Com apenas seis shows realizados desde o anúncio do hiato, em abril de 2007, o Los Hermanos anunciou recentemente uma série de shows que serão realizados entre os meses de abril e maio de 2012 e, desde então, vem aguçando o desejo dos fãs por mais shows, material inédito e uma volta definitiva da banda.
Formada em 1997 no Rio de Janeiro e com quatro álbuns de estúdio lançados, a banda formada por Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba coleciona hits, fãs e prêmios ao longo dos anos. E, para falar um pouco sobre essa volta aos palcos, fizemos um breve interrogatório com o baterista Rodrigo Barba.
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O Los Hermanos tem feito shows de forma esporádica. Agora, como foi a ideia de voltar aos palcos para uma sequência maior de shows?
Desde 2007, que foi quando resolvemos pela parada por tempo indeterminado, voltar aos palcos depende de vários fatores. Acho que o principal deles é existir a vontade de tocarmos juntos, paralelo a possibilidade disso acontecer sem atrapalhar a agenda dos nossos projetos.
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Essa sequência de shows pode gerar algum registo especial em CD/DVD? Existe a chance de algum material inédito da banda a ser lançado?
Por enquanto nada disso está em nossos planos. Nem o DVD e nem registro de músicas inéditas.
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Você esteve envolvido em um projeto onde se reunia com outros músicos para tocar o Bloco do Eu Sozinho (disco que completou 10 anos em 2011) na íntegra. Poderia falar um pouco mais sobre isso?
Criamos esse projeto para comemorar os dez anos do disco. Eu sempre gostei de shows desse tipo, onde a banda toca um disco na sua íntegra. Fizemos o primeiro show da banda na festa que o Melvin (baixista do projeto) promove na Casa da Matriz durante as férias. Foi divertido e acabamos levando o show durante o ano todo. Terminamos com dois shows muito divertidos em dezembro, um na Fundição Progresso e um “acústico” no Solar de Botafogo.
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Você participa de projetos que podem ser considerados estilos bem diferentes. Como é lidar com essa diferença musical existente entre o Canastra, o Ramirez e o Los Hermanos, por exemplo?
Como no Los Hermanos, entrei para esses projetos porque conhecia alguém, ou todos da banda. Isso ajuda muito a lidar com as diferenças. Assim a gente vai com calma se entrosando.
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O conceito de moda e tendência na música sempre existiu e vários movimentos nasceram assim. Você acredita que o Los Hermanos chegou a um patamar onde se transformou em uma das maiores influências indie/alternativo nacional? Como é lidar com essa responsabilidade?
Concordo que muita gente gosta do Los Hermanos. E como me identifico com essas pessoas porque também sou fã de várias bandas, a única coisa que espero é que, como aconteceu comigo, quem goste da gente também comece a produzir o que achar interessante. Esses termos: indie, alternativo nacional, responsabilidade nunca fizeram muito a minha cabeça e espero que não faça a de quem está escutando Los Hermanos ou tocando em seus projetos pessoais.
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