Onde vivem os monstros: Existe um dentro de todos nós.
O lado monstro: aquele que que grita, que explode em uma raiva, que perde o controle. Quem não tem um desses guardado dentro do armário? Digo, dentro de si próprio? rs. Um filme, aparentemente, infantil, mas que, na verdade, é indicado para todas as idades.
Trilha sonora tem que ser espelho das emoções que o filme quer despertar, pois bem, com esse, não foi diferente. ¨Karen O and the Kids¨, esse foi o nome dado pela vocalista da banda ¨Yeah Yeah Yeahs¨ para assinar o background musical do filme. A participação das crianças cria a identidade própria da trilha sonora, além de dar um tom bastante divertido em várias das composições. O fundo musical é uma rica bandeja de sensações: basta escolher. Nele, encontramos músicas que passeiam da euforia à melancolia, todas muito bem encaixadas durante o filme.
Algumas das composições nos faz querer sair correndo, cantando e pulando de felicidade, rs, e não é exagero. Um exemplo disso é ¨All is Love¨, feliz, animada, eufórica, todos esses adjetivos cabem muito bem nessa música. Quase do mesmo jeito, porém com a intenção de ser no estilo mais ¨bagunça¨, nós temos ¨Rumpus¨, que, inclusive, significa tumulto, barulho, desordem. Nesse estilo, também encontramos ¨Capsize¨, porém essa é um pouco menos eufórica. No tom mais feliz, porém mais calminha, encontramos ¨Heads Up¨. Além das que transitam entre melodias e gritos, como ¨Animal¨.
No lado melancólico, encontramos lindas composições, como ¨Worried Shoes¨, que, na realidade, é uma regravação da versão original, composta por Daniel Johnston, mas que ganhou um tom mais doce na voz da Karen O. Outra no mesmo estilo mais calmo e mais blue e não menos linda é ¨Hideaway¨. A melodia de ¨Lost Fur¨ é bem melancólica também, curtinha, apenas instrumental e bem delicada.
E é transitando entre esses sentimentos extremos que as músicas se encontram. Talvez porque nesses momentos é que deixamos escapar o nosso lado mais oculto. Dos monstros mais ferozes aos mais solitários, além dos mais eufóricos, aqueles que ficam guardadinhos dentro da gente. São os sentimentos mais urgentes. Por esse motivo que é fácil nos identificarmos não somente com o filme, mas também com a trilha. Os dois compartilham da mesma finalidade, que é reproduzir um pouco dos nossos instintos, aqueles que na infância nós conseguimos expressar mais facilmente, mas que à medida que crescemos, vamos abafando, porque, no fundo, eles nunca morrem.
E aqui vai um aperitivo para vocês sentirem o gostinho 🙂
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P.s.: Não tem coisa melhor que cantar ¨All is Love¨ naqueles dias bem felizes, garanto.
Enjoy it!