Ir a um show dos Backstreet Boys é ou pelo menos já foi o sonho de muitas garotas que agora tem a minha idade ou um pouco mais. E creio que este tenha sido o principal motivo para tantas meninas que estarem no Chevrolet Hall na última quarta feira (dia 23). Uma chance para recordar aqueles suspiros pelos 5 garotos que conquistaram o mundo há mais ou menos 10 anos atrás. Confesso que decidi ir ao show apenas por esta nostalgia, não imaginei que ia me sentir como se eles ainda fizessem parte do meu repertório musical.
Não sei se sou a pessoa apropriada para falar de uma banda que foi tão presente na minha adolescência, com certeza esta resenha será tendenciosa, mas espero conseguir passar o que aconteceu naquela noite.
O Chevrolet Hall não estava lotado, mas o que se via eram milhares de garotas com idade entre vinte e trinta anos, e estilos variados, ansiosas pelo show. Quando as luzes se apagaram, gritos ensurdecedores ecoavam pelo lugar. A apresentação começa com um vídeo mostrando cada integrante que começam a ser filmados em um plano aberto e caminham em direção à câmera. Ao se aproximarem mais, saem do telão cantando “Everybody”. Neste momento que lembrei o quanto eu quis ter ido a um show deles quando era mais nova. O decorrer do show foi um misto das músicas antigas, cantadas em coro pelo público, com as novas em uma boa proporção. As letras das músicas foram lembradas facilmente, como se ainda escutasse todos os CDs.
A estrutura do palco era bem minimalista, o grande reforço foi o telão com vídeos antigos e os passos totalmente coreografados. Além dos clipes e entrevistas, a cada troca de roupa, o telão exibia uma paródia de um filme gravada com a banda, com todos os diálogos substituídos por um que fizesse relação direta entre eles e o show, sem sair da temática de cada filme. No primeiro, Howie D interpreta Brian de “Velozes e Furiosos”, no segundo, AJ é Tyler de “Clube da Luta”, Brian é o príncipe Edward do filme “Encantada” e Nick é Neo de “Matrix”. [Procurei os vídeos na internet, mas não achei.]
Posso dizer que foi um show extremamente planejado e bem técnico, todos em seus lugares marcados, com coreografias bem ensaiadas, mas se mostraram muito carismáticos, e como é de praste, também arriscaram algumas palavras em português e jogaram diversos objetos para o público que ficava cada vez mais exaltado.
Nem o calor e a acústica não muito boa do Chevrolet Hall abalaram a apresentação, que terminou com “I Want It That Way”, certamente uma das músicas mais esperadas por lá. Posso dizer que valeu muito a pena e que este show tem um significado diferente pra mim, porque sempre vou pensar nele, junto das minhas lembranças de adolescência, da qual eles fizeram parte.
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Veja mais fotos do show tiradas pela Polly Rodrigues: