Por um mundo melhor. É essa a chamada pra quem quer “mergulhar” em um dia de muita música, muita diversão e que com certeza vai ficar para história dos festivais mundiais. É a chamada que te leva a parar pra pensar que um festival como o Rock in Rio vai muito além da própria música.
Quando se anuncia um evento de tal porte, o que mais se espera são as grandes atrações internacionais ou um line up fantástico ou ainda um show que por mais que às vezes não seja tão grande assim, é o seu sonho de ver ao vivo. Pensa-se em música, se pensa em som, pelo óbvio de que é esse o objetivo de se reunir cerca de 100 mil pessoas (por dia) na tão contemplada Cidade do Rock.
Já que a música é o motivo principal e conseqüentemente dezenas de críticas sairão sobre cada uma das bandas do festival, porque não parar pra pensar que o Rock in Rio trata-se também de pessoas, trata-se de misturas, trata-se de inúmeras culturas que juntas ali se tornam uma só. Pessoas de todas as raças, sexo, religiões. Pessoas de várias cidades, de vários países. Línguas diferentes, culturas diferentes, gostos musicais diferentes. Em uma gigantesca mistura de 100 mil pessoas, diferença é a palavra que se transforma em algum momento em igualdade.
Tanta gente diferente, que ao mesmo tempo tornam-se felizes, dividem a mesma diversão, se conhecem, se relacionam e estão ali pelo amor a música, independente da banda ou do estilo musical. É incrível pensar que a “crença” musical pode ser bem maior do que o próprio som.
A primeira impressão da Cidade do Rock, é de que tudo que acontece ali dentro durante cada dia, é realmente como se fosse um mundo melhor. Fazer parte das coisas la dentro é se desligar do “mundo do lado de fora” e acreditar que a música está ali não só para o entretenimento, mas também para fazer com que toda essa “mistura” seja um dos maiores momentos da sua vida.