De volta ao Brasil, a banda Placebo formada por Brian Molko, Stefan Olsdal e Steve Forrest decidiu que era hora de passar pela capital mineira pela primeira vez.
Estava cheia de expectativas, já que é uma banda que há um tempo faz parte do meu repertório. Enfim, separei alguns pontos relevantes para comentar aqui.
O primeiro e mais surpreendente foi a questão da pontualidade. De todos os shows que fui, foi o primeiro a começar exatamente no horário, o que acabou por me fazer perder as primeiras músicas, estava na fila cantarolando “Follow the cops back home” e morrendo de raiva por ter me atrasado! Ao entrar no Chevrolet Hall, me surpreendi com a quantidade de pessoas, é triste saber que nas poucas oportunidades de shows internacionais em BH, as pessoas não se ineteressem em ir, vantagem pra quem está lá que não precisa enfrentar aquela multidão para garantir um bom lugar, a propósito, achei todo mundo bem educado e não foi dificil ficar bem perto da banda.
Vou direto à apresentação. Mais uma vez, de todos os shows que fui no Chevrolet Hall, foi o que teve a melhor acústica. Muito bom poder escutar cada instrumento de forma nítida. Quase como no cd! Aliás, Brian Molko é bem fiel às suas gravações, com algumas exceções, como foi o caso de “Meds”. Mas se for analisar, nunca na vida vi uma apresentação ao vivo na qual Molko cantou “Meds” como no cd. Em relação ao set list, acho que ficou bem a desejar. Tá certo que o objetivo era a divulgação do “Battle for the sun”, mas era claro que o público vibrava muito mais com as composições antigas. Como em “Special K” quem sem dúvidas foi uma das mais aguardadas. Vale destacar outras como “Infra-red” e “Every you every me”.
Achei o Brian muito frio, não houve interação alguma com o público, apenas um breve diálogo antes de começar “Speak in Tongues” e um “obrigado” quase no fim do show.
Mas o resultado final foi positivo, um show de qualidade, bastante competente, apesar de ter durado apenas cerca de uma hora e meia. Aproveitei cada música e me surpreendi com a animação de Steve Forrest e o talento de Stefan Olsdal. Além de agora ter uma banda a menos na minha lista de shows dos sonhos!
.
Fotos: Adriana Pires