Esta banda mostra que sabe inovar não apenas no nome. Se você acha que já presenciou todo o tipo de formação de uma banda de rock, o Vendo 147 mostra algo no mínimo inusitado: Uma banda com 2 bateristas. Sim, dois bateristas, porque não?
Vejam bem, estamos falando de dois bateristas, e não de duas baterias. A bateria continua reinando única, soberana. A novidade é que resolveram contrariar as leis da física e inventaram que dois bateristas podem, sim, ocupar o mesmo lugar no espaço. E a mesma bateria também. Assim nasceu o “clone drum”.
Na essência, a coisa é simples: um mesmo bumbo tocado por duas pessoas, uma de frente para a outra, sincronizadas, como gêmeas, clones.
Quem inventou isso? Bom, os primeiros a lançarem a moda foram os suíços do Monsters. Há quem diga que já se fez isso na Suécia também, mas não é que uns malucos da Bahia resolveram importar a invenção? Dando nome aos bois: Glauco Neves e Dimmy “O Demolidor” Drummer, os “bateristas-clones”, Pedro Itan e Duardo Costa, nas guitarras, e Caio Parish, no baixo.
Alguns deles são velhos conhecidos do rock baiano. Glauco é ex-baterista da Vinil 69 e da Pessoas Invisíveis; Dimmy tocava no Honkers; Pedro é ex-guitarrista da Vinil 69 e do Honkers; Duardo tocou na sergipana Snooze; Caio foi baixista da Trevo Robótico. Eles formam a Vendo 147, uma banda que diz fazer música instrumental, sem pretensão e sem rótulo.
Mas, cá pra nós, é muito fácil pôr abaixo as duas afirmações dos caras. Apesar de não querer ser rotulada, é inegável dizer, pelo menos, que a banda toca rock. Rock de verdade, como dizem alguns roqueiros velhos, órfãos, saudosistas. Rock bem tocado. Atual, mas com um leve toque de ontem. Virtuoso, sem ser chato. Rock pra quem odeia e pra quem adora rock. Pra suíços e baianos. Vale a pena conferir esta banda inusitada e que manda muito bem um rock de primeira.
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Mais sobre a banda em seu Myspace:
www.myspace.com/vendo147