Antes de falar sobre o lançamento do EP Eu Sou a Maré Viva, da Fresno que aconteceu na noite da última Quarta-Feira, no Beco 203 em São Paulo, vou voltar alguns anos no tempo. Voltar em algumas lembranças por volta de 2008 quando conheci a banda pelo álbum Redenção e foi quando os vi ao vivo também pela primeira vez.
Naquela época eles tocaram antes de uma banda que eu gostava e eu não fui ao evento para vê-los e sim, a banda que tocaria depois. Porém de alguma forma, me chamou atenção. Fui a partir dali acompanhando a banda em cada lançamento, frequentando outros shows (a trabalho ou não) até então chegarmos em 2014 e termos um EP, cinco músicas, integrantes novos e uma banda completa. Muito mais completa e segura do que aquela lá de 2008.
A Fresno cresceu. E eu digo cresceu principalmente no sentido de amadurecer. Hoje não se faz apenas músicas. Criam-se ideias, espalham-se valores, motivação e história. É uma banda adulta e sabe exatamente ‘onde está pisando’. E ‘pisa’ com talento.
É um talento que você vê nos palcos, escuta nas letras, lê nas entrevistas. Guiada pelo vocalista Lucas Silveira, a banda fidelizou fãs por todo país e certamente têm conquistado mais. Em 2008 eu fui ver a banda que tocou depois deles, depois disso eles se tornaram os principais em muitos eventos, os shows solos cresceram e hoje vale dizer que, eu iria só para vê-los.
O Beco 203, casa tradicional na Rua Augusta, em São Paulo, ficou pequeno para tamanha vontade de fazer música. “Vocês todos são meus amigos. Mesmo que virtuais, são meus amigos” disse Lucas ao subir no palco e começar o que segundo ele não era um show, era uma comemoração para mais essa etapa na carreira da banda.
O recém lançado Eu sou a Maré Viva foi tocado na íntegra e recebido positivamente pelo público. Um público que com poucos dias do lançamento do disco, já dominava a letra das músicas.
Um álbum de respeito, de qualidade e quatro caras que sabem passar uma energia sem tamanho. E se a noite do Beco foi apenas uma comemoração mais intimista, esperamos que daqui pra frente existam muitas, o público agradece.
Em 2008, eu não imaginaria o quão bons eles ficariam em 2014. E eles ficaram!
Fotos: Mari Duarte