Formado em meados de 2003, o Strike é uma banda de Rock de Minas e tem como estilo uma mistura de gêneros como punk e hardcore, aliado a letras melódicas.
A banda se destacou por sua formação solida somado a um som original e um espírito jovem de total diversão, o que levou o grupo formado por Marcelo, Rodrigo, Cadu, Andre e Fábio a alcançar o reconhecimento nacional em 2007, com o lançamento de Desvio de Conduta, seu álbum de estreia que vendeu 100 mil exemplares.
Aproveitando uma brecha na agenda, o vocalista Marcelo Mancini topou responder o interrogatório do Audiograma e o resultado disso você pode conferir agora.
De todas as conquistas do Strike até aqui, na opinião de vocês qual é a que mais se destacou? E algo que vocês ainda querem conquistar?
Ganhar todos os prêmios de revelação em 2008 foi importante pra banda, mas a maior conquista de todas até aqui é se manter no mercado fonográfico após 5 anos do lançamento do primeiro cd, levar a bandeira do rock nacional para todos os cantos do Brasil e ter uma base fiel de fãs. Essas são as nossas maiores conquistas e nossa meta é continuar na estrada durante muito tempo evoluindo nossa proposta.
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Vocês polemizaram, mas de uma forma engraçada, no clipe da música “A Tendência”, basicamente a onda pop que domina não só a música nacional como internacional. O que vocês pensam dessa forma de vender mais uma questão visual do que musical?
Acho que cada um tem a sua maneira de se encontrar no show business, existem bandas que o marketing visual é maior que a proposta musical, cada um cada um e nós respeitamos todo tipo de manifestação artística… Mas, no caso do Strike, priorizamos sempre a música. Vivemos a música, que é o mais importante disso tudo. A parte visual já vem impressa no nosso “lifestyte”, estará naturalmente inserida no contexto do nosso trabalho, sendo parte decorrente da nossa personalidade, mas acaba naturalmente sendo secundária uma vez que a música é o que fica pra eternidade.
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Quem vocês destacariam hoje na música nacional? E internacional?
A nova cena do rap nacional num todo está muito forte, apareceram vários talentos. Gosto muito do cd novo do Rancore. Internacional nós curtimos muito o último disco do Foo Fighters.
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Vocês estão sempre conectados e em contato com a galera que curte ou não o trabalho da banda. Esse feedback mais direto da galera (positivo ou não) influencia nas atitudes e nas composições do Strike?
Na verdade a gente absorve tudo que falam da banda visando a melhoria do nosso trabalho, mas nas principais decisões/composíções somos sempre convictos nas conclusões que chegamos juntos em laboratório. Acho que o artista não deve se deixar levar pela cobrança do público, nem da mídia. Não deve deixar que nada disso interfira na sua arte, por que o melhor caminho e mais verdadeiro é sempre aquele que vem de dentro.
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De uns tempos pra cá a internet tem sido uma ferramenta indispensável na divulgação da música, mas também colabora muito para a pirataria. Pra vocês uma coisa compensa a outra? Vale a pena vender um pouco menos de disco, porém um alcance maior do trabalho de vocês?
Com toda certeza vale sim, apesar da venda do cd ainda viabilizar várias ações em pról do trabalho, a internet é sem dúvida a ferramenta mais eficaz pra música hoje em dia.
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O Strike começou em Minas Gerais. Quais as maiores dificuldades que vocês encontravam naquela época? Vocês acham que realmente as maiores chances musicais estão concentradas em São Paulo?
Enfrentamos todas as dificuldades de uma banda iniciante. Tinhamos uma bagagem boa adquirida no circuito local, mas chegar onde chegamos era inimaginável. Pode se dizer que uma determinada hora da sua carreira é inevitável a mudança pra São Paulo. Aqui é o centro de tudo e nossa estadia na terra da garoa tem proporcionado várias ações importantes pra nossa caminhada.
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Qual é a música do Strike que sem dúvida alguma não pode faltar em um show? E uma que geralmente vocês não tocam, mas gostariam de tocar?
“O Jogo Virou” é nossa música mais emblemática e não pode faltar. “Desvio de Conduta” é uma que sinto falta nos shows.
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Com dois CDs lançados, podemos esperar um terceiro CD do Strike para 2012?
Tudo indica que nosso novo single entra nas rádios em dezembro, estamos na corrida pra finalizar o terceiro cd o mais rápido possível e o resultado tem sido sensacional até aqui.
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Colaborou: Mari Duarte.