Já falei algumas vezes por aqui (ou para quem me acompanha pelas redes sociais) que sou adepto de ir a shows para conhecer um determinado artista ou tentar entender o porque de tanto amor/ódio por ele. E isso me fez ir até o Chevrolet Hall descobrir “qual é a dessa tal de Demi Lovato” que todos amam nas redes sociais e eu mal conheço.
Antes de mais nada, o que eu conhecia sobre a Demi Lovato se resumia – até ela subir no palco – se resumia a coisas publicadas aqui no Audiograma, comentários sobre seu álbum mais recente, Unbroken, e algumas coisas de sua fase como “garotinha Disney” e nada tinha me chamado muita atenção. Mas, da mesma forma que fiz com o Restart no ano passado, decidi ir ver de perto e, confesso, não me arrependi.
Antes do show começar, aquele “espreme-espreme” comum de shows com público muito jovem. Todos querem ficar perto do palco e, apesar de estudarem física na escola, não entendem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Não recrimino, porque já fui assim, mas também aprendi o resultado assim como a galera vai acabar aprendendo. Muitos acabaram passando mal e seguranças/bombeiros tiveram que sair distribuindo água para quem sofria com o calor do Chevrolet Hall.
Com meia hora de atraso, Demetria Devone Lovato entrou no palco para a alegria de todos os que esperavam por uma noite especial com Demi. A abertura com “All Night Long” e os muitos (muitos mesmo) gritos que se seguiram me fizeram entender o porque de tanto amor do público com ela.
Demi pode não ser a melhor cantora pra este que vos escreve, mas é preciso dizer que ela entrega ao público o que ele espera e, hoje em dia, não é todo artista que na transição estúdio/palco consegue fazer isso. Um show competente, onde Lovato se impõe no palco, mostra porque e para que está lá em cima e passa para os presentes a mesma empolgação vista no público.
Confesso que esperava um cenário mais “espalhafatoso” e a sua simplicidade no início me deixou frustrado, mas ele se mostra bem eficiente e acaba valorizando o que realmente deve: Demi Lovato, que usa e abusa das escadas centrais e das laterais. O show se seguiu e músicas como “Hold Up”, “Who’s That Boy”, “Skyscraper” e “Remember December” agitaram e emocionaram os presentes, que ainda puderam dançar com o cover de “Moves Like Jagger” (Maroon 5) e, fechando a noite, bandeira do Brasil nas mãos e “Unbroken”.
Demi tem só 19 anos e, de todas que surgiram do meio Disney, é aquela que mais flerta com o rock. Talvez daí tenha vindo a minha curiosidade para vê-la de perto e, se fosse fã, teria saído feliz do Chevrolet Hall. Se Demi ainda não vai me fazer ouvir todas as suas músicas e ficar cantarolando “Skyscraper” por aí, pelo menos me fez ficar com uma boa impressão de tudo o que vi.
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Veja fotos do show feitas pela Polly Rodrigues na seção Cobeturas.