Todas as vezes que arrisquei a falar sobre Foo Fighters, senti muita responsabilidade sobre isso. Primeiro porque é uma banda que eu gosto muito e acho na mais sincera opinião, uma das melhores. Segundo porque se existe um ‘Deus Musical’ na Terra, ele se chama Dave Grohl. Tudo que ele faz (o que não é pouca coisa variando de música, até direção) sai incrivelmente bom, sem contar o quão criativo ele pode ser.
Wasting Light, lançado em 2011, abriu muitas portas no quesito ansiedade para o seu sucessor, Sonic Highways. Não só em disco, o álbum veio também em forma de uma série de TV, dirigida por Grohl, no qual a banda mostrava em cada episódio a gravação de uma música do álbum. Dave é literalmente ‘o cara’, em todo o processo de criação de ambos esses trabalhos, na escolha das cidades para a gravação (cada música do Sonic Highways foi gravada em um estúdio/cidade diferente), do conceito e certamente na forma de como tudo isso é conduzido pós lançamento.
Com toda certeza Sonic Highways é o disco mais ‘questionável’ da banda até aqui. Não só por ter sucedido um grande álbum, mas também por toda bagagem que o Foo Fighters tem até hoje. Sempre se espera algo fenomenal dentre tantas outras fenomenais ja produzidas. A quem diga que a banda não acertou muito nesse disco, pois eu digo que Dave, Taylor, Chris, Nate, Pat nunca me decepcionaram e dessa vez não foi diferente.
Something From Nothing é o primeiro single do disco! Acertaram bastante na escolha da música, é na minha opinião a melhor do álbum. O som vai ‘crescendo’ no passar dos minutos e a parte instrumental vai ‘ganhando corpo’. A voz de Dave ganhar força também no acompanhamento, junto com a bateria perfeita de Taylor Hawkins.
The Feast and the Famine, acho um som um pouco experimental dentro do álbum. Versos com ‘ritmos quebrados’ e claro, no refrão temos o que realmente conhemos como Foo Fighters! Consigo até imaginar as caras do Dave Grohl e as caretas impagáveis do Taylor Hawkins, apresentando essa música ao vivo. Ainda nessa pegada experimental do Sonic Highways, temos What Did I Do?/God Is My Witness, duas músicas em uma mostrando que a banda sabe bem no que arriscar. Os riffs de guitarra nessa música são muito bons, principalmente na primeira parte dela (What Did I Do?).
Congregation me levou a uma viagem ao tempo. Talvez ao Skin and Bones, la em 2006. Uma música com raizes em algo que o Foo Fighters traz bem la de trás e que sabe usar quando se trata de uma música ‘mais calma’.
I’m a River fecha o disco e provavelmente toda a jornada que foi gravar esse álbum, com aquela ideia clichê mas necessária de se renovar. Se o Foo Fighters começou esse álbum literalmente procurando algo no meio do nada (sim, referência la no começo, em Something From Nothing), certamente eles encontraram e concluiram, em forma de 8 canções que fazem parte do Sonic Highways.
Sonic Highways – Foo Fighters
Lançamento: 10 de Novembro de 2014
Gravadora: RCA Records
Gênero: Rok
Produção: Butch Vig
Faixas:
01. Something from Nothing
02. The Feast and the Famine
03. Congregation
04. What Did I Do?/God as My Witness
05. Outside
06. In the Clear
07. Subterranean
08. I Am a River