Numa manhã de quarta feira, me deparo com um documentario de música instrumental na tv e o que me chama a atenção? Uma enxurrada de Hip Hop, 70s Funk, Jam Sessions, JaberGrooves, Bossa Nova, Jazz, Lounge, Trip Hop, Dub, experimentalismo com muito bom gosto, soul e hip-hop, uma vibe consciente e posta para ouvidos que procuram margens sublimes dos anos 70 e não de sons pretenciosos e egocentricos que passeiam pelo nosso país.
Cada dia que se passa, a música em si se distancia de uma forma madura da mídia, tendências se tornam auto dependentes, características e texturas sonoras voltando à tona e afirmo isso não como simples espectador, mas como brasileiro nato! Naturalmente observo que a cena instrumental é uma realidade e as bandas Brasileras estão dando um show de capacidade e nivel tecnico, nem posso citar algumas, pois isso se tornaria um equívoco (se esquecece de alguma).
É obvio que ninguem imaginaria, a tempos atrás, que a musica instrumental iria se tornar arte consumível e o mais importante é que muitas bandas ainda fazem fusão ao estilo e temos que tirar o chapeu a incrivel criatividade Brasileira. A influência é tão forte que ate festivais mais restritos abriram as portas a bandas com essa tendência. É muito natural essa resposta da população, digo, reviravolta pelo interesse de arte contemporânea, noise experimental, improvisação livre (jazz), pelo velho fardo e cansaço da mesmice. E a resposta disso vem com as palavras de Guilherme Bantel.
Grooverdose é uma injeção intravenosa de espontaneidade e descontração. A intimidade dos vários anos de amizade entre os integrantes é refletida no entrosamento musical. E é assim no palco ou no Studio Lotus, a casa da banda em São Paulo. Formada despretensiosamente após uma verdadeira superdosagem de sessões experimentais, a banda é o reflexo da relação dos músicos com sua arte. Samples de voz, trompetes, pianos e outros efeitos se juntam à virtuose instrumental, em uma mistura orgânica de alto teor enteogênico.
Formada por Danilo Pantani (baixo), Victor Balleste (bateria), Leo Pinotti (guitarra) e Cesar Pierri (guitarra/programações), a banda nasceu fazendo (muito) barulho. Com pouco tempo de vida oficial, já se apresentavam no festival de reveillon Universo Paralello, na Bahia, na festa de 4 anos da Mystic Tribe e entre demais festivais e casas de show.
A banda manda muito nas sessions,e o amplo é totalmente dançante e renovado, fica ai a proposta, dias intediantes merecem algo instimulante, é so conferir!