Em sua edição comemorativa de 15 edições, o Porão do Rock que já contou com nomes como Los Hermanos, Dead Fish, Barão Vermelho e Plebe Rude, comemorou em uma edição mais discreta.
Festival que teve sua realização na capital federal, em que para muitos é mais facilmente reconhecida como ”Capital Nacional do Rock”, teve falhas. Mas cumpriu o seu papel: rock n’ roll e bandas de qualidade.
Com a presença satisfatória do público nos dois dias, no qual a maioria se deslocava repentinamente de um palco para o outro afim de ouvir tal banda ou de conhecer outra, causou até para os ”parasitas de um único local” uma grande maneira de chegar mais perto de tal meio de apresentação. Onde eu quero chegar? Chegar no ponto da organização, em que parece ter finalmente acertado em termos de preço e em termos de segurança e coisas afins.
Limitação de público é uma adaptação em que muitos festivais poderiam aderir como uma maneira de mais conforto para o público – tudo bem que Rock in Rio, SWU, trazem bandas de alto cachê mas não traria grande prejuízo: até pelo consumo que provavelmente seria maior.
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Vamos ao principais shows:
Sexta, 07
Raimundos – ”Relembrar é viver!”, podemos descrever assim a noite da banda candanga em um de seus dias de maior inspiração no palco. Ao reproduzirem ”Esporrei na Manivela”, Digão nem precisou se preocupar com os vocais, afinal, a galera cantou em um tom de ‘cair o queixo’. Ao final do show, subiram ao palco convidados especiais: Fred(ex-baterista da formação original), Alf(Rumbora) e Guiminha, na guitarra. No mais foi um bom show, porém, é bem verdade que a galera do Raimundos poderia dar uma diversificada na escalada do show, afinal, a coisa está ficando ”cansativa”.
Trivium – som pesado. Influências de Metallica e Slayer são percebidas sem nenhum esforço. Apesar de abrirem o show com ”In Waves”, uma de suas maiores músicas, o grupo parecia ”travado”, perdido no palco. Mas isso não durou nem mais 2 músicas, o público foi se soltando e a banda se sentindo confortável.
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Sábado, 08
Sepultura – fizeram o que melhor sabem fazer: música de qualidade. Andreas Kisser & Cia relembrou para os 13 mil presentes os maiores clássicos do grupo e também, canções mais recentes. ”Beneath de Remains”, ”Innerself”, ”Dead Embrionic Cells” e ”Desperate Cry”, foram emendadas uma nas outras, com o aviso prévio de Kisser: ”Vai começar a velharia!”. Show de qualidade não tem preço.
Vivendo do Ócio – já ouviu falar dos caras? Não?! Ouça e relembre uma boa música nacional. Um dos grupos mais promissores da música atual do Brasil estreou a participação no Porão do Rock, com uma música que me relembra muito bem The Clash e Stones. Grupo que já levou o ”Aposta MTV”, fez bastante sucesso com a galera que estava esperando um ”som mais pesado” no Porão. Mas não há do que se reclamar: a música do Vivendo do Ócio é foda.
Viper – não fui informado – ainda – sobre o que aconteceu, mas o Viper teve realmente seu ”momento Axl Rose”: uma hora de atraso pra entrar no palco. O grupo fez um show com responsabilidade, esbanjando experiência e sabedoria. Clássicos e músicas mais recentes participaram do setlist.
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Falha(s):
Nitidamente o público pôde observar o som falhando algumas diversas vezes com o decorrer das apresentações.