou uma pessoa de fases…posso arriscar dizer que no momento é “Sister, Don’t You Go”, pois estou gostando muito de grooves! O groove vai sendo construído junto à intenção da música, e os comentários do Walmir Gil no flugelhorn e do Jarbas Barbosa na guitarra trazem uma atmosfera mais jazzista que gosto muito…a sonoridade ficou muito mais refinada do que eu esperava, e é uma música que me dá vontade de dançar (e olha que eu não danço! hehe).
► Dia 14 de Maio você lança seu primeiro disco no Tom Jazz, além do lançamento o que podemos esperar nos seus trabalhos ainda para 2015?
Estou super feliz com o lançamento no Tom Jazz. Trabalhamos nos últimos dois anos para esse momento, que é apenas o início. Pretendo levar esse show para a maior quantidade de pessoas possível…e não vejo a hora! Além dos shows, vou focar em produzir muito conteúdo audiovisual, além de um novo videoclipe, pois a divulgação na internet tem um papel essencial. Nos próximos três meses também vai ao ar o programa “Na Voz Delas”, no Canal BIS, onde participo interpretando canções já conhecidas, que foram escolhidas pelo programa, o que foi um desafio muito importante para a minha carreira. Toda quarta sai um programa inédito, às 19h, e estou super curiosa para ver o resultado!
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